quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

SÃO ROMANO - 390-463



28 DE FEVEREIRO
SÃO ROMANO - 390-463

Nascido no ano 390, o monge Romano era discípulo de um dos primeiros mosteiros do Ocidente, o de Ainay, próximo a Lion, na França. No século IV, quando nascia a vida monástica no Ocidente, com o intuito de propiciar elementos para a perfeição espiritual assim como para a evolução do progresso, ele se tornou um dos primeiro monges franceses.
Romano achava as regras do mosteiro muito brandas. Então, com apenas uma Bíblia, o que para ele era o indispensável para viver, sumiu por entre os montes desertos dos arredores da cidade. Ele só foi localizado por seu irmão Lupicino, depois de alguns anos. Romano tinha se tornado um monge completamente solitário e vivia naquelas montanhas que fazem a fronteira da França com a Suíça. Aceitou o irmão como seu aluno e seguidor, apesar de possuírem temperamentos opostos.
A eles se juntaram muitos outros que desejavam ser eremitas. Por isso teve de fundar dois mosteiros masculinos, um em Condat e outro em Lancome.

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

SÃO NICÉFORO


27 DE FEVEREIRO
SÃO NICÉFORO


Nicéforo era um cidadão de Antioquia, atual Síria, nascido no ano 260. Discípulo e irmão de fé do sacerdote Sabrício, tornaram-se amigos muito unidos e viveram nos tempos dos imperadores Eutiquiano e Caio.
Não se sabe exatamente o porquê, mas Nicéforo cometeu algum mal com relação a Sabrício que nunca mais o desculpou. Pediu perdão muitas vezes, diga-se inclusive que ainda existem os registros desses seus pedidos. Mas, Sabrício nunca o concedeu, contrariando a própria religião cristã, da qual era sacerdote. Ele levou até o fim esta falta de solidariedade, apesar de Nicéforo ter chegado a se ajoelhar para implorar sua absolvição.
Um dia, Sabrício foi denunciado e processado por ser católico e compareceu ao tribunal. Em princípio parecia disposto a qualquer martírio, cheio de coragem e determinação. Assumiu ser sacerdote cristão, recusou-se a sacrificar aos deuses pagãos e resistiu às mais bárbaras torturas. Mas, ao ser condenado à morte e receber a ordem de se ajoelhar para ter a cabeça cortada, aceitou render homenagens aos deuses pagãos em troca de liberdade. Nicéforo, que assistira ao julgamento e chegara a pedir novamente perdão ao padre, dizendo que com isso ele teria o apoio de Deus para enfrentar as dores que o aguardavam, escandalizou-se com a infidelidade do estimado sacerdote. 

terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

SANTO ALEXANDRE DO EGITO - 250-328



26 DE FEVEREIRO
SANTO ALEXANDRE DO EGITO - 250-328

Alexandre que nasceu em 250, mereceu ocupar um lugar de destaque de primeiro plano no elenco dos grandes vencedores da fé cristã. Homem de profunda cultura, unida ao zelo e bondade, Alexandre foi eleito bispo em 312, para a importante sede da Igreja em Alexandria, no Egito.
Um dos primeiros cuidados, deste bispo de sessenta anos, foi o da formação e da escolha dos religiosos entre homens de comprovada virtude. Deu início à construção da igreja de são Theonas, a maior da cidade e foi um dos protagonistas da luta contra a heresia de Ário, chamada ariana.
Ário, que tinha sido ordenado sacerdote pelo bispo Aquiles, parece ter sido o responsável pela indicação e divulgação do nome de Alexandre para a nova eleição. Foi considerado um homem arrojado para a época, pois usava todos os meios possíveis de comunicação para a divulgação de suas idéias. Até que começou a espalhar entre os fiéis e religiosos uma doutrina que não concebia a divindade de Cristo. Considerava apenas o Pai como Deus, enquanto que Cristo não era divino, mas apenas um ser humano, superior aos demais. 

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

SANTA VALBURGA - 710-779


25 DE FEVEREIRO
SANTA VALBURGA - 710-779


Valburga nasceu em Devonshire, na Inglaterra meridional em 710. Era uma princesa dos Kents, cristãos que desde o século III se sucediam no trono. Ela viveu cercada de nobreza e santidade. Seus parentes eram reverenciados nos tronos reais, mas muitos preferiram trilhar o caminho da santidade e foram elevados ao altar pela Igreja, como seu pai, são Ricardo e os irmãos Vilibaldo e Vunibaldo.
Valburga tinha completado dez anos quando seu pai entregou o trono ao sobrinho, que tinha atingido a maioridade e levou a família para viver num mosteiro. Poucos meses depois, o rei e os dois filhos partiram em peregrinação para Jerusalém, enquanto ela foi confiada à abadessa de Wimburn. Dois anos depois seu pai morreu em Luca, Itália. Assim ela ficou no mosteiro onde se fez monja e se formou. Depois escreveu a vida de Vunibaldo e a narrativa das viagens de Vilibaldo pela Palestina, pois ambos já eram sacerdotes.
Em 748, foi enviada por sua abadessa à Alemanha, junto com outras religiosas, para fundar e implantar mosteiros e escolas entre populações recém-convertidas. Na viagem, uma grande tempestade foi aplacada pelas preces de Valburga, por ela Deus já operava milagres.

domingo, 24 de fevereiro de 2013

SÃO SÉRGIO DE CAPADÓCIA


24 DE FEVEREIRO
SÃO SÉRGIO DE CAPADÓCIA

Sérgio, mártir da Cesarea, na Capadócia, por muito pouco não se manteve totalmente ignorado na história do cristianismo. Nada foi escrito sobre ele nos registros gregos e bizantinos da Igreja dos primeiros tempos. Entretanto, ele passou a ter popularidade no Ocidente, graças a uma página latina, datada da época do imperador romano Diocleciano, onde se descreve todo seu martírio e o lugar onde foi sepultado.
O texto diz que no ano 304, vigorava a mais violenta perseguição já decretada contra os cristãos, ordenada pelo imperador Diocleciano. Todos os governadores dos domínios romanos, sob pena do confisco dos bens da família e de morte, tinham de executá-la. Entretanto alguns, já simpatizantes dos cristãos, tentavam em algum momento amenizar as investidas. Não era assim que agia Sapricio, um homem bajulador, oportunista e cruel que administrava a Armênia e a Capadócia, atual Turquia.
A narrativa seguiu dizendo que durante as celebrações anuais em honra do deus Júpiter, Sapricio, estava na cidade de Cesarea da Capadócia, junto com um importante senador romano.

sábado, 23 de fevereiro de 2013

TRANSFIGURAÇÃO DE JESUS - "ESTE É O MEU FILHO, O ESCOLHIDO. ESCUTAI O QUE ELE DIZ!" – (Lc 9,35).


II DOMINGO DA QUARESMA – ANO “C”
COR – ROXO; LEITURAS: Gn 15,5-12.17-18; Sl 26 (27); Fl 3,17 – 4,1.

"ESTE É O MEU FILHO, O ESCOLHIDO. ESCUTAI O QUE ELE DIZ!" – (Lc 9,35).

