quarta-feira, 31 de julho de 2013

SÓ OS POBRES AMAM MARIA...

31 DE JULHO
SÓ OS POBRES AMAM MARIA...


            Já temos sido convidados a ir em muitos lugares e muitas cidades, em muitas comunidades cristãs para falarmos de Maria, para falarmos de Nossa Senhora, a Mãe de Jesus e nossa Mãe.
            E, onde quer que tenhamos ido, sempre tivemos a grata satisfação de ver como o povo simples e humilde ama Maria, e como eles tem sede de conhecer mais e mais Maria, a nossa Rainha, a mãe de misericórdia, a doçura da nossa vida.
            O povo simples e humilde é o que mais aceita Maria como Mãe, é o que mais tem necessidade de Maria, e se sente feliz em poder amá-la e honrá-la, dedicando a ela todo afeto, amor e veneração.     Sim, eu digo isso do povo simples e humilde, porque, geralmente, aqueles que julgam que entendem alguma coisa de religião ou que tem alguns bens na terra, parecem que não tem muito prazer em reconhecer em Maria, aquela que foi escolhida para participar  efetivamente dos planos de salvação de Deus com relação a todos os homens.
            E é muito comum eu ser abordado por um ou outro que me pergunta = Mas, Maria merece realmente todas as honras que o povo lhe dedica?

terça-feira, 30 de julho de 2013

SANTA MARIA DE JESUS SACRAMENTADO VENEGAS - 1868-1959

30 DE JULHO
SANTA MARIA DE JESUS SACRAMENTADO VENEGAS - 1868-1959
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Fundou o Instituto das Filhas do Sagrado Coração de Jesus.
Natividade Venegas de La Torre nasceu em 8 de setembro de 1868, em Jalisco, no México. A última de doze filhos, desde a adolescência cultivou uma devoção especial à eucaristia, exercendo obras de caridade e sentindo o forte desejo de consagrar-se totalmente ao Senhor no serviço ao próximo.
Só depois da morte prematura dos seus pais pôde unir-se ao grupo de senhoras que, com a aprovação do arcebispo local, dirigiam em Guadalajara um pequeno hospital para os pobres, o Hospital do Sagrado Coração. Em 1910, ela emitiu, de forma privada, os votos de pobreza, castidade e obediência.
As companheiras escolheram-na, em seguida, como superiora e, desse modo, com o conselho de eclesiásticos autorizados, transformou a sua comunidade numa verdadeira congregação religiosa, que assumiu o nome de Instituto das Filhas do Sagrado Coração de Jesus, aprovado em 1930 pelo arcebispo de Guadalajara. Na ocasião, madre Nati, como ficou conhecida, e as companheiras fizeram os votos perpétuos; e ela trocou o seu nome para o de Maria de Jesus Sacramentado.

segunda-feira, 29 de julho de 2013

MARIA, RAINHA E ESCRAVA

29 DE JULHO
MARIA, RAINHA E ESCRAVA


O povo tem o costume de engrandecer todos aqueles que é admirado, se destaca de alguma maneira em qualquer setor e atividade. Assim o povo faz, também com Maria.
Maria merece todo o respeito, toda veneração e, qualquer coisa que dissermos de Maria para a engrandecer ou para proclamá-la  Rainha do mundo, ainda é pouco por tudo aquilo que ela é e representa.     Tentando engrandecer Maria, incorremos no perigo de perdermos a originalidade de Maria.            Fazendo isso o povo perde a sua identidade com Maria.
Em quase todas as imagens de Maria que temos, vemos ou que estão em nossas igrejas, , normalmente Maria está com uma coroa na cabeça e com belos mantos de veludo nos ombros.           
Se for para tentarmos agradecer Maria por tudo o que ela é e representa para nós, isso é muito pouco, porque ela merece muito mais.

domingo, 28 de julho de 2013

PAPA FRANCISCO - PRIMEIRO DISCURSO NO BRASIL

PRIMEIRO DISCURSO DO PAPA FRANCISCO NO BRASIL

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" “Vim para encontrar os jovens que vieram de todo o mundo, atraídos pelos braços abertos do Cristo Redentor".
O Papa Francisco iniciou o seu discurso, em português, ressaltando que a Providência o quis conduzir na sua primeira viagem internacional, à sua amada América Latina, precisamente ao Brasil “nação que se gloria de seus sólidos laços com a Sé Apostólica e dos profundos sentimentos de fé e amizade que sempre a uniram de modo singular ao Sucessor de Pedro”.
 Após, pediu “licença para entrar no coração dos brasileiros, revelando o que veio trazer ao Rio”:
 “Aprendi que para ter acesso ao Povo Brasileiro, é preciso ingressar pelo portal do seu imenso coração; por isso permitam-me que nesta hora eu possa bater delicadamente a esta porta. Peço licença para entrar e transcorrer esta semana com vocês. Não tenho ouro nem prata, mas trago o que de mais precioso me foi dado: Jesus Cristo! Venho em seu Nome, para alimentar a chama de amor fraterno que arde em cada coração; e desejo que chegue a todos e a cada um a minha saudação: “A paz de Cristo esteja com vocês!”

SANTO INOCÊNCIO I – PAPA - + 417

28 DE JULHO
SANTO INOCÊNCIO I – PAPA - + 417

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Inocêncio I era italiano, nasceu em Albano, uma província romana do Lazio. Ele foi eleito no ano 401 e governou a Igreja por dezesseis anos, num período dos mais difíceis para o cristianismo.
A sua primeira atividade pastoral foi uma intervenção direta no Oriente, exortando a população de Constantinopla a seguir as orientações do seu bispo, são João Crisóstomo, e assim viver em paz.
Mas um dos maiores traumas de seu pontificado foi a invasão e o saque de Roma, cometidos pelos bárbaros godos, liderados por Alarico. Roma estava cercada por eles desde o ano 408 e só não tinha sido invadida graças às intervenções do papa junto a Alarico. Pressionado pelo invasor, e tentando salvar a vida dos cidadãos romanos, Inocêncio viajou até a diocese de Ravena, onde se escondia o medroso imperador Honório.
O papa tentava, há muito tempo, convencê-lo a negociar e conceder alguns poderes especiais a Alarico, para evitar o pior, que ele saqueasse a cidade e matasse a população. Não conseguiu e o saque teve início.

sábado, 27 de julho de 2013

A ORAÇÃO DO PAI NOSSO

XVII DOMINGO DO TEMPO COMUM
Ano - C; Cor – Verde; Leituras; Gn 18,20-32; Sl 137 (138); Cl 2,12-14; Lc 11,1-13.
“QUEM PEDE RECEBE; QUEM PROCURA ENCONTRA; E, PARA QUEM BATE, SE ABRIRÁ” (Lc 11,10).
Diácono Milton Restivo
Santo Tomás de Aquino disse que a oração do Pai Nosso é a mais perfeita de todas as orações, pois “contém não apenas todas as coisas que podemos corretamente desejar, mas também tudo o que nos é proveitoso querer”.

