quinta-feira, 30 de junho de 2016

MARIA, A MÃE DE JESUS, A TODA BELA

MARIA, A MÃE DE JESUS, A TODA BELA


Os escritos de São Luiz Maria Grignon de Montfort, sobre Maria são maravilhosos e sempre que os leio  sinto meu amor aumentar cada vez mais por nossa querida mãe do céu.
É um santo que fala e escreve sobre Maria, São Luiz Maria Grignon de Montfort que, inspirado pelo  Divino Espírito Santo, fala das belezas e do amor imenso que vivem aqueles que se entregam  de corpo e alma aos cuidados da Virgem Imaculada, mãe de Deus e nossa mãe. 
E no seu livro, Verdadeiro Tratado da Devoção à Maria Santíssima, São Luiz Maria Grignon de Montfort nos diz que “por meio de Maria começou a salvação do mundo e é por meio de Maria que essa salvação deve ser consumada. Na primeira vinda de Jesus Cristo, Maria quase não apareceu, e isso aconteceu exatamente para que os homens, ainda insuficientemente instruídos e esclarecidos sobre a pessoa de Jesus Cristo, não se apegassem demais e grosseiramente na figura de Maria, ocorrendo o risco de afastarem-se, assim, da verdade. E isso verdadeiramente poderia ter acontecido devido aos encantos  e belezas admiráveis com que o próprio Senhor Nosso Deus havia ornamentado a aparência exterior de Maria.” 
Maria, nos testemunhos dos santos que a conheceram pessoalmente, era uma mulher formosa, linda, radiante, maravilhosa, e sua beleza cativava a todos os que tivessem qualquer contato com ela. E disso nós temos o testemunho escrito deixado por um santo que conheceu Maria pessoalmente.

quarta-feira, 29 de junho de 2016

MARTÍRIO DE SÃO PEDRO E SÃO PAULO

MARTÍRIO DE SÃO PEDRO E SÃO PAULO


A solenidade de são Pedro e de são Paulo é uma das mais antigas da Igreja, sendo anterior até mesmo à comemoração do Natal. 
Já no século IV havia a tradição de, neste dia, celebrar três missas: a primeira na basílica de São Pedro, no Vaticano; a segunda na basílica de São Paulo Fora dos Muros e a terceira nas catacumbas de São Sebastião, onde as relíquias dos apóstolos ficaram escondidas para fugir da profanação nos tempos difíceis. 
E mais: depois da Virgem Santíssima e de são João Batista, Pedro e Paulo são os santos que têm mais datas comemorativas no ano litúrgico.
Além do tradicional 29 de junho, há: 25 de janeiro, quando celebramos a conversão de São Paulo; 22 de fevereiro, quando temos a festa da cátedra de São Pedro; e 18 de novembro, reservado à dedicação das basílicas de São Pedro e São Paulo. Antigamente, julgava-se que o martírio dos dois apóstolos tinha ocorrido no mesmo dia e ano e que seria a data que hoje comemoramos. 
Porém o martírio de ambos deve ter ocorrido em ocasiões diferentes, com são Pedro, crucificado de cabeça para baixo, na colina Vaticana e são Paulo, decapitado, nas chamadas Três Fontes. Mas não há certeza quanto ao dia, nem quanto ao ano desses martírios. 
A morte de Pedro poderia ter ocorrido em 64, ano em que milhares de cristãos foram sacrificados após o incêndio de Roma, enquanto a de Paulo, no ano 67.

terça-feira, 28 de junho de 2016

DIÁCONO JOÃO LUIZ POZZOBON

DIÁCONO JOÃO LUIZ POZZOBON


João Luiz Pozzobon nasceu em Ribeirão, uma aldeia serrana do Rio Grande do Sul, hoje município de São João de Polêsine, em 12 de dezembro de 1.904. É oriundo de uma família de imigrantes italianos.
Seu pai nasceu à bordo do navio com que sua família havia embarcado da Itália para o Brasil.
Sendo sua família profundamente religiosa, desde jovem João teve uma educação católica permanente. Desde menino João Pozzobon distinguiu-se por sua piedade e disposição para servir.
Com 10 anos de idade passou a morar na Casa Paroquial de Vale Vêneto para estudar o curso primário e dar continuidade aos estudos no Seminário.
Aos doze anos deixou os estudos por problemas de visão, e voltou para a casa de seus pais para ajudá-los na lavoura de arroz. Ingressou no serviço militar, ocultando que sofria de deficiência visual, "apenas para aprender", mas na linha de tiro o problema foi detectado e ele foi desligado imediatamente.
Voltou novamente para a casa de seus pais onde continuou ajudando seu pai na lavoura e nas obras da Igreja.
Com 23 anos, em 1928, casou-se com Tereza Turcato, indo morar na localidade de Restinga Seca, tendo, com Tereza, dois filhos: Eli e Ari. Com o falecimento da esposa, casou-se novamente, seis meses depois, com Victoria Maria Felippeto, em 1933, tendo mais cinco filhos: Nair, Otilia, Pedrolina, Humberto e Vilma. 

segunda-feira, 27 de junho de 2016

NOSSA SENHORA DO PERPÉTUO SOCORRO

NOSSA SENHORA DO PERPÉTUO SOCORRO


Nossa Senhora do Perpétuo Socorro é um dos títulos conferidos a Maria, Mãe de Jesus, representada em um ícone  de estilo bizantino
Ela é a Senhora da morte e a Rainha da Vida, o Auxílio de nos cristãos, nosso porto seguro quando invocamos seu auxílio com amor filial. Com um semblante melancólico, Nossa Senhora traz no braço esquerdo o Menino Jesus, ao qual o Arcanjo Gabriel apresenta quatro cravos e uma cruz. 
A devoção a Nossa Senhora do Perpétuo Socorro foi e continua sendo difundida pelos padres da Congregação do Santíssimo Redentor ou Padres Redentoristas. No Brasil, a devoção alcançou uma grande popularidade. 
Foi no ano de 1870 que a devoção a Nossa Senhora do Perpétuo Socorro começou a ser propagada e espalhou-se por todo o mundo. 
A pintura do quadro é do século XIII, no estilo bizantino. Na Igreja Ortodoxa é conhecida como Mãe de Deus da Paixão, ou ainda, a Virgem da Paixão.

domingo, 26 de junho de 2016

MÃE DO PERPÉTUO SOCORRO

MÃE DO PERPÉTUO SOCORRO


Maria. Virgem Maria. Mãe do Perpétuo Socorro.   Nossa Senhora do Perpétuo Socorro.            
É com este título que centenas e milhares de filhos e devotos seus a louvam em Rio Preto e por toda a parte onde quer que exista alguém desesperado ou necessitado de sua ajuda, de seu auxílio, de seu socorro. 
Foram os seus filhos que lhe deram esse título, e não foi por acaso. 
A Senhora socorre os necessitados desde quando  começamos a conhecer na Anunciação do Anjo. Sabendo a Senhora que sua prima Isabel estava em dificuldades, a Senhora se põe a caminho para socorrê-la nas suas necessidades e não a deixa enquanto não ver que tudo estava certo e que ela estava bem. 
E, para socorrer a sua prima Isabel, a Senhora não pensou em si própria: pensou só no bem do outro.          
Isabel estava grávida e precisava de ajuda. Mas a Senhora, Mãe do Perpétuo Socorro, também estava grávida, e grávida do Filho de Deus que se fazia homem para que todos os homens se tornassem filhos de Deus. 
A Senhora não pensou em si própria, deixou de lado os seus próprios problemas para socorrer outra pessoa que necessitava de sua