Diácono Milton Restivo


A transfiguração de Jesus é uma passagem que se encontra em todos os Evangelhos sinóticos: Lucas 9,28-36, Mateus 17,1-9 e Marcos 9,2-10, mas cada um dos evangelistas sinóticos trabalhou a seu modo a narrativa dentro dos objetivos específicos que lhe era peculiar.
A transfiguração de Jesus é o ponto culminante da sua vida pública, assim como o seu batismo é o seu ponto de partida, e sua ascensão aos céus é o seu termo.
Pedro refere-se a esse glorioso evento na sua segunda carta: “De fato, não tiramos de fábulas complicadas o que lhes ensinamos sobre o poder e a vinda de Nosso Senhor Jesus Cristo. Pelo contrário, falamos porque somos testemunhas oculares da majestade dele. Pois ele recebeu de Deus Pai a honra e a glória, quando uma voz vinda de sua Glória, lhe disse: ‘Este é o meu Filho amado: nele encontro o meu agrado’.” (2Pd 1,16-18).
João, também, no seu Evangelho, não deixa passar despercebida a contemplação da glória de Jesus que foi testemunhada por ele, por Pedro e Tiago: “E nós contemplamos a sua glória; glória do Filho único do Pai, cheio de amor e fidelidade.” (Jo 1,4b). Então, podemos dizer que duas das testemunhas oculares privilegiadas fazem alusão à transfiguração de Jesus.  
Quando falamos de Transfiguração de Jesus logo a associamos ao monte Tabor, mas, por incrível que possa parecer, nenhum dos evangelistas que narra esse episódio cita o fato como acontecido nesse monte; os evangelistas são unânimes em afirmar que Jesus subiu numa “alta montanha” (Mc 9,2; Mt 17,1), ou apenas “à montanha” (Lc 9,28) sem citar o nome da montanha.
Pela narrativa dos Evangelhos não sabemos que montanha foi essa. A tradição deu o nome a essa montanha, como sendo o monte Tabor, a partir do século IV. Isso foi dito pela primeira vez por Cirilo de Jerusalém e por Jerônimo em suas obras literárias. O monte Tabor não é citado nenhuma vez no Novo Testamento, mas são encontrados treze registros do monte Tabor no Antigo Testamento, a saber: Josias 19,12; 19,17; 19,22; 19,34; Juízes 4,6; 4,12; 4,14; 8,18; 1 Samuel 10,3; 1 Crônicas 6,62; Salmo 89 (88),13; Jeremias 46,18 e Oséias 5,1.
Possivelmente, depois de um dia cansativo de jornada e contato com o povo, Jesus sentiu necessidade de um recolhimento para descansar, e pelo que vemos nas Sagradas Escrituras, o seu melhor descanso era a oração, e quando Jesus se propunha a rezar, subia numa montanha ou alto monte. Desta feita Jesus não vai sozinho. Escolhe três dos quatro primeiros escolhidos dos seus discípulos: Pedro, Tiago e João, e sobe a uma alta montanha. Esta cena nos reporta ao Êxodo 24,1-3, onde Moisés é convidado por Yahweh a subir à montanha de Deus em companhia de Aarão, Nadab, Abiu, três auxiliares mais próximos de Moisés e mais setenta anciãos. Somente Moisés se aproximou de Deus. Também não foi por acaso que Jesus levou consigo três dos seus discípulos, porque, no Antigo Testamento, para se provar a veracidade de um fato ou delito havia a necessidade do depoimento de duas ou três testemunhas: “Uma testemunha não é suficiente contra alguém, seja qual for o caso do crime ou pecado. Em todo pecado que alguém tiver cometido, o processo será aberto pelo depoimento pessoal de duas ou três testemunhas”. (Dt 19,15).
Além desta cena da transfiguração na montanha, em outras ocasiões de suma importância de sua vida e sua mensagem, Jesus também leva consigo esses mesmos três discípulos, como, por exemplo, na ressurreição da filha de Jairo em Marcos 5,35 e no Getsêmani antes de sua prisão, em Marcos 14,33, Mateus 26,37 e Lucas 22, 40. Em conversas particulares Jesus também procurava a companhia desses três discípulos, como quando explicava sobre a destruição do Templo, só que, desta feita, estava também André: “Jesus estava sentado no Monte das Oliveiras, de frente ao Templo. Então Pedro, Tiago, João e André lhe disseram em particular: ‘Dize-nos quando vai acontecer isso, e qual será o sinal que de todas essas coisas estarão para acabar?”. (Mc 13,3-4). Então, para provar a veracidade de seu relacionamento com o Pai, Jesus quer que três dos seus discípulos sejam testemunhas oculares e auditivas. E Jesus, em companhia desses três discípulos, sobe a um monte alto.
No mundo do Antigo Testamento, Yahweh revelava-se frequentemente sobre as montanhas: “Abraão, tome seu filho, o seu único filho Isaac, a quem você ama, vá à terra de Moriá, e o ofereça aí em holocausto, sobre uma montanha que eu vou lhe mostrar.” (Gn 22,1-14); “Moisés levou as ovelhas além do deserto e chegou ao Horeb, a montanha de Deus. O anjo de Yahweh  apareceu a Moisés numa chama de fogo, do meio de uma sarça.  Moisés prestou atenção: a sarça ardia no fogo, mas não se consumia”. (Ex 3,1-6); “Yahweh disse a Moisés: ‘Suba até junto de mim na montanha, pois eu estarei ai para lhe dar as tábuas de pedra com a lei e os mandamentos que escrevi para os instruir’. Moisés se levantou com seu ajudante Josué. E subiram à montanha de Deus”. (Ex 24,12-13); “Elias se levantou, comeu e bebeu e sustentado pela comida, caminhou quarenta dias e quarenta noites até o Horeb, a montanha de Deus. Elias entrou na gruta da montanha, e ai passou a noite. Então Yahweh lhe dirigiu a palavra...” (1Rs 19,8-13).
Como vemos, Moisés e Elias, que vão ser mencionados na passagem da transfiguração, receberam as suas revelações num monte. No Evangelho de Lucas a narrativa da transfiguração de Jesus vem na sequência do diálogo de Jesus com Pedro e com os discípulos sobre, para a multidão e para eles, quem era Jesus: “Quem dizem as multidões que eu sou? [...] ‘E vocês, quem dizem que eu sou?”.  (Lc 9,18.20), e como deveria ser o seu seguimento: “Se alguém quer me seguir, renuncie a si mesmo, tome cada dia a sua cruz, e me siga”. (Lc 9,23). Lucas começa a passagem da transfiguração com as palavras: “Mais ou menos oito dias depois dessas palavras, tomando consigo a Pedro, João e Tiago, ele subiu à montanha para orar. Enquanto orava, o aspecto de seu rosto se alterou, suas vestes tornaram-se de fulgurante brancura.” (Lc 9,28-29).
Lucas quer ligar estreitamente este texto com a mensagem anterior que vislumbra, à distância, a silhueta da cruz. O texto destaca um aspecto de Jesus que é muito caro a Lucas: o fato de que Jesus era um homem de oração. Neste momento ele “subiu à montanha para rezar”. (Lc 9,28). Jesus retirava-se com frequência a sós e passava horas em oração; por vezes, noites inteiras em oração. Nos momentos mais significativos da sua vida, Jesus orava. No evangelho de Lucas, Jesus é, sobretudo, o grande mestre de oração e da exultação no Espírito Santo. Lucas diz no seu Evangelho que, após o seu batismo, Jesus entrou em oração. Como resposta à sua oração, os céus abriram-se e o Espírito Santo desceu sobre ele em forma de pomba. No mesmo instante ouviu-se a voz de Deus Pai vinda do céu dizendo: “Tu és o meu Filho muito amado no qual ponho o meu enlevo” (Lc 3,21-22). Nos Evangelhos encontramos Jesus como um homem assíduo na oração e com muita frequência, isso acontecia sobre uma montanha ou no deserto: "De madrugada, estando ainda escuro, ele se levantou e retirou-se para um lugar deserto e ali orava" (Mc 1,35).