A oração do Pai Nosso é apresentada no Novo Testamento em duas versões: a longa, com sete petições (Mt 6,9-13) e a curta, com cinco petições (Lc 11,2-5). Embora a versão de Lucas seja considerada a mais fidedigna, pois não é concebível que Lucas tenha subtraído duas petições, a tradição da Igreja privilegiou a mais longa, a de Mateus, para uso litúrgico.
Com certeza, os judeus tinham as suas obrigações religiosas e rituais e as horas certas para fazer as suas orações, mas Jesus tinha um jeito especial e contagiante e provocativo que originava nas pessoas o desejo de aprender a rezar como ele rezava.
No Evangelho da liturgia de hoje Lucas diz que “Jesus estava rezando em um certo lugar. Quando terminou, um de seus discípulos pediu-lhe: ‘Senhor, ensina-nos a rezar, como também João (Batista) ensinou seus discípulos.” (Lc 11,1). E Jesus lhes ensinou a oração do Pai Nosso.
A oração do Pai Nosso é a oração da família: “Pai Nosso” é, por excelência, a oração da partilha: “o pão nosso”, e a oração do perdão: “perdoai as nossas ofensas, assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido”; "E quando estiverdes orando, se tiverdes alguma coisa contra alguém, Perdoai-lhe, para que também vosso Pai que está nos céus vos perdoe as vossas ofensas." (Mc 11,25-26), “Pois, se perdoardes aos homens os seus delitos, também o vosso Pai celeste vos perdoará; mas se não perdoardes aos homens, o vosso Pai também não perdoará os vossos delitos." (Mt 9,15).

SÃO CLEMENTE DE OCHRIDA - + 916

27 DE JULHO
SÃO CLEMENTE DE OCHRIDA - + 916
                       

Clemente é chamado "de Ochrida" pela sua forte ligação com aquela cidade. Mas é também conhecido como "o búlgaro", e todos os títulos são apropriados, porque durante sua vida religiosa conviveu muito tempo com esse povo, deixando marcas profundas de sua presença na Bulgária.
A sua origem, seu nascimento e juventude são desconhecidos.
No século IX, o príncipe da Morávia solicitou ao imperador de Constantinopla que lhe enviasse evangelizadores de origem germânica. Tinha a intenção de ampliar a catequização da população, mas não queria os missionários "latinos", que eram diferentes dos "germânicos" nos rituais litúrgicos. Isso era possível porque a Igreja ainda não tinha um padrão para todos os rituais católicos.
Seguiram para lá os irmãos Cirilo e Metódio, ambos germânicos, no futuro conhecidos como os "apóstolos do Oriente". Os dois irmãos levaram alguns colaboradores, um deles era Clemente. Como era muito culto e aplicado, tornou-se o colaborador direto de Metódio na adaptação da liturgia do Oriente para as populações daquela região.
Clemente fez inúmeras viagens com os dois apóstolos por todo o leste europeu, sendo um discípulo fiel na pregação do cristianismo.

sexta-feira, 26 de julho de 2013

SANT'ANA E SÃO JOAQUIM - AVÓS DE JESUS CRISTO

26 DE JULHO
SANT'ANA E SÃO JOAQUIM - AVÓS DE JESUS CRISTO


Ana e seu marido Joaquim já estavam com idade avançada e ainda não tinham filhos. O que, para os judeus de sua época, era quase um desgosto e uma vergonha também. Os motivos são óbvios, pois os judeus esperavam a chegada do messias, como previam as sagradas profecias.
Assim, toda esposa judia esperava que dela nascesse o Salvador e, para tanto, ela tinha de dispor das condições para servir de veículo aos desígnios de Deus, se assim ele o desejasse. Por isso a esterilidade causava sofrimento e vergonha e é nessa situação constrangedora que vamos encontrar o casal. Mas Ana e Joaquim não desistiram. Rezaram por muito e muito tempo até que, quando já estavam quase perdendo a esperança, Ana engravidou. Não se sabe muito sobre a vida deles, pois passaram a ser citados a partir do século II, mas pelos escritos apócrifos, que não são citados na Bíblia, porque se entende que não foram inspirados por Deus. E eles apenas revelam o nome dos pais da Virgem Maria, que seria a Mãe do Messias.

quinta-feira, 25 de julho de 2013

SÃO TIAGO, O MAIOR – APÓSTOLO

25 DE JULHO
SÃO TIAGO, O MAIOR – APÓSTOLO


Tiago nasceu doze anos antes de Cristo, viveu mais anos do que ele e passou para a eternidade junto a seu Mestre. Tiago, o Maior, nasceu na Galiléia e era filho de Zebedeu e Salomé, segundo as Sagradas Escrituras. Era, portanto, irmão de João Evangelista, os "Filhos do Trovão", como os chamara Jesus. É sempre citado como um dos três primeiros apóstolos, além de figurar entre os prediletos de Jesus, juntamente com Pedro e André. É chamado de "maior" por causa do apóstolo homônimo, Tiago, filho de Alfeu, conhecido como "menor".
Nas várias passagens bíblicas, podemos perceber que Jesus possuía apóstolos escolhidos para testemunharem acontecimentos especiais na vida do Redentor. Um era Tiago, o Maior, que constatamos ao seu lado na cura da sogra de Pedro, na ressurreição da filha de Jairo, na transfiguração do Senhor e na sua agonia no horto das Oliveiras.
Consta que, depois da ressurreição de Cristo, Tiago rumou para a Espanha, percorrendo-a de norte a sul, fazendo sua evangelização, sendo por isso declarado seu padroeiro.

quarta-feira, 24 de julho de 2013

MARIA, MÃE DOS AFLITOS

24 DE JULHO
MARIA, MÃE DOS AFLITOS


Mãe, em Fátima a Senhora disse aos pastorzinhos: “Eu nunca te abandonarei. O meu Coração Imaculado será o teu refúgio.”
Mãe, homem nenhum em tempo algum pode avaliar a tristeza, a amargura e o sofrimento do seu Coração ao acompanhar seu Filho Sacrossanto ao Calvário e presenciar o maior crime praticado pela humanidade contra Ele próprio: a crucificação e a morte do Filho de Deus, que é também seu Filho. Seu Coração estava amargo, sofrido e triste mas jamais chegou ao desespero, à revolta e à indignação  contra Deus por ver tamanha injustiça cometida  pelos homens contra seu Filho muito Amado. Quantos de nós, doce Mãe, estamos também caminhando pelos caminhos doloridos e espinhosos do Calvário, com o coração  em farrapos, cheio de angústia, de tristeza, de amargura e sofrimento, mas jamais, a seu exemplo, doce Mãe, jamais em desespero e revolta contra Deus pelas coisas que nos acontecem, porque sabemos que se algo desagradável nos acontece é culpa nossa mesmo, é consequência de nossas atitudes impensadas; mas o seu Filho, doce Mãe, o que de mal lhe aconteceu, não foi culpa dele e nem consequências de atos impensados que ele tenha praticado, mas foi culpa nossa.

terça-feira, 23 de julho de 2013

OS VERDADEIROS FILHOS DE MARIA.

23 DE JULHO
OS VERDADEIROS FILHOS DE MARIA.

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O orgulho lançou milhões de legiões de anjos que estavam juntos de Deus no inferno, por terem afrontado a onipotência do Senhor. A vaidade, o orgulho e o desejo de ser mais do que é e maior do que Deus, lançou os anjos, seguidores de Lúcifer, no inferno, da mesma maneira que expulsou o homem do paraíso que Deus lhe havia feito.           
Por Isso é que São Luiz Maria Grignon de Montfort escreveu no seu  livro “Tratado da Verdadeira Devoção à Virgem Maria: “O que o demônio perdeu por orgulho, Maria ganhou por humildade. O que Eva condenou e perdeu por desobediência, Maria salvou pela obediência. Eva, obedecendo a serpente infernal, se perdeu e perdeu consigo todos os seus filhos e os entregou ao poder infernal. Maria, por sua perfeita fidelidade a Deus, salvou consigo todos os seus filhos e servos e os consagrou  todos a Deus. Deus não pôs somente inimizade, mas inimizades, e não somente entre Maria e o demônio, mas também entre a posteridade da Santíssima Virgem Maria e a posteridade do demônio. Isso quer dizer que Deus estabeleceu inimizades, antipatias e ódios secretos entre os verdadeiros filhos e servos da Santíssima Virgem Maria e os filhos e escravos do demônio...” (Montfort).

segunda-feira, 22 de julho de 2013

MARIA SOFREU POR TODOS...

22 DE JULHO
MARIA SOFREU POR TODOS...

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Quando o Senhor nosso Deus começou a realizar as suas promessas de salvação, ele não escolheu os ricos, os poderosos e nem os sábios das coisas deste mundo, nem os que pensavam que sabiam muito a respeito de Deus e dos outros. Para realizar os seus planos de salvação o Senhor Nosso Deus escolheu pessoas do povo, pessoas simples, humildes, pobres e puras. Os pobres sempre receberam de Deus uma atenção especial e uma missão muito importante.
Mas não podemos nos iludir; o fato de sermos o povo pobre e humilde não é o suficiente para termos a pretensão de sermos salvos e termos a compreensão das coisas de Deus; muito pelo contrário. Não eram somente os outros que não entendiam a gravidez de Maria; as próprias pessoas mais próximas de Maria e que lhe deveriam dar todo apoio  em sua gravidez; a bem da verdade, a princípio, até José o noivo e depois esposo de Maria, colocou em dúvida a gravidez de Maria, e o que dizer então dos parentes, do povo, dos vizinhos e amigos.

domingo, 21 de julho de 2013

SÃO LOURENÇO DE BRINDISI - 1559-1619

21 DE JULHO
SÃO LOURENÇO DE BRINDISI - 1559-1619


Geralmente, as chamadas "crianças superdotadas", aquelas que demonstram um dom excepcional para alguma especialidade, quando crescem, parecem "perder os poderes" e nivelam-se com as demais pessoas. São poucas as exceções que merecem ser recordadas. Mas, com certeza, uma delas foi Júlio César Russo, que nasceu no dia 22 de julho de 1559, em Brindisi, na Itália.
Seu nome de batismo mostrava, claramente, a ambição dos pais, que esperavam para ele um futuro brilhante, como o do grande general romano. Realmente, anos depois, lá estava ele à frente das forças cristãs lutando contra a invasão dos turcos muçulmanos, que ameaçava chegar ao coração da Europa depois de ter dominado a Hungria. Só que não empunhava uma espada, mas sim uma cruz de madeira. Nessa ocasião, já vestia o hábito franciscano, respondia pelo nome de Lourenço e era o capelão da tropa, além de conselheiro do chefe do exército romano, Filipe Emanuel de Lorena.
Vejamos como tudo aconteceu. Aos seis anos de idade, o então menino Júlio César encantava a todos com o extraordinário dom de memorizar as páginas de livros, em poucos minutos, para depois declamá-las em público. E cresceu assim, brilhante nos estudos. Quando ficou órfão, aos quatorze anos de idade, foi acolhido por um tio, que residia em Veneza. Nessa megalópole, pôde desenvolver muito mais os seus talentos para os estudos.

sábado, 20 de julho de 2013

MARTA E MARIA

XVI DOMINGO DO TEMPO COMUM

Ano– C; Cor – Verde; Leituras: Gn 18,1-10; Sl 14 (15); Cl 1,24-28; Lc 10,38-42.

“MARIA ESCOLHEU A MELHOR PARTE E ESTA NÃO LHE SERÁ TIRADA”.
(Lc 10,42).

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Diácono Milton Restivo

Se existe uma virtude incentivada e valorizada nas Sagradas Escrituras, essa virtude é a hospitalidade. Temos vários exemplos disso nos Livros Sagrados, mas, apenas para ilustrar a meditação de hoje, vamos pegar como referencia a citação de Gênesis 19,1-29, onde Lot, sobrinho de Abraão, recebe e dá abrigo em sua casa a dois mensageiros do Senhor. Por essa sua atitude hospitaleira Lot e toda a sua família foram salvos da destruição das cidades de Sodoma e Gomorra que, em virtude dos pecados de seus moradores, foram totalmente destruídas pelo Senhor que “... Fez chover sobre Sodoma e Gomorra, enxofre e fogos vindos de Iahweh e destruiu estas cidades e toda a planície com todos os habitantes da cidade e a vegetação do solo”. (Gn 19,24).
Jesus também, por várias vezes, socorre-se da hospitalidade de seus amigos e admiradores. Encontramos um desses fatos no Evangelho de Lucas, quando Jesus, “... Estando em viagem, entrou num povoado e certa mulher, chamada Marta, recebeu-o em sua casa.” (Lc 10,38).
Jesus tinha amigos e valorizava muito essas amizades, valorizava muito os seus amigos. E, dentre a grande legião de seus amigos, no coração de Jesus três deles tinham um lugar especial, e esses três amigos amados de Jesus eram os irmãos: Marta, Maria e Lázaro. Lázaro era aquele mesmo que Jesus ressuscitara, como vemos no Evangelho de João, 11,1-44, Jesus ressuscitando Lázaro a pedido de suas irmãs Marta e Maria. Lázaro, que agora recebe Jesus em sua casa, teve uma doença incurável e veio a falecer. As suas duas irmãs, Marta e Maria, imediatamente mandaram chamar Jesus (Jo 11,3), mas o Senhor chegou somente quatro dias após a morte de Lázaro, e ele já havia sido sepultado. Quando Jesus se encontrou com as irmãs teve um diálogo confortador e cheio de esperança e, por fim, ressuscitou Lázaro. E agora Lázaro, o ressuscitado pelo Senhor Jesus, o recebe em sua casa. Essa família, assim constituída, só aparece nos Evangelhos de Lucas e João.

SANTO AURÉLIO - SÉC. IV-V

20 DE JULHO
SANTO AURÉLIO - SÉC. IV-V

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Onde e quando nasceu Aurélio, não se tem registro. As informações sobre ele aparecem a partir de 388, quando vivia em Cartago, era apenas um diácono e amigo do futuro santo e doutor da Igreja, Agostinho. Em 391, este último era o bispo da Hipona, atual Annaba, na Argélia, enquanto Aurélio tornava-se o bispo de Cartago.
Ele foi considerado um dos principais líderes da Igreja na chamada "província da África", que ocupava a faixa norte do continente, exceto o Egito. Encontrou essa Igreja em ruínas, pois enfrentara um cisma no início do século. A crise explodira no fim da perseguição romana aos cristãos, quando o bispo da Numídia, Donato, se declarara uma força política e religiosa. Dizia que viera para purificar a Igreja, separando-a do mundo profano e do Império Romano. Os que ficaram ao seu lado foram chamados donatistas, hereges que se opunham aos católicos.
Instaurava-se uma crise e um cisma que só viria terminar com a morte de Donato, na deportação em 355. Os seus seguidores dividiram-se internamente. Nessa situação, Aurélio e seu amigo encontraram uma Igreja devastada, fiéis com uma apatia generalizada, pobre de fé assim como de obras.

sexta-feira, 19 de julho de 2013

SANTO ARSÊNIO - 354-450

19 DE JULHO
SANTO ARSÊNIO - 354-450

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Arsênio, que pertencia a uma nobre e tradicional família de senadores, nasceu no ano 354, em Roma. Segundo os registros, ele foi ordenado sacerdote, pessoalmente, pelo papa Dâmaso. Em 383, o próprio imperador Teodósio convidou-o para cuidar da educação e formação de seus filhos Arcádio e Honório, em Constantinopla. Arsênio permaneceu na Corte por onze anos, até 394. Enfim, conseguiu a exoneração do cargo e retirou-se para o deserto no Egito.
O mundo católico passava por muitas transformações. Nos séculos anteriores, o martírio, a morte pela fé na palavra de Cristo, era o melhor exemplo para a salvação da alma. A partir do século IV, a "morte em vida" passou a ser o sacrifício mais perfeito para a purificação, com o aparecimento dos eremitas no Oriente. Eram cristãos e isolavam-se no deserto, em oração e penitência, numa vida solitária e contemplativa, como forma de servir a Deus.
No início, sozinhos, depois se organizavam em pequenas comunidades. Havia apenas uma regra ascética, para fixar o período de jejum e oração, mas que mantinha uma rígida separação, inclusive de convivência entre eles mesmos.
Arsênio tornou-se um deles. O seu refúgio, no deserto egípcio da Alexandria, era dos mais procurados pelos cristãos, que buscavam, na sabedoria e santidade de alguns ermitãos, conselhos e paz para as aflições da alma, mesmo que para tanto tivessem de fazer longas e cansativas peregrinações.