Jesus é-nos apresentado pelos evangelhos como um homem que orava nos momentos críticos. Os grandes acontecimentos da vida de Jesus também aconteceram num monte ou montanha; as bem-aventuranças e o sermão da montanha nos capítulos de 5 a 7 de Mateus e os recolhimentos de Jesus em montes e montanhas para rezar ou para tomar decisões importantes e radicais para o seu ensinamento. No momento de escolher os doze Apóstolos, Jesus retirou-se para uma montanha e passou a noite em oração: “Jesus subiu ao monte e chamou os que desejava escolher. E foram até ele. Então Jesus constituiu o grupo dos Doze, para que ficassem com ele e para enviá-los a pregar, com autoridade para expulsar os demônios.” (Mc 3,13-15; Lc 6,12-13); Ao raiar do dia, saiu e foi para um lugar deserto" (Lc 4,42a); "Ele, porém, permanecia retirado em lugares desertos e orava". (Lc 5,16); "Estando num certo lugar, orando, ao terminar, um de seus discípulos pediu-lhe: Senhor, ensina-nos a orar..." (Lc 11,1); "Tendo-as despedido, subiu ao monte, a fim de orar a sós. Ao chegar a tarde, estava ali, sozinho" (Mt 14, 23).
No Jardim das Oliveiras, passou o tempo em oração e pediu aos discípulos para orarem, a fim de não entrarem em tentação (Lc 22, 39-42). Na cruz, orou pelos seus inimigos (Lc 23,34).
E, na montanha, em companhia de Pedro, Tiago e João, o rosto e as vestes de Jesus tornam-se fulgurantes de luz. Moisés e Elias aparecem, e é importante notar que o evangelista destaca sobre o que eles falavam: “de sua partida que iria se consumar em Jerusalém” (Lc 9,31). Uma nuvem os cobre e uma voz do céu diz: “Este é o meu Filho, o Eleito; ouvi-o” (Lc 9,35).  A nuvem e a luz são dois símbolos inseparáveis nas manifestações do Espírito Santo. Desde as manifestações de Deus (teofanias) do Antigo Testamento, a nuvem, ora escura, ora luminosa, revela o Deus vivo e salvador, escondendo a transcendência de sua Glória: durante a caminhada no deserto (Ex 14,19-20); com Moisés sobre a montanha do Sinai (Ex 19,16; 24,16-17), na Tenda de Reunião (Ex 40,34-35); e com Salomão por ocasião da dedicação do Templo (1Rs 6,13). Na Transfiguração a Trindade inteira se manifesta: o Pai, na voz; o Filho, no homem; o Espírito Santo, na nuvem clara.
E Jesus mostra sua glória divina, confirmando, assim, a confissão de Pedro. Mostra também que, para “entrar em sua glória” (Lc 24,26), deve passar pela cruz em Jerusalém.
Durante a oração aparecem Moisés e Elias, símbolos da Lei e dos Profetas. Assim Lucas mostra que Jesus está em continuidade com as Escrituras, isso é, o caminho que Jesus segue está de acordo com a vontade de Deus. Os dois personagens, tanto Moisés como Elias, foram profetas rejeitados e perseguidos no seu tempo. Jesus não foi diferente deles, mas o Pai permanece com ele: “Este é o meu Filho, o Eleito; ouvi-o” (Lc 9,35). Moisés e Elias haviam visto a glória de Deus sobre a montanha; a Lei e os profetas tinham anunciado os sofrimentos do Messias. Fica claro que a Paixão de Jesus é sem dúvida a vontade do Pai: o Filho age como servo de Deus. Moisés foi o legislador do povo israelita e Elias o príncipe dos profetas, e ali, na montanha, eles representavam a Lei e os Profetas. No seu Evangelho Marcos afirma que “as roupas de Jesus ficaram brilhantes e tão brancas como nenhuma lavadeira sobre a terra poderia alvejar”. (Mc 9,3).
Essa transformação aponta para a realidade da ressurreição de Jesus. Ninguém, nem mesmo a morte, poderá deter o projeto do Reino, pois o Mestre vai ressuscitar depois de três dias.
Moisés e Elias presentes e conversando com Jesus, estão representando, respectivamente, a Lei e os Profetas, confirmando, assim, a realização de tudo o que fora profetizado sobre o Messias em todo o Antigo Testamento. Moisés é o líder da libertação do Egito.
O comparecimento deles vem dar testemunho de Jesus. Jesus é o libertador definitivo, prometido e prefigurado nos líderes do passado. Elias é o restaurador da mensagem de Yahweh no Reino do Norte no tempo do rei Acab, o profeta que libertou o povo da idolatria que gera opressão. O Antigo Testamento testemunha que Jesus veio para libertar mediante a entrega total de sua vida.
Nuvem, esplendor, personagens e, sobretudo, a voz que sai da nuvem são modos de indicar a presença de Deus no acontecimento. O próprio Pai garante que Jesus é seu Filho amado, ao qual é preciso dar adesão. Nesse versículo temos um dos pontos altos do Evangelho de Marcos. Desde o início do seu Evangelho, Marcos afirma que Jesus é Filho de Deus: “Começo da Boa Notícia de Jesus, o Messias, o Filho de Deus”. (Mc 1,1) e, ao ser batizado, o Pai diz: “Tu és o meu Filho amado; em ti encontro o meu agrado” (Mc 1,11). O termo “filho” recorda o Salmo 2,7, onde um rei é declarado filho de Deus. Jesus é esse Rei, mas seu messianismo passa pela entrega da vida.
Pedro, ao despertar do sono, faz uma sugestão descabida: “Mestre, é bom ficarmos aqui. Vamos fazer três tendas: uma para ti, uma para Moisés e outra para Elias”. (Lc 9,33). Claro, era bom ficar ali, num momento místico, longe do dia-a-dia, da caminhada, das dúvidas, dos desentendimentos, da luta. Quem não iria querer? Mas não era uma sugestão que Jesus pudesse aceitar. Terminado o momento de revelação, “Jesus estava sozinho”, e, ao amanhecer o dia, “desceram da montanha” (Lc 9,37). Por tão gostoso que seja ficar no alto da montanha, é preciso descer para enfrentar o caminho até o Monte Calvário. A experiência da transfiguração está intimamente ligada com a experiência da cruz. Quem sabe, talvez a experiência da transfiguração na montanha desse a Jesus a coragem necessária para aguentar a experiência bem dolorida do Calvário.
A subida à montanha com Jesus é uma caminhada que todos devemos e temos que fazer, para orar, para refletir, para ouvir, para escutar. Este escutar com o sentido de obedecer é um compromisso de seguir Jesus em todas as circunstâncias. Por isso não podemos querer, como os discípulos, ficar e fazer tendas no cimo do monte. Fazer tendas é sinal da acomodação, que se apodera de nós facilmente, é o ficar ali, é o ficar longe dos acontecimentos, é o ficar longe das dificuldades da vida, é o ficar a ver à distância, longe dos irmãos e da comunidade.
Mas a mensagem de Jesus é clara: depois da oração, depois de ouvida a mensagem, é preciso descer da montanha, descer à terra, entrar no mundo real passar à ação e pormo-nos à caminho. É preciso que, com Marcos, confessemos que Jesus é o Filho de Deus e o sigamos. E assim como os discípulos viram Moisés e Elias falando com Jesus também nós veremos Jesus cheio de esplendor e glória. Ele é a única autoridade credenciada pelo Pai. Ele está conosco para sempre.