quinta-feira, 18 de julho de 2013

PELAS MÃES QUE NÃO ACEITAM A VIDA

18 DE JULHO
PELAS MÃES QUE NÃO ACEITAM A VIDA

Maria é mãe e assumiu a vocação de mãe com responsabilidade e com todas as consequências.
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Ser mãe é tão importante, tão sublime e tão divino que até o Filho de Deus quis ter uma, e escolheu Maria entre todas as mulheres deste mundo para ser sua mãe. E ele não foi egoísta: depois que voltou para o Pai, nos deixou Maria, para ser nossa mãe também. Todas as mães da terra buscam em Maria o exemplo para bem desempenhar a sua vocação e a responsabilidade de serem mães.
Em todas as mães existe muito de Maria. E por isso, todos os dias, todos os filhos deveriam elevar suas orações aos céus e pedirem ao Senhor pelas suas mães, por elas terem aceitado com amor e carinho a sublime vocação da maternidade física e espiritual. Como Maria deu o seu “sim” para ser mãe, todas as mães dão o seu “sim” para a vocação da maternidade e, por isso pedimos e agradecemos a Maria por nossas mães, por elas terem dado o seu “sim” e terem levado a sério essa vocação, caso contrário não seríamos o que somos hoje e, talvez, nem a vida teríamos se esse “sim” não tivesse sido dado com responsabilidade.
Mas, infelizmente, existem mulheres que quando chamadas para serem mães, muito embora tenham dado o seu “sim”, não levam isso a sério e não assumem com seriedade e responsabilidade tão divina missão, a de serem mães.

quarta-feira, 17 de julho de 2013

SANTA MARIA MADALENA POSTEL - 1758-1846

17 DE JULHO
SANTA MARIA MADALENA POSTEL - 1758-1846

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Fundou a Congregação das filhas da Misericórdia  "Irmãs de Santa Maria Madalena Postel".
No dia 28 de novembro de 1758, nasceu a filha primogênita do casal Postel, camponeses de uma rica fazenda em Barfleur, na Normandia, França. A criança foi batizada com o nome de Júlia Francisca Catarina, tendo como padrinho aquele rico proprietário.
Júlia Postel teve os estudos patrocinados pelo padrinho, que, como seus pais, queria que seguisse a vida religiosa. Ela foi aluna interna do colégio da Abadia Real das Irmãs Beneditinas, em Volognes, onde se formou professora. No início, não pensou na vida religiosa, sua preocupação era com a grande quantidade de jovens que, devido à pobreza, estavam condenadas à ignorância e à inferioridade social.
De volta à sua aldeia natal, Júlia Postel, com determinação e dificuldade, criou uma escola onde lecionava e catequizava crianças, jovens e adultos abandonados à ignorância, até do próprio clero da época, que desconhecia a palavra "pastoral". Era solicitada sempre pelos mais infelizes: pobres, órfãos, enfermos, idosos, viúvas, que a viam como uma mãe zelosa, protetora, que não os abandonava, sempre cheia de fé em Cristo. Aos ricos pedia ajuda financeira e, quando não tinha o suficiente, ia pedir esmolas, pois a escola e as obras não podiam parar.

terça-feira, 16 de julho de 2013

BEM-AVENTURADO BARTOLOMEU FERNANDES DOS MÁRTIRES - 1514-1590

16 DE JULHO
BEM-AVENTURADO BARTOLOMEU FERNANDES DOS MÁRTIRES - 1514-1590

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Bartolomeu nasceu em Lisboa, em maio de 1514. Era filho de Domingos Fernandes e de Maria Correia, ambos de famílias tradicionais, abastadas e nobres. O filho foi batizado com o nome do santo apóstolo na igreja de Nossa Senhora dos Mártires e, por serem seus devotos, incluíram também o "dos Mártires" para homenagear Maria.
Foi educado na Corte portuguesa com muito requinte, recebeu sólida formação humanística e cristã. Cedo decidiu pela vida religiosa, ingressando na Ordem dos Dominicanos em 1528. Fez o noviciado no mosteiro de Lisboa, onde se diplomou em filosofia e teologia. Desde sua graduação, em 1538, foi professor nos vários conventos da capital da Corte, função que exerceu durante vinte anos. Foi apresentado pela rainha Catarina para suceder o arcebispo de Braga e o papa Paulo IV confirma-o, em 1559. Bartolomeu aceitou essa dignidade por obediência ao seu prior provincial, o qual o teria indicado antes à rainha, de quem era conselheiro e confessor.
Iniciou a sua atividade na vastíssima arquidiocese empreendendo uma atividade apostólica de ação multifacetada e de cunho reformador. Realizou incontáveis visitas pastorais; empenhou-se na evangelização do povo, para isso publicando o "Catecismo ou doutrina cristã e práticas espirituais", que continua sendo editado.

segunda-feira, 15 de julho de 2013

SÃO BOAVENTURA - 1218-1274

15 DE JULHO
SÃO BOAVENTURA - 1218-1274

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Frei Boaventura era italiano, nasceu no ano de 1218, na cidade de Bagnoregio, em Viterbo, e foi batizado com o nome de João de Fidanza. O pai era um médico conceituado, mas, como narrava o próprio Boaventura, foi curado de uma grave enfermidade ainda na infância por intercessão de são Francisco.
Aos vinte anos de idade, ingressou no convento franciscano, onde vestiu o hábito e tomou o nome de Boaventura dois anos depois. Estudou filosofia e teologia na Universidade de Paris, na qual, em 1253, foi designado para ser o catedrático da matéria. Também foi contemporâneo de Tomás de Aquino, outro santo e doutor da Igreja, de quem era amigo e companheiro.
Boaventura buscou a Ordem Franciscana porque, com seu intelecto privilegiado, enxergou nela uma miniatura da própria Igreja. Ambas nasceram contando somente com homens simples, pescadores e camponeses. Somente depois é que se agregaram a elas os homens de ciências e os de origem nobre. Quando frei Boaventura entrou para a Irmandade de São Francisco de Assis, ela já estava estabelecida em Paris, Oxford, Cambridge, Estrasburgo e muitas outras famosas universidades européias.
Essa nova situação vivenciada pela Ordem fez com que Boaventura interviesse nas controvérsias que surgiam com as ordens seculares.

domingo, 14 de julho de 2013

SANTA CATARINA TEKAKWITHA - 1656-1680

14 DE JULHO
SANTA CATARINA TEKAKWITHA - 1656-1680


Kateri Tekakwitha, para nós Catarina, foi a primeira americana pele-vermelha a ter sua santidade reconhecida pela Igreja. Ela nasceu no ano de 1656, perto da cidade de Port Orange, no Canadá. Seu pai era o chefe indígena da nação Mohawks, um pagão. Enquanto sua mãe era uma índia cristã, catequizada pelos jesuítas, que fora raptada e levada para outra tribo, onde teve de unir-se a esse chefe.
Não pôde batizar a filha com nome da santa de sua devoção, mas era só por ele que a chamava: Catarina. O costume indígena determina que o chefe escolha o nome de todas as crianças de sua nação. Por isso seu pai escolheu Tekakwitha, que significa "aquela que coloca as coisas nos lugares", mostrando que ambas, consideradas estrangeiras, haviam sido totalmente aceitas por seu povo.
Viveu com os pais até os quatro anos, quando ficou órfã. Na ocasião, sobreviveu a uma epidemia de varíola, porém ficou parcialmente cega, com o rosto desfigurado pelas marcas da doença e a saúde enfraquecida por toda a vida. O novo chefe, que era seu tio, acolheu-a e ela passou a ajudar a tia no cuidado da casa. Na residência pagã, sofreu pressões e foi muito maltratada.

sábado, 13 de julho de 2013

“E QUEM É O MEU PRÓXIMO?” (Lc 10,27).

XV DOMINGO DO TEMPO COMUM
Ano – C; Cor – verde; Leituras: Dt 30,10-14; Sl 68 (69); Cl 1,15-20; Lc 10,25-37.

“E QUEM É O MEU PRÓXIMO?” (Lc 10,27).

Diácono Milton Restivo

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A primeira leitura da liturgia de hoje evoca o preceito fundamental e a oração mais importante no judaísmo: “Ouça a voz do Senhor teu Deus e observe todos os seus mandamentos e preceitos, que estão escritos nesta lei. Converta-se para o Senhor seu Deus com todo o seu coração e com toda a sua alma”. (Dt 30,10).
É um lembrete da oração principal dos judeus que era recitada (e ainda deve ser recitada) todos os dias pelos judeus e está contida no livro do Deuteronômio, sendo conhecida como “Shemá Israel”, ou seja “Ouça Israel”: “Ouça, Israel! Iahweh nosso Deus é o único Yahweh. Portanto, ame a Yahweh seu Deus de todo o seu coração, com toda a sua alma e com toda a sua força. Que estas palavras que hoje eu lhe ordeno, estejam em seu coração. Você as inculcará em seus filhos, e delas falarás sentado em sua casa e andando em seu caminho, estando deitado ou de pé. Você também as amarrará em sua mão como sinal e elas serão como faixas  entre seus olhos. Você as escreverá  nos batentes de sua casa e nas portas da cidade”. (Dt 6,4-9).

SANTA CLÉLIA BARBIERI - 1847-1870

13 DE JULHO
SANTA CLÉLIA BARBIERI - 1847-1870

Fundou a congregação das Irmãs Mínimas de Nossa Senhora das Dores.
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Clélia Barbieri nasceu no dia 13 de fevereiro de 1847, na vila Le Budrie, da cidade de São João de Persiceto, na Itália. Os pais, José e Jacinta, muito religiosos, batizaram a menina no mesmo dia do nascimento. Recebeu o crisma aos nove anos de idade e, sob a ação do Espírito Santo, fez da família e da paróquia escola de vida e palavra de santidade.
A primeira comunhão, dois anos depois, deu-lhe um ânimo só atingido pelas criaturas santificadas. Em 1862, entrou para o núcleo das "operárias da doutrina cristã", no qual sempre foi a mais dedicada e sensível à situação da Igreja, submetida, naqueles anos, a duras provas.
Sua existência foi breve, mas resplandecente de amor a Deus e à Virgem Maria. A comunhão eucarística, sem dúvida alguma, foi o ponto central de toda sua experiência mística e o carisma da sua fundação religiosa, que após a sua morte recebeu o nome de Congregação das Irmãs Mínimas de Nossa Senhora das Dores e foi oficialmente reconhecida pelo Vaticano.
Aos vinte anos de idade, sob a orientação espiritual do pároco Caetano Guidi, Clélia elaborou com as amigas Teodora, Úrsula e Violeta, um projeto de vida consagrada a Deus. Era uma comunidade religiosa de catequistas leigas, por causa da pouca idade.

sexta-feira, 12 de julho de 2013

PARA VOCÊ, QUEM É JESUS?

12 DE JULHO
PARA VOCÊ, QUEM É JESUS?

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Certa vez Jesus perguntou aos seus discípulos: “Quem vocês dizem que eu sou?” (Lc 9,20). Jesus está continuamente na nossa vida perguntando-nos quem achamos que ele seja. Essa pergunta não é respondida apenas com palavras, mas com atitudes, com ação, com trabalho, com muito amor, com vida. O que responderíamos, hoje, a Jesus, quando ele, olhando diretamente nos nossos olhos, nos fizesse essa pergunta? Será que pelas nossas atitudes e na nossa vida testemunharíamos quem seria Jesus para nós?
É muito difícil afirmar isso com segurança.  Os nossos atos não testemunham que Jesus é o Filho de Deus e Salvador da humanidade, em primeiro lugar porque não cumprimos fielmente os seus mandamentos; em segundo lugar porque desconhecemos a sua palavra transmitida pelo Evangelho; em terceiro lugar porque não vivemos a sua verdade que é a verdade por excelência e fora dessa verdade não existe outra; em quarto lugar porque não trilhamos o caminho por ele apontado e, em quinto lugar, porque não vivemos a vida de um verdadeiro filho de Deus resgatado do pecado pelo sacrifício de Jesus na cruz, ignorando o que ele afirma: “Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida. Ninguém vai ao Pai senão por mim”. (Jo 14,6). Pela maneira que vivemos é muito difícil fazer com que os outros entendam que acreditamos realmente em Jesus e que Jesus é verdadeiramente o Filho de Deus que se fez homem para que os homens se tornassem filhos de Deus.

quinta-feira, 11 de julho de 2013

SÃO BENTO DE NÓRCIA - 480-547

11 DE JULHO
SÃO BENTO DE NÓRCIA - 480-547


Fundou a Ordem dos Monges Beneditinos.
As informações sobre a vida de Bento nos foram transmitidas pelo seu biógrafo e contemporâneo, papa são Gregório Magno. No livro que enaltece o seu exemplo de santidade de vida, ele não registrou as datas de nascimento e morte. Assim, apenas recebemos da tradição cristã o relato de que Bento viveu entre os anos de 480 e 547.
Bento nasceu na cidade de Nórcia, província de Perugia, na Itália. Pertencia à influente e nobre família Anícia e tinha uma irmã gêmea chamada Escolástica, também fundadora e santa da Igreja. Era ainda muito jovem quando foi enviado a Roma para aprender retórica e filosofia. No entanto, decepcionado com a vida mundana e superficial da cidade eterna, retirou-se para Enfide, hoje chamada de Affile. Levando uma vida ascética e reclusa, passou a se dedicar ao estudo da Bíblia e do cristianismo.
Ainda não satisfeito, aos vinte anos isolou-se numa gruta do monte Subiaco, sob orientação espiritual de um velho monge da região chamado Romano. Assim viveu por três anos, na oração e na penitência, estudando muito. Depois, agregou-se aos monges de Vicovaro, que logo o elegeram seu prior. Mas a disciplina exigida por Bento era tão rígida, que esses monges indolentes tentaram envenená-lo. Segundo seu biógrafo, ele teria escapado porque, ao benzer o cálice que lhe fora oferecido, o mesmo se partiu em pedaços.

quarta-feira, 10 de julho de 2013

PAI NOSSO... DO JEITO DE MARIA.