SÃO POLICARPO DE ESMIRNA - 69-155



23 DE FEVEREIRO
SÃO POLICARPO DE ESMIRNA - 69-155

Nascido em uma família cristã da alta burguesia no ano 69, em Esmirna, Ásia Menor, atual Turquia. Os registros sobre sua vida nos foram transmitidos pelo seu biógrafo e discípulo predileto, Irineu, venerado como o "Apóstolo da França" e sucessor de Timóteo em Lion. Policarpo foi discípulo do apóstolo João, e teve a oportunidade de conhecer outros apóstolos que conviveram com o Mestre. Ele se tornou um exemplo íntegro de fé e vida, sendo respeitado inclusive pelos adversários. Dezesseis anos depois, Policarpo foi escolhido e consagrado para ser o bispo de Esmirna para a Ásia Menor, pelo próprio apóstolo João, o Evangelista.
Foi amigo de fé e pessoal de Inácio Antioquia, que esteve em sua casa durante seu trajeto para o martírio romano em 107. Este escreveu cartas para Policarpo e para a Igreja de Esmirna, antes de morrer, enaltecendo as qualidades do zeloso bispo.

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

CÁTEDRA DE SÃO PEDRO


22 DE FEVEREIRO
CÁTEDRA DE SÃO PEDRO


A Cátedra de São Pedro era comemorada em duas datas, que marcaram as mais importantes etapas da missão deixada ao apóstolo pelo próprio Jesus. A primeira, em 18 de janeiro se comemorava a sua posse em Roma, a segunda, em 22 de fevereiro, marca o aparecimento do Cristianismo na Antioquia, onde Pedro foi o primeiro bispo.
Por se tratar de uma das mais expressivas datas da Igreja o martirológio decidiu unificar os dois dias e festejar apenas o dia 22 de fevereiro, que é a mesma data do livro "Dispositio Martyrum", único motivo da escolha para a celebração.
Cátedra significa símbolo da autoridade e do magistério do bispo. É daí que se origina a palavra catedral, a igreja-mãe da diocese. Estabeleceu-se então, a Cátedra de São Pedro para marcar sua autoridade sobre toda a Igreja, inclusive sobre os outros apóstolos.
Sem dúvida alguma foi o mais importante dos escolhidos por Jesus Cristo. Recebendo a incumbência de se tornar a pedra sobre a qual seria edificada Sua Igreja, Pedro assumiu seu lugar de líder, atendendo a vontade explícita de Jesus, que lhe assinalou a tarefa de "pascere" em grego, isto é guiar o novo povo de Deus, a Igreja. 

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

SÃO ROBERTO SOUTHWELL (HORSHAN SANTA FÉ, O NORFOLK, 1561; TYBURN, 20-02-1595), JESUÍTA E MÁRTIR.



21 DE FEVEREIRO
SÃO ROBERTO SOUTHWELL (HORSHAN SANTA FÉ, O NORFOLK, 1561; TYBURN, 20-02-1595), JESUÍTA E MÁRTIR.

"Deus é o meu presente, Ele mesmo, Ele livremente deu-me.O presente de Deus sou eu, e nenhum mas Deus deve ter-me."
Ele foi o caçula de oito crianças. Sua educação deu-se em Douai. Ele viajou a Paris na tutela do Jesuíta Thomas Darbyshire. Em 1580 ele juntou-se à Companhia de Jesus depois de dois anos de estudos no Noviciado de Tournee.
Ele moveu-se para Roma, onde apesar dos seus jovens ele foi Chefe de departamento de estudos na Escola inglesa de Roma dos jesuítas. Foi ordenado como sacerdote em 1584. Lá, foi enviado a Inglaterra, em 1586, como missionário junto com Henry Garnett, apesar de estar na validade o decreto de Reina Elizabeth que proibia aos sacerdotes católicos permanecer mais de 40 dias em Inglaterra na dor da morte.

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

SANTO EUQUÉRIO DE ORLEANS - + 738


20 DE FEVEREIRO
SANTO EUQUÉRIO DE ORLEANS - + 738

O bispo francês Euquério foi um grande defensor da Igreja em seu tempo. Defensor não só de seus conceitos e dogmas, mas também dos seus bens, que tanto atraíam os poderosos.

Euquério nasceu em Órleans, na França, e recebeu disciplina e educação cristã desde o berço. Assim que a idade o permitiu, entrou para o mosteiro de Lumièges, às margens do rio Sena. Seus sete anos de atuação ali foram marcados pela autopenitência que, de tão severa, chegava a lembrar os monges eremitas do Oriente. Esse período fez dele o candidato natural à sucessão do bispo de sua cidade natal. Humilde, Euquério tentou recusar, mas foram tantos os pedidos de seus irmãos de hábito e do povo em geral, que acabou aceitando.
Seu bispado foi marcado pelo respeito às tradições e à disciplina. Euquério chegou a enfrentar o rei francês Carlos Martel, que pretendia se apossar de bens da Igreja, dirigindo-lhe censuras graves, como faria a qualquer outra ovelha de seu rebanho, se fosse necessário. O rei, apesar de precisar dos bens para aumentar as finanças e continuar a guerra contra os sarracenos muçulmanos, deixou de lado sua intenção. Entretanto, tramou a transferência do bispo, para afastá-lo de sua querida cidade de Órleans.
Euquério foi transferido para Colônia, na Alemanha, aonde também conquistou o respeito e o carinho do povo e do clero. Então o vingativo rei conseguiu que fosse mandado para mais longe, Liège.

terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

SÃO GABINO - +296



19 DE FEVEREIRO
SÃO GABINO - +296

Gabino nasceu na Dalmácia, atual Bósnia , numa família da nobreza romana cristã, radicada naquele território. Na idade adulta, ele foi viver em Roma com a intenção de se aproximar da Igreja, mesmo sabendo dos sérios riscos que correria. Nesta cidade, ele se tornou senador e se casou. Com a morte da esposa, Gabino decidiu ser padre. Transformou sua casa numa igreja, consagrou a jovem filha Suzana, à Cristo, e a educou com a ajuda do irmão Caio, que já era sacerdote. Juntos, eles exerciam o apostolado em paz, convertendo pagãos, ministrando a comunhão e executando a santa missa, enfim fortificando a Igreja neste período de trégua das perseguições.
Segundo os registros encontrados, Gabino e os familiares, eram aparentados do imperador Diocleciano. Assim, quando o soberano desejou ter a filha de Gabino como nora, não conseguiu. Enviou até mesmo um emissário para convencer a jovem, que não cedeu, decidida a se manter fiel à Cristo, sendo apoiada pelo pai e o tio Caio, que fora eleito papa, em 283.

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

BEM-AVENTURADO JOÃO DE FIESOLE OU FRA ANGÉLICO - 1387-1455


18 DE FEVEREIRO
BEM-AVENTURADO JOÃO DE FIESOLE OU FRA ANGÉLICO - 1387-1455


Guido de Pietro, nasceu em 1387, na cidade de Mugelo, na Toscana, Itália. Até o final da juventude foi pintor de quadros na cidade de Florença, quando se decidiu pela vocação religiosa. Em 1417, ingressou na congregação de São Nicolau, onde permaneceu por três anos. Depois, junto com seu irmão Bento, foi para o convento dominicano de Fiesole, no qual se ordenou sacerdote adotando o nome de João.
A ação dos seus dons de santo e de artista, se desenvolveu de forma esplendida no clima de alta perfeição espiritual e intelectual, encontrado no convento. Assim pode fazer da pintura a sua principal obra evangelizadora, ao se tornar um Frade Predicador desta Ordem. Pela singeleza e genialidade de sua figura passou a ser chamado de "Beato Angélico" ou "Fra Angélico", nome que ficou impresso inclusive no mundo das artes.
Este frade-pintor foi um dom magnífico feito por Deus para a Ordem, pois deu também um imenso auxílio financeiro aos co-irmãos, porque, obedecendo ao voto de pobreza, destinou à Ordem todos os seus ganhos como artista, que eram tão expressivos quanto a sua genialidade. A santa austeridade, os estudos profundos, a perene elevação da alma a Deus, mediante as orações contemplativas, apuraram o seu espírito e lhe abriram horizontes ocultos.

domingo, 17 de fevereiro de 2013

SANTO ALEIXO FALCONIERI - 1200-1310


17 DE FEVEREIRO
SANTO ALEIXO FALCONIERI - 1200-1310

É um dos sete fundadores da Ordem dos Servidores de Nossa Senhora.

Aleixo nasceu em 1200 na cidade de Florença, Itália. Era filho de Bernardo Falconieri, um príncipe mercante florentino, e um dos líderes daquela república. A cidade vivia em luta. Brigavam pelo poder duas famílias poderosas: os Guelfi e os Ghibelini. A família Falconieri pertencia ao partido dominante dos Guelfi.
Nesta época, Aleixo era um jovem comerciante influente, nobre, rico, inteligente e alegre, que resolveu crescer acima deste mundo material. Ele tinha uma conduta cristã exemplar, era muito piedoso e devoto da Virgem Maria. Junto com seis amigos, ligados por uma estreita amizade fraterna, formaram um grupo que se encontrava para rezar e cantar "laudas" para Maria. No dia 15 de agosto de 1233, os sete: Bonfiglio, Bonaiuto, Amadio, Ugocio, Sostenio, Manejo e Aleixo, estavam reunidos rezando diante da imagem da Virgem quando ela se mexeu. Depois, na volta para casa Nossa Senhora apareceu vestida de luto chorando e, disse que a causa de sua tristeza era a longa guerra civil daquela cidade.
Decidiram abandoar tudo e fundaram a "Ordem dos Servidores de Nossa Senhora", ou Servitas, em monte Senário, perto da cidade. Vestiram-se de preto em reverência à Virgem de luto e adotaram a Regra de Santo Agostinho. 

sábado, 16 de fevereiro de 2013

"VOCÊ ADORARÁ O SENHOR SEU DEUS E SOMENTE A ELE SERVIRÁ" - Lc 4,1-13

PRIMEIRO DOMINGO DA QUARESMA - ANO “C”
Cor: roxo – Leituras: Dt 26,4-10; Sl 90 (91); Rm 10,8-13; Lc 4,1-13.

"VOCÊ ADORARÁ O SENHOR SEU DEUS E SOMENTE A ELE SERVIRÁ" - Lc 4,1-13

Diácono Milton Restivo

Estamos entrando no tempo da Quaresma. Este é o primeiro domingo da Quaresma. Geralmente, os fieis cumprem, para desencargo de consciência, com aquilo que chamam de “obrigação”, participando das santas missas aos domingos e dias santos de guarda, mas desconhecem a sequência normal do Ano Litúrgico que tem como centro e ápice a Ressurreição de Jesus Cristo, a Páscoa. Então, vamos nos ater um pouco sobre um assunto que, temos certeza, todos conhecem, mas que nunca é demais reavivá-lo.

Segundo os ensinamentos do Catecismo da Igreja Católica (CIC) e dos documentos da CNBB, a palavra Quaresma vem do latim “quadragésima” e é utilizada para designar o período de quarenta dias que antecede a festa maior do cristianismo: a ressurreição de Jesus Cristo, comemorada no glorioso Domingo de Páscoa. A cor litúrgica deste tempo é o roxo, que tem a conotação de penitência, recolhimento na oração, desprendimento pela caridade. É um tempo de reflexão, de penitência, de conversão espiritual; tempo e preparação para o mistério pascal. Neste tempo a Igreja, interpretando na íntegra os ensinamentos de Jesus, convida-nos à mudança de vida e de mentalidade: “Convertam-se, porque o Reino de Deus está próximo”. (Mt 4,17). A Igreja convida-nos a viver a Quaresma como um caminho que leva à conversão e adesão à mensagem de Jesus, escutando a Palavra de Deus, orando, compartilhando com o próximo e praticando boas obras.

SANTO ONÉSIMO


16 DE FEVEREIRO
SANTO ONÉSIMO


Onésimo era o nome do escravo de um importante e rico cidadão chamado Filemon que viveu na Frígia, atual Turquia, na Ásia Menor. Filemon, sua esposa e filho, em certa ocasião ouvindo o apóstolo Paulo se converteram, tocados pela palavra de Cristo. Paulo batizou Filemon e a toda a sua família e os dois se tornaram amigos. Este escravo, cujo nome em grego significa útil, roubou dinheiro de seu amo. Assim, temendo ser castigado resolveu fugir.
O castigo para os escravos recapturados era ter a letra "F" marcada em brasa na testa e para os ladrões era a morte. Por isto foi para Roma onde deve ter cometido alguma infração, pois foi preso e algum tempo depois libertado.
No cárcere conheceu o apóstolo Paulo que mais uma vez era prisioneiro dos romanos.
Ouvindo sua palavra, o escravo foi tocado pela Paixão de Cristo e se arrependeu.
Procurando o apostolo, confessou sua culpa e foi perdoado.
Assim, Onésimo se converteu e recebeu o batismo do próprio Paulo, que o enviou de volta para o também amigo Filemon com uma carta, que se encontra nas Sagradas Escrituras, junto com as cartas de Paulo. 