10 DE JULHO
PAI NOSSO... DO JEITO DE MARIA.


Certa vez, os apóstolos se achegaram a Jesus e lhe pediram: “Mestre, ensina-nos a rezar.”
E o Senhor Jesus ensinou aos seus apóstolos e discípulos, e também a todos nós a oração do Pai Nosso. E desde a primeira vem em que a oração do Pai Nosso foi ensinada e rezada pelo próprio Senhor Jesus, até os nossos dias a oração do Pai Nosso tem sido rezada por todas as religiões cristãs em todas as partes do mundo milhões e milhares de vezes.
Mas, se conhecemos bem a vida de Maria, vamos ver nas entrelinhas do Santo Evangelho que, mesmo antes de o Senhor Jesus ensinar a oração do Pai Nosso aos seus apóstolos e discípulos, Maria já o rezava desde a muito tempo, com outras palavras, é claro ,mas com o mesmo fervor com que o Senhor Jesus ensinou e rezou.
Ao ensinar o Pai Nosso, Jesus Cristo disse: “Pai Nosso, que estais nos céus”, e Maria já dissera: “Engrandece a minha alma ao Senhor, e exulte o meu espírito em Deus, meu Salvador”, e nós repetimos: “Pai Nosso que estais nos céus, nós exaltamos de alegria pela santidade de vossa presença e, humildemente, saudamos e bendizemos o vosso nome, como no cântico de Maria.”

terça-feira, 9 de julho de 2013

BEM-AVENTURADOS AGOSTINHO ZHAO RONG - E 119 COMPANHEIROS - MÁRTIRES DA CHINA

09 DE JULHO
BEM-AVENTURADOS AGOSTINHO ZHAO RONG - E 119 COMPANHEIROS - MÁRTIRES DA CHINA


A Igreja Católica levou a luz do Evangelho ao povo chinês a partir do século V. No seguinte, já existia a primeira igreja católica e a primeira sede episcopal, na cidade de Beijin. A adaptação da liturgia católica foi possível porque o cristianismo era visto, naquele período, como uma realidade que enriquecia e não se opunha aos mais altos valores das tradições do povo chinês. Para o qual o sentimento de natural religiosidade é uma das características mais profundas da história de sua nação, em todos os séculos.
A Igreja Católica deu um novo impulso na evangelização da China após a divulgação de vários decretos imperiais, os quais concediam liberdade religiosa para todos os súditos e autorizavam os missionários a evangelizar em seus vastos domínios. Mas a questão dos "rituais católicos chineses" começou a irritar o imperador, que, influenciado pela perseguição aos cristãos no Japão, resolveu promover a sua também.
No início, a perseguição ocorreu disfarçada e veladamente. Os massacres sangrentos dos cristãos só começaram em 1648. Na época, todos os decretos foram cancelados e as execuções autorizadas, apenas os que renegassem a fé seriam poupados. Do século XVII até a metade do século XIX, muitos missionários e fiéis leigos foram mortos, inclusive monsenhor João Gabriel Taurin Dufresse, das Missões Exteriores de Paris, e que depois também foi beatificado.

segunda-feira, 8 de julho de 2013

BEM-AVENTURADO EUGÊNIO III – PAPA - +1153

08 DE JULHO
BEM-AVENTURADO EUGÊNIO III – PAPA - +1153


O papa Eugênio III nasceu em Montemagno, numa família cristã, rica e da nobreza italiana. Foi batizado com o nome de Píer Bernardo Paganelli, estudou e recebeu a ordenação sacerdotal na diocese de Pisa, centro cultural próximo da sua cidade natal.
Possuía um temperamento reservado, era inteligente, muito ponderado e calmo. Segundo os registros da época, em 1130 ele teve um encontro com o religioso Bernardo de Claraval, fundador da Ordem dos Monges Cistercienses e hoje um santo da Igreja. A afinidade entre ambos foi tão grande que, cinco anos depois, Píer Bernardo ingressou no mosteiro dirigido pelo amigo e vestiu o hábito cisterciense.
Através da convivência com Bernardo de Claraval, ele se tornou conhecido, pois foi escolhido para abrir um outro mosteiro da Ordem em Farfa, diocese de Viterbo, sendo consagrado o abade pelo papa Inocêncio II. Quando esse papa morreu, o abade Píer Bernardo foi eleito sucessor.
Isto ocorreu não por acaso, ele era o homem adequado para enfrentar a difícil e delicada situação que persistia na época. Roma estava agitada e às voltas com graves transtornos provocados, especialmente, pelo líder político Arnaldo de Bréscia e outros republicanos que exigiam que fosse eleito um papa que forçasse a entrega do poder político ao seu partido. Muitas casas de bispos e cardeais já tinham sido saqueadas. Por isso os cardeais resolveram escolher o abade Píer Bernardo, justamente porque ele estava fora do colégio cardinalício, portanto isento das pressões dos republicanos.

domingo, 7 de julho de 2013

BEM-AVENTURADO BENTO XI – PAPA - 1240-1304

07 DE JULHO
BEM-AVENTURADO BENTO XI – PAPA - 1240-1304

http://www.paulinas.org.br/diafeliz/thumb.php?&image=/pub/dia_feliz/img_santo/BentoXI.gif&x=150&y=190

Nicolau Boccasini nasceu numa família muito pobre e cristã, em Treviso, no norte da Itália, em 1240. Sua mãe era uma humilde lavadeira num convento dominicano, por isso muito cedo a vocação para a vida religiosa se acendeu no seu peito. E ele soube muito bem reconhecer o chamado para a fé.
Aos dezessete anos, Nicolau ingressou na Ordem Dominicana e vestiu o hábito. Assim, pôde completar os estudos em Milão, onde se ordenou padre antes de voltar a sua terra natal. Com a mesma rapidez sua carreira foi trilhando o caminho que o levaria à história, como pacificador de poderosos reinos em guerra e à cátedra de Pedro. Em 1286, já era superior provincial da região lombarda, e dez anos depois sucedia Estêvão de Besançon no cargo de geral da Ordem de São Domingos.
Foi nessa posição que realizou uma das tarefas mais difíceis de sua vida. Conseguiu uma trégua que parecia impossível entre os reis da Inglaterra, Eduardo I, e da França, Felipe, o Belo. Com essa missão de paz totalmente coroada de êxito, Nicolau foi consagrado cardeal pelo papa Bonifácio VIII. Ao dar tal honraria a um dominicano, homenageou toda aquela Ordem, por sua fidelidade ao papa em todos os momentos difíceis por que ele passara.

sábado, 6 de julho de 2013

BEM-AVENTURADA MARIA TERESA LEDOCHOWSKA - 1863-1922

06 DE JULHO
BEM-AVENTURADA MARIA TERESA LEDOCHOWSKA - 1863-1922

Fundou o Instituto das Irmãs Missionárias de São Pedro Claver Irmãs Claverianas.
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Maria Teresa Ledochowska nasceu no dia 29 de abril de 1863, na Áustria. Os pais eram personalidades ilustres e pertenciam à nobreza cristã polonesa, freqüentando várias cortes da Europa. A irmã mais nova, Úrsula, anos mais tarde, também fundou uma congregação e depois foi canonizada pela Igreja. Outro seu irmão, o padre Vladimir, foi o vigésimo sexto diretor geral da Companhia de Jesus.
Maria Teresa tornou-se uma requintada fidalga, muito culta e fluente em vários idiomas. Aos vinte e dois anos, era dama de honra da grã duquesa da Toscana, que tinha residência na corte austríaca e não dispensava sua presença alegre e brilhante. Apesar de conviver nesse ambiente de luxo e cheio de frivolidades, ela possuía princípios morais e cristãos íntegros. Dedicava grande parte do seu tempo à caridade, ajudando especialmente os pobres.
Certa ocasião, foi apresentada às Irmãs Missionárias Franciscanas de Maria, que tinham encontro com a grã-duquesa. Logo em seguida recebeu um impresso de uma conferência do cardeal Lavigérie, narrando seu árduo trabalho para libertar os escravos da África e pedindo missionárias para ajudá-lo na evangelização. Penalizada com a situação dos escravos, Maria Teresa sentiu o chamado de Deus e abraçou aquela causa.