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

MARIA VIVEU A QUARESMA


15 DE FEVEREIRO
MARIA VIVEU A QUARESMA.


Quando meditamos sobre a quaresma, quando meditamos o recolhimento de Jesus no deserto por quarenta dias em completo jejum, penitência e oração, quando meditamos o seu afastamento de sua pequena Nazaré para dar início a uma vida totalmente nova e diferente daquela que levara por trinta anos em companhia de sua mãe, Maria, na pobreza da casa de Nazaré, talvez ainda não nos tenha ocorrido pensar em uma figura de suma importância em tudo isso e que foi responsável pela realização dos planos de Deus Pai para a salvação de toda a humanidade.
Quando chegou o tempo em que o Senhor Jesus deveria deixar sua casa, seus amigos, seu trabalho, para dedicar-se inteiramente ao serviço do Senhor, essa figura, que nos referimos, deve tê-lo acompanhado com os olhos até ele se perder no horizonte, com os olhos marejados de lágrimas e com o coração acompanhando Jesus em todos os seus passos e minutos da vida que ele se propusera viver para que a misericórdia de Deus atingisse todos os homens.
Essa figura não é outra senão Maria.
Durante toda a infância de Jesus, os santos evangelhos nos dizem que Maria observava tudo e guardava e meditava tudo em seu coração.
E nessas meditações lhe fora revelado tudo o que o seu Divino Filho deveria passar, sofrer, ser perseguido e até morrer pela salvação de todos os homens a quem ele viera para salvar. 

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

SÃO CIRILO – 826-868



14 DE FEVEREIRO
SÃO CIRILO – 826-868

Constantino nasceu em 826 na Tessalônica  atualmente Salonico,Grécia. Seu pai era Leão, um rico juiz grego, que teve sete filhos. Constantino o caçula e Miguel o mais velho, que mudaram o nome para Cirilo e Metódio respectivamente, ao abraçarem a vida religiosa.
Cirilo tinha catorze anos quando o pai faleceu. Um amigo da família, professor Fócio, que mais tarde ajudou seu irmão acusado de heresia, assumiu a educação dos órfãos em Constantinopla, capital do Império Bizantino. Cirilo aproveitou para aprender línguas, literatura, geometria, dialética e filosofia. De inteligência brilhante, se formou em tudo.
Rejeitando um casamento vantajoso, ingressou para a vida espiritual, fazendo votos particulares, se tornou bibliotecário do ex-patriarca. Em seguida foi cartorário e recebeu o diaconato. Mas sentiu necessidade de se afastar, indo para um mosteiro, em Bosforo. Seis meses depois foi descoberto e designado para lecionar filosofia.

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

SÃO GREGÓRIO II – PAPA - 669-731


13 DE FEVEREIRO
SÃO GREGÓRIO II – PAPA - 669-731


Gregório nasceu no ano de 669. Pertencia a uma família cristã da nobreza romana, o pai era senador e a mãe uma nobre, que se dedicava à caridade. Ele teve uma educação esmerada junto à cúria de Roma. Muito culto, era respeitado pelo clero Ocidental e Oriental. Além da conduta reta, sabia unir sua fé inabalável com as aptidões inatas de administrador e diplomata. Tanto que, o papa Constantino I pediu que ele o acompanhasse à capital Constantinopla, para tentar resolver junto ao imperador do Oriente, Leão II, que se tornara iconoclasta, a grave questão das imagens.
Escolhido para o pontificado em 19 de maio de 715, Gregório II governou a Igreja durante dezesseis anos. Neste longo período, administrou seu rebanho com generosidade e sabedoria, consolidando a posição da Igreja no cenário político e religioso. Em 719, enviou são Bonifácio à Alemanha e nos anos seguintes encorajou e apoiou a sua missão apostólica.

terça-feira, 12 de fevereiro de 2013

SANTA EULÁLIA - 290-304



12 DE FEVEREIRO
SANTA EULÁLIA - 290-304

Eulália, nasceu nas proximidades da cidade de Barcelona, no ano 290. Pertencia a uma família da nobreza espanhola e seus pais viviam numa vasta propriedade na periferia daquela movimentada corte. Cobriam a menina Eulália com todo amor, carinho e mimos, quase sufocando a pequena que já na tenra idade resplandecia em caráter.
Humilde, sábia, prudente e muito inteligente era a caridade em pessoa. Dedicava um extremo amor à Jesus Cristo, para o qual despendia muitas horas do dia em virtuosas orações. Costumava ficar no seu modesto quarto, reunida com suas amiguinhas, entoando cânticos e hinos de louvor ao Senhor, depois saiam para distribuir seus melhores pertences às crianças pobres das imediações, que sempre batiam à sua porta. Entrou para a adolescência, aos treze anos, no mesmo período em que chegava à Barcelona a notícia da volta à terrível perseguição contra os cristãos, decretada para todos os domínios do Império.

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

SÃO CASTRENSE - SÉCULO V



11 DE FEVEREIRO
SÃO CASTRENSE - SÉCULO V

Castrense viveu no século V, era cristão e bispo de Cartagine, atual Tunísia, África. Durante a invasão dos Vândalos, comandados pelo rei Genserico, ele foi lançado ao mar, junto com outros sacerdotes e fiéis, dentro de um velho navio desprovido de velas, remos e leme.
Com certeza, o intuito era que morressem afogados, mas milagrosamente ele sobreviveu, desembarcando na costa italiana, próxima a Nápolis. Pelos registros, ele retomou sua missão apostólica e logo se tornou bispo de Castel Volturno.
Depois, de acordo com o antiquíssimo "Calendário Marmóreo" de Nápolis, ele também foi eleito bispo de Sessa, aceitando a difícil tarefa de conduzir os dois rebanhos, os quais guiou com amor e zelo paternal. Castrense era humilde e carismático, penitente e caridoso, durante a sua vida patrocinou dois episódios prodigiosos, registrados nos arquivos da Igreja: libertou um homem possesso pelo demônio e salvou um navio cheio de passageiros de uma grande tempestade. 

domingo, 10 de fevereiro de 2013

SÃO GUILHERME DE MALAVALE - 1071-1157



10 DE FEVEREIRO
SÃO GUILHERME DE MALAVALE - 1071-1157

Guilherme era de origem nobre, nasceu em 1071, na França. Era um duque da Aquitânia, que se dedicou até o final da juventude às artes militares e mundanas, afastado do cristianismo. A sua conversão foi atribuída a são Bernardo, que o inspirou a desejar viver a experiência do retiro espiritual, num bosque afastado. Quando saiu do isolamento, alguns meses depois, procurou o papa Urbano II para pedir perdão dos pecados. Após receber sua benção, seguiu em peregrinação para Jerusalém.
Guilherme ficou nove anos na Terra Santa, praticando obras de penitência e piedade e, quando voltou, se juntou a uma comunidade de ermitãos, próximo de Pisa, na Itália. Dois anos depois foi para a Toscana, onde, na floresta de Malavale construiu o seu derradeiro retiro. E deste momento em diante começou a fama de sua santidade.
Em Malavale, tinha como única companhia às feras selvagens, dormia no chão duro e se alimentava de plantas e raízes. Os habitantes aprenderam a estima-lo.

sábado, 9 de fevereiro de 2013

“AVANÇA PARA AS ÁGUAS MAIS PROFUNDAS, E LANCEM AS REDES PARA A PESCA”. (Lc 5,4).


V DOMINGO DO TEMPO COMUM – ANO “C”
Cor: verde – Leituras: Is 6,1-2.3-8; Sl 137; 1Cor 15,1-11; Lc 5,1-11.

“AVANÇA PARA AS ÁGUAS MAIS PROFUNDAS, E LANCEM AS REDES PARA A PESCA”. (Lc 5,4).
Diácono Milton Restivo

No domingo passado a liturgia da Palavra versou sobre o chamamento e a vocação do profeta Jeremias. A primeira leitura da liturgia deste domingo focaliza a vocação do profeta Isaias. Isaias narra uma visão aterradora, do “Senhor sentado num trono de grande altura; o seu manto estendia-se pelo templo. Havia serafins de pé a seu lado; cada um tinha seis asas”. (Is 6,1-2).
É somente nesta passagem de Isaias que é mencionado, na Bíblia, especificamente, a figura dos serafins: “De pé, acima dele, estavam serafins...” (Is 6,2). As Sagradas Escrituras nada mais dizem a respeito de serafins, senão o que se contém nesta passagem: Cada um deles tinha seis asas: com duas cobria a face, e com outras duas cobriam os pés e com duas voavam. E clamavam um para o outro, e diziam: “Santo, Santo, Santo, Senhor Deus dos Exércitos cheia está toda a terra da sua glória”, (Is 6,2-3). Com estas palavras os serafins louvavam a Deus por sua perfeita Santidade. João, ao escrever o Apocalipse, oitocentos anos depois desses acontecimentos, narra uma visão que teve, semelhante a essa, com quatro seres vivos, sem dizer que eram serafins, e “cada um dos quatro seres vivos tem seis asas e são cheios de olhos ao redor e por dentro. Dia e noite sem parar, eles proclamam: ‘Santo! Santo! Santo! Senhor Deus todo poderoso! Aquele-que-é, que-era e que-vem!” (Apo 4,8). Santo quer dizer “separado”: separado do impuro e do profano. 

SÃO MIGUEL FEBRES CORDERO MUNHOZ - 1854-1910



09 DE FEVEREIRO
SÃO MIGUEL FEBRES CORDERO MUNHOZ - 1854-1910

Miguel Febres Cordero Munhoz nasceu em Cuenca, Equador, em 7 de novembro de 1854, foi filho de um professor universitário e seu avô foi um general do exército, venerado como herói nacional. Aos cinco anos de idade, Nossa Senhora lhe apareceu durante um sonho e desde então decidiu que seria um sacerdote. Três anos depois, sentiu novamente a presença da Virgem Maria quando foi protegido milagrosamente de ser morto por um touro selvagem.
Aos nove anos ingressou no colégio da congregação dos Irmãos da Escola Cristãs de la Sale, que chegara recentemente ao Equador. Quatro anos mais tarde, se juntou aos irmãos iniciando seu noviciado, com a benção dos seus pais, que de imediato fizeram oposição. Tornou-se um sacerdote educador famoso, dotado de notável inteligência. Aos dezessete anos publicou seu primeiro livro pedagógico, que acabou sendo adotado pelo governo. Esta função considerada a mais nobre e rendosa missão para a Igreja e para a pátria, ele exerceu durante trinta e dois anos, na cidade de Quito. 

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

SÃO JERÔNIMO EMILIANO - 1486-1537



08 DE FEVEREIRO
SÃO JERÔNIMO EMILIANO - 1486-1537

Fundou a Sociedade dos Clérigos Regulares.
Jerônimo Emiliani, de nobre família, nasceu em Veneza, Itália, em 1486. Sua juventude foi bastante tumultuada, com comportamentos mundanos e desregrados. Desde os quinze anos serviu como soldado e durante muito tempo foi mantido como prisioneiro pelo exército imperial de Treviso. Neste período, ele foi envolvido numa forte experiência de conversão. Atormentado pela memória de seus pecados, reconheceu em Cristo Crucificado o amor misericordioso do Pai.
Quando saiu em liberdade, se desfez de toda a fortuna e se consagrou a uma missão muito especial, baseada na revelação da paternidade divina: compartilhar e viver em comunidade com os órfãos, os pobres e os doentes. Assim, em 1531 fundou um instituto de religiosos na cidade de Somasca, Itália. Logo foram chamados de "padres Somascos". Jerônimo Emiliani permaneceu leigo e dedicou sua existência a Deus e à caridade. Seus trabalhos solidários se estendiam aos doentes e miseráveis como também as crianças órfãs e às prostitutas. 

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

BEM-AVENTURADO PIO IX – PAPA - 1792-1878


07 DE FEVEREIRO
BEM-AVENTURADO PIO IX – PAPA - 1792-1878


O Papa Pio IX nasceu na Itália aos 13 de maio de 1792. Seus pais pertenciam à nobreza local e o batizaram com o nome de Giovanni (João) Maria Mastai Ferretti. Em 1809, transferiu-se para Roma a fim de continuar os estudos, sem ter se definido pelo sacerdócio. Sua saúde era muito débil, tanto que, devido a uma enfermidade, teve de abandonar os estudos em 1812, sendo também dispensado do serviço militar obrigatório.
O jovem Mastai teve um encontro com São Vicente Pallotti em 1815, que lhe profetizou o pontificado. Nessa época, João fazia parte da Guarda nobre pontifícia, mas teve que deixá-la por motivo de saúde. A partir daí, a Virgem de Loreto o curou, gradual e definitivamente, da enfermidade.
Mastai resolveu optar pelo estudo eclesiástico em 1816, sendo ordenado sacerdote em 1819. Celebrou sua primeira Missa na igreja de Santa Ana dos Carpinteiros, do Instituto Tata Giovanni, para o qual fora nomeado reitor, permanecendo na função até 1823. Acompanhou o núncio apostólico ao Chile, onde ficou por dois anos.
Aos trinta e seis anos de idade, o sacerdote Giovanni Maria Mastai foi nomeado Bispo e destinado à arquidiocese da cidade de Espoleto, Itália.

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

BEM-AVENTURADO AFONSO MARIA FUSCO – 1839-1910



06 DE FEVEREIRO
BEM-AVENTURADO AFONSO MARIA FUSCO – 1839-1910

Fundador da Congregação das Irmãs Batistinas do Nazareno.
Alfonso Maria Fusco nasceu no dia 23 de março de 1839, na cidade italiana de Angri, em Salerno. A família era de origem camponesa e com profundas raízes cristãs. Ainda pequeno, revelou seu caráter manso, humilde, sensível à oração e aos pobres. Aos onze ingressou no Semimário de Nocera, onde foi ordenado sacerdote treze anos depois.
O povo era cativado pela sua evangelização cuja pregação era profunda, simples e eficaz.
A vida cotidiana de padre Alfonso era de um sacerdote zeloso, que guardava no coração o desejo de cumprir a missão que Jesus lhe havia pedido em sonho, pouco antes de concluir o seminário: fundar uma Congregação de Irmãs e um Orfanato.
Em 1878, foi procurado por Madalena Caputo, mais tarde Irmã Crucifixa, que desejava se consagrar a Deus na vida religiosa.

terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

SANTA ÁGUEDA (ÁGATA) - 230-251


5 DE FEVEREIRO
SANTA ÁGUEDA (ÁGATA) - 230-251


Pouco se sabe sobre a vida de Santa Águeda ou Ágata como também era chamada. Ela era italiana, nasceu por volta do ano 230 na Catânia, pertencia à uma família nobre e rica.
Muito bela, ainda na infância prometeu se manter casta para servir a Deus, na pobreza e humildade. Não quebrar essa promessa lhe custou a vida, porque o governador da Sicília se interessou pela casta jovem e a pediu em casamento. Águeda, recusou o convite, expondo seus motivos religiosos. Enraivecido, o político a enviou ao tribunal que a entregou a uma mulher de má conduta para desviá-la de Deus. Como isso não aconteceu, ela foi entregue aos carrascos para que fosse morta, por ser cristã.
As torturas narradas pelas quais passou a virgem são de arrepiar e estarrecer. Depois de esbofeteada e chicoteada, Águeda foi colocada sobre chapas de cobre em brasa e posteriormente mandada de volta à prisão.
Neste retorno, ela teve a graça de "ver" o Apóstolo São Pedro, o que a revitalizou na fé. Seus carrascos que esperavam vê-la fraquejar em suas convicções se surpreenderam com sua firmeza na fé, por isso a submeteram à outras cruéis torturas, desta vez com o desconjuntamento dos ossos e o dilaceramento dos seios. Foi arrastada por sobre cacos de vidros e carvões em brasa. 