"A COLHEITA É GRANDE, MAS OS OPERÁRIOS SÃO POUCOS." (Lc 10, 2)..

XIV DOMINGO DO TEMPO COMUM
Ano: C – Cor: verde – Leituras: Is 66,10-14; Sl 65; Gl 6,14-18; Lc 10,1-12.17.20.

"A COLHEITA É GRANDE, MAS OS OPERÁRIOS SÃO POUCOS." (Lc 10, 2).

Diácono Milton Restivo

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A passagem da primeira leitura corresponde ao último capítulo do livro do profeta Isaias, chamado também de o evangelista do Antigo Testamento. No final do seu livro, Isaias procura transmitir segurança e alegria a um povo sofrido e que esperava com ansiedade a liberdade e a volta para Jerusalém, e assim diz o Senhor através de Isaias: “Os seus bebês serão levados no colo, e serão acariciados sobre os joelhos. Como a mãe consola o seu filho, assim eu vou consolar vocês; em Jerusalém, vocês serão consolados.” (Is 66,12b-13). Isso deixa claro que Isaias se referia quando, na consumação dos tempos, Deus enviaria o seu Filho Unigênito para libertar, não somente o povo judeu, mas todos os povos que aderissem à sua mensagem, como disse Pedro por ocasião do batismo de Cornélio e sua família: “De fato, estou compreendendo que Deus não faz diferença entre as pessoas. Pelo contrário, ele aceita quem o teme e pratica a justiça, seja qual for a nação que pertença. [...] Sobre ele (Jesus) todos os profetas dão o seguinte testemunho: todo aquele que acredita em Jesus recebe, em seu nome, o perdão dos pecados.” (At 10,34-35.43).
Para essa missão Jesus, Deus que se fez homem para que os homens se tornassem filhos de Deus, quis necessitar dos homens para que o desejo do Pai se tornasse realidade e, por isso, Jesus “convocou os Doze, deu-lhes poder e autoridade sobre todos os demônios, bem como para curar doenças. E os enviou a pregar o Reino de Deus e a curar. [...] Os discípulos partiram, e percorria os povoados, anunciando a Boa Notícia, e fazendo curas em todos os lugares." (Lc 9,1-2.6).
Para não expor os discípulos demasiadamente ao perigo, principalmente pela inexperiência dos Doze e para que eles não ultrapassassem os limites do seu povo, “Jesus enviou os Doze com estas recomendações: ‘Não tomem o caminho dos pagãos, e não entrem nas cidades dos samaritanos. Vão primeiro às ovelhas perdidas da casa de Israel. Vão e anunciem: ‘O Reino do Céu está próximo’. Curem os doentes, ressuscitem os mortos, purifiquem os leprosos, expulsem os demônios. Vocês receberam de graça, dêem também de graça!” (Mt 10,6-8).         
Para que os discípulos não se iludissem e se vangloriassem das maravilhas que Jesus deu-lhes o poder e autoridade para realizarem, Jesus os chama à realidade: “Eis que eu envio vocês como ovelhas no meio de lobos. Por isso, sejam prudentes como as serpentes e sem malícia como as pombas.” (Mt 10,16). Para dar continuidade à sua missão, Jesus escolhe doze dentre os seus discípulos, os instrui e lhes dá autoridade para visitarem os povoados para anunciar a Boa Nova do Reino de Deus e, para que o povo dê crédito em seus ensinamentos, o Mestre lhes dá autoridade para expulsar todos os demônios e curar todas as enfermidades, instruindo-os quais seriam os seus procedimentos pessoais e como deveriam tratar o povo.
Ao dispensá-los, Jesus usa uma metáfora para que eles entendam quem são e a quem estão sendo enviados e a maneira como devem se comportar: ovelhas são animais dóceis, amigáveis, amáveis, domésticos, úteis, fornecem lã, leite e, por fim, sua carne para o alimento do homem.
O lobo, por sua vez é um animal selvagem, agressivo, depredador, sem utilidades domésticas, carnívoro, tendo como alimento preferido as ovelhas, sendo grande preocupação para o pastor que cuida do rebanho de ovelhas. Jesus, na parábola do Bom Pastor, intitula-se o Bom Pastor e cita a figura do lobo como algo nocivo ao seu rebanho, referindo-se ao mercenário, aquele que só faz algum bem por dinheiro, e nunca por amor: "Eu sou o bom pastor: o bom pastor dá a sua vida por suas ovelhas. O mercenário, que não é pastor, a quem não pertencem as ovelhas, vê o lobo aproximar-se, abandona as ovelhas e foge, e o lobo as ataca e as dispersa..." (Jo 10,11-12).
Jesus envia os Doze como ovelhas entre lobos, sabendo das dificuldades que iam encontrar, e, bem por isso, declina qual deveria ser seu comportamento, devendo ser prudentes como a serpente e mansos, sem malícia e simples como a pomba. A serpente é um animal sutil, não se expõe a perigo algum e só ataca quando tem a certeza de que pode dominar a presa sem incorrer em qualquer perigo de vida. Por sua vez, a pomba, como a ovelha, é um animal dócil, meigo, puro e sem malícias.
Jesus continua na sua orientação aos Doze, dizendo: “Tenham cuidado com os homens, porque eles entregarão vocês aos tribunais e açoitarão vocês nas sinagogas deles. Vocês vão ser levados diante dos governadores e reis por minha causa, a fim de serem testemunhas para eles e para as nações. Quando entregarem vocês, não fiquem preocupados como ou com aquilo que vocês vão falar, porque, nessa hora, será sugerido a vocês o que vocês devem dizer. Com efeito, não serão vocês que irão falar, e sim o Espírito do Pai de vocês quem falará através de vocês. [...] Vocês serão odiados de todos por causa do meu nome.” (Mt 10,17-20.22a). E muito mais coisas Jesus os alertou sobre como deveriam se comportar quando tomassem sobre os seus ombros a responsabilidade de anunciar o Reino de Deus para todos os homens. Mas, no final, Jesus dá uma certeza acalentadora: . Mas, aquele que perseverar até o fim, esse será salvo. [...] Portanto, todo aquele que der testemunho de mim diante dos homens, também eu darei testemunho dele diante do meu Pai que está no céu.” (Mt 10,22b.32). E uma reprimenda com sintoma de ameaça para aqueles que forem omissos à evangelização: “Aquele, porém, que me renegar diante dos homens, eu também o renegarei diante do meu Pai que está no céu.” (Mt 10,33).
Para confortar os seus discípulos nesse primeiro estágio de evangelização, Jesus lhes diz: “Quem recebe a vocês, recebe a mim; e quem me recebe, recebe aquele que me enviou. [...] Quem der, ainda que seja apenas um copo de água fria  a um desses pequeninos, por ser meu discípulo,  eu garanto a vocês: não perderá a sua recompensa.” (Mt 10,40.42). “Quando Jesus acabou de dar instruções a seus doze discípulos, partiu dali para ensinar e pregar nas cidades deles.” (Mt 11,1).
Jesus sabia que a missão que dera aos seus discípulos não era fácil. Precisava de homens com tenacidade, com disponibilidade, com desapego e, acima de tudo, com coragem. Sentiu que apenas doze para essa missão não era o suficiente. E, a partir daí,  entramos na mensagem do Evangelho deste domingo, quando Jesus amplia o estágio de evangelização e “... escolheu outros setenta e dois, e os enviou dois a dois à sua frente a toda cidade e lugar onde ele mesmo devia ir. E dizia-lhes: ‘A colheita é grande, mas os operários são poucos. Por isso, peçam ao Senhor da colheita que envie operários para a sua colheita." (Lc 10,1-2). Jesus usa a metáfora da colheita para referir-se ao povo que deve ser evangelizado.