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

SÃO JOÃO DE BRITO - 1647-1693


04 DE FEVEREIRO
SÃO JOÃO DE BRITO - 1647-1693


O povo português em muito ajudou a divulgação do cristianismo e a sua propagação pelo mundo, nos tempos das grandes navegações. Enquanto alargava suas fronteiras, levava junto com sua bandeira a cruz dos cristãos, empunhada principalmente pelos padres jesuítas que, desta forma, puderam evangelizar pelos quatro cantos do planeta. Através das suas missões a religião católica chegou ao Brasil e a tantos outros países. Foi numa missão jesuítica, na Índia, que brotou em sua plenitude o apostolado do sacerdote português João de Brito.
João nasceu em Lisboa ao 1º de março de 1647, filho de um membro da corte portuguesa que, mais tarde, seria governador do Rio de Janeiro, Salvador de Brito Pereira e da nobre Brites de Portalegre. Apesar de ter saúde débil, desde a infância João alimentou o desejo de se tornar evangelizador. Fez os estudos superiores na famosa Universidade de Coimbra, mas queria completar os estudos teológicos na Índia. Aos vinte e seis anos, ordenou-se sacerdote e entrou para a Companhia de Jesus e, apesar da fragilidade física, rumou para o país onde sonhava pregar seu apostolado.
Começou sua atividade missionária em Malabar. Nessa época, conta-se que caminhava descalço enormes distâncias, levando apenas uma manta de algodão e livros religiosos. A sua figura tornou-se emblemática do novo método de evangelização seguido na Índia pelos missionários.

domingo, 3 de fevereiro de 2013

SANTO OSCAR (ANSCÁRIO) - 800-865


3 DE FEVEREIRO
SANTO OSCAR (ANSCÁRIO) - 800-865


Oscar, desde pequeno conviveu com os monges beneditinos da cidade de Corbiè, onde nasceu em 800, na França. Na infância, estudou no colégio do mosteiro, onde regressou, mais tarde, para se tornar um monge e professor interno. Aos vinte e três anos, foi exercer esta função na Saxônia. Nesta região era conhecido como Anscário.
Começou a se destacar quando o novo rei da Dinamarca, em 826, o convidou a instalar uma missão evangelizadora, para conversão dos seus súditos, quase todos pagãos. Ele aproveitou bem esta oportunidade, obtendo sucesso no início. Mas, o rei, um ano depois, foi deposto e exilado. Oscar o seguiu e abandonou a Dinamarca.
Em 829, foi enviado como missionário para a Suécia, junto com o monge Vitimaro. Nesta corte, Oscar converteu e batizou o rei, que os autorizou pregar livremente o Evangelho aos raros cristãos do lugar. Após um ano e meio de trabalho os resultados pareciam mostrar boas bases. Por isto, o papa Gregório IV, o designou como seu delegado na Alemanha, onde o imperador Ludovico, o Pio, que era filho e sucessor de Carlos Magno, desejava criar na diocese de Hamburgo uma nova estrutura eclesiástica.
Oscar aceitou a excelente chance de ampliar as fronteiras da evangelização e em 831, foi consagrado o arcebispo de Hamburgo. Assim, pode dar maior estabilidade à missão na Suécia, consagrando seu companheiro, monge Vitimaro, o bispo daquela diocese. Contudo, sem deixar de acompanhar a evolução da atividade missionária na Dinamarca. 

sábado, 2 de fevereiro de 2013

“NENHUM PROFETA É BEM RECEBIDO EM SUA PÁTRIA” Lc 4,24



IV DOMINGO DO TEMPO COMUM -  ANO “C”
Cor: verde – Leituras: Jr 1,4-5.17-19; Sl 70 (71); 1Cor 12,31 - 13,13; Lc 4,21-30.

“NENHUM PROFETA É BEM RECEBIDO EM SUA PÁTRIALc 4,24

Diácono Milton Restivo

A liturgia da Palavra de hoje versa sobre a vocação do profeta. Muitas vezes entende-se profeta como a pessoa que é capaz de predizer acontecimentos futuros. Profeta, na Bíblia é uma pessoa que fala por inspiração divina ou em nome de Deus. Os profetas ou profetisas foram homens e mulheres escolhidos por Yahweh para serem canais da manifestação de sua vontade, no Antigo Testamento, ao povo israelita. Deve-se entender que, no termo “profeta”, não há nada que implique previsão de acontecimentos. Pode um profeta predizer ou não o futuro segundo a mensagem que Deus lhe determinar. Muitas vezes, pelo passado mal vivido do povo e pelo presente que é vivido de modo a não cumprir as orientações de Deus, o profeta, como qualquer pessoa responsável, pode prever um futuro desastroso, nem sempre por uma pré-visão mística, mas pela sequência lógica e natural dos acontecimentos. Profeta, antes de tudo, é alguém que tem uma profunda experiência de Deus em sua vida. Movido por essa experiência de Deus, o profeta a profetiza e acaba mudando o seu modo de ver e de pensar, de sentir e de julgar, de portar-se e de falar, e procura transmitir isso a todos, quer seja bem recebido ou não, correndo o risco de não ser bem interpretado entre os seus mais próximos, como aconteceu com Jesus, o que motivou a suas queixa: “Nenhum profeta é bem recebido em sua pátria”. (4,24), e João, no seu Evangelho ratifica isso: “O próprio Jesus havia testemunhado que um profeta não é honrado em sua própria pátria”. (Jo 4,44). 

APRESENTAÇÃO DO SENHOR DO TEMPLO


02 DE FEVEREIRO
APRESENTAÇÃO DO SENHOR DO TEMPLO


A data de hoje lembra o cumprimento, por Maria e José, de um preceito hebraico. Quarenta dias após dar à luz, a mãe deveria passar por um ritual de "purificação" e apresentar o filho ao Senhor, no templo. Desde o século quatro essa festa era chamada de "Purificação de Maria".
Com a reforma litúrgica de 1960, passou-se a valorizar o sentido da "apresentação", oferta de Jesus ao Pai, para que seu destino se cumprisse, marcando em conseqüência a aceitação por parte de Maria do que o Pai preparara para o fruto de sua gestação. A data passou a ser lembrada então como a da "Apresentação do Senhor".
No templo, a família foi recebida pelo profeta Simeão e pela profetiza Ana, num encontro descrito por São Lucas no seu evangelho, da seguinte maneira: "Assim que se completaram os dias da purificação conforme a Lei de Moisés, levaram o Menino a Jerusalém para apresentá-lo ao Senhor, segundo está escrito na Lei do Senhor, que "todo varão primogênito será consagrado ao Senhor" e para oferecerem em sacrifício, segundo o que está prescrito na Lei do Senhor, um par de rolas ou dois pombinhos.