No Evangelho de João Jesus usa outra metáfora para dizer quem é o agricultor dessa colheita e qual é a árvore que deve gerar os ramos que deverão dar frutos: “Eu sou a verdadeira videira, e meu Pai é o agricultor. Todo ramo que não dá fruto em mim, o Pai o corta. Os ramos que dão fruto, ele os poda para que dêem mais fruto ainda.” (Jo 15,1-2). E Jesus repete a esses setenta e dois discípulos a mesma recomendação que fizera aos doze em seu primeiro envio, e os adverte: “Vão! Estou enviando vocês como cordeiros para os lobos.” (Lc 10,3).
Hoje Jesus continua enviando discípulos seus, não mais de dois a dois, mas em comunidade, para que todos os corações sejam atingidos pela mensagem da Boa Nova.
Hoje é a cada um de nós que Jesus convoca e envia com as mesmas recomendações que fez aos doze e depois aos setenta e dois discípulos. Só que desta feita Jesus não nos envia para muito longe, para outra cidade, estado ou país; ele nos envia para o seio do nossa própria família, porque, o Evangelho de Jesus Cristo começa a ter vida dentro do nosso próprio lar. Se as nossas famílias forem evangelizadas, comprometendo-se com o Evangelho de Jesus Cristo e assumirem as responsabilidades que o Evangelho impõe, já estamos, em grande parte, cumprindo a missão evangelizadora que Jesus nos transmite: a de sermos portadores e difundidores da sua mensagem e do seu amor. E depois, por onde andarmos, passarmos, pararmos, ai também devemos deixar uma mensagem do Reino de Deus.
A nossa responsabilidade de cristão é muito grande. Não precisamos ir às praças públicas e ler o Evangelho em alta voz ou em alto-falantes. O que precisamos fazer é transformar a nossa vida em um Evangelho ambulante e, por onde quer que formos e onde quer que passamos, através daquilo que conversamos ou fazemos, do modo de vida que vivemos, os que conosco convivem, todos devem sentir o Evangelho de Jesus Cristo, porque, não adianta pregarmos o Evangelho aos quatro ventos se não o aplicamos em nossas vidas, para que não suceda que Jesus nos diga, como disse, se referindo aos fariseus: “Por isso, vocês deve fazer e observar tudo o que eles dizem. Mas não imitem suas ações, pos eles falam e não praticam.” (Mt 23,3), e para não sermos alvos da reprimenda com sintoma de ameaça para aqueles que forem omissos à evangelização: “Aquele, porém, que me renegar diante dos homens, eu também o renegarei diante do meu Pai que está no céu.” (Mt 10,33).
O cristão comprometido com o Evangelho deve ser um Evangelho ambulante, um Evangelho encarnado. São Paulo assimilou de tal maneira essa ordem de Jesus que mais tarde ele diria: “Ai de mim se eu não anunciar o Evangelho” (1Cor 8,16), e levou tão a sério essa recomendação, que afirmou: “Eu vivo, mas já não sou eu que vivo, pois é Cristo que vive em mim” (Gl 2,20). Na segunda leitura deste domingo o Apóstolo Paulo incentiva, recomenda e deseja a paz e a misericórdia a todos os que seguirem o seu exemplo de serem portadores e anunciadores da Boa Nova: “Que a paz e a misericórdia estejam sobre todos os que seguirem essa norma, assim como sobre todo o Israel de Deus.” (Gl 6,16).
 Jesus nos repete a mesma recomendação que fez quando enviou os doze: "... proclamem que o Reino dos Céus está próximo. Curem os doentes, ressuscitem os mortos, purifiquem os leprosos, expulsem os demônios." (Mt 10,7-8). É isso que Jesus nos determina: para  proclamarmos o Reino dos Céus com o nosso próprio modo de vida; curar os doentes morais, dando-lhes apoio  e fazendo com que eles se sintam filhos de Deus; ressuscitar os mortos, aqueles que perderam a esperança de dias melhores, perderam a fé de uma vida digna, perderam a confiança de continuarem caminhando para a casa do Pai; purificar os leprosos, os estigmatizados pelos moralistas hipócritas e farisaicos; expulsar o demônio do orgulho, da luxúria, da ira, da vaidade, do egoísmo... Jesus disse, primeiro aos doze, e depois aos setenta e dois, alertando-os sobre o risco que incorreriam ao difundir o Reino de Deus: "Eis que envio vocês como ovelhas entre lobos." (Mt 10,16). Isso continua acontecendo até os nossos dias. Quem prega o Evangelho, quem difunde o Reino de Deus na sua família, no seu trabalho, no seu ambiente social, é logo posto de lado, olhado com pouco caso e acaba sendo marginalizado, porque, quem vive nas trevas não se sente bem perto de quem é portador da luz e, quem prega e vive o Evangelho sempre diz coisas que, quem vive nas trevas, não gosta de ouvir. Por isso, quem vive e prega o Evangelho é uma ovelha no meio de lobos, prestes a ser devorada pela não aceitação que o mundo tem pelo Evangelho.
Assim como Jesus disse aos setenta e dois, continua nos repetindo hoje, quando vivemos e pregamos o Evangelho: "Quem ouve vocês, a mim ouve, quem despreza vocês, a mim despreza, e quem me despreza, despreza aquele que me enviou." (Lc 10,16). E os setenta e dois discípulos, depois de cumprirem o estágio de evangelização, voltaram, e com que alegria que voltaram, dizendo: “Senhor, até os demônios se nos submetem em teu nome!’ Ele lhes disse: ‘Eu vi Satanás cair do céu como um relâmpago! Eis que dei o poder a vocês de pisar serpentes, escorpiões  e todo o poder do inimigo, e nada poderá causar dano a vocês." (Lc 10,17-19).
Jesus compartilha com a alegria dos discípulos, mas, na sua pedagogia divina, chama a atenção de todos para que não se prendam no sucesso do trabalho e sim no resultado da missão bem cumprida: "Contudo, não se alegrem porque os espíritos se submetem a vocês; alegrem-se, antes,  porque vossos nomes estão escritos nos céus." (Lc 10,20). Essa é a recompensa de quem vive e fala a todos do Reino de Deus, contagiando a todos com a alegria e as esperanças que esse reino vem trazer a todos os homens; essa é a recompensa de quem, sem medo, sem respeito humano prega e vive o Evangelho de Jesus Cristo. Somos cristãos na medida em que vivemos o Evangelho e evangelizamos todos aqueles que nos cercam. Em seu Evangelho, Jesus fala do destino pouco agradável dos que não aceitarem no Reino de Deus e na sua mensagem: "Aquele, porém, que me renegar diante dos homens, também o renegarei diante de meu Pai que está nos Céus." (Mt 10,33).
Da mesma forma, ele anima e demonstra a alegria e a esperança daqueles que aceitam o Reino de Deus e propagam a sua mensagem: "Todo aquele, portanto, que se declarar por mim diante dos homens, também eu me declararei por ele diante de meu Pai que está nos Céus." (Mt 10,32), e: "Aquele, porém, que preservar até o fim, esse será salvo." (Mt 10,22).
Hoje Jesus nos envia a todos os lugares por onde passamos para pregar e viver o Evangelho. Um dia voltaremos para Jesus. E, nessa volta, depois de termos cumprido a nossa missão de enviado do Senhor, vamos levar estampada em nossa face a alegria do dever cumprido com a certeza de que: "... os nossos nomes estão inscritos  nos céus." (Lc 10,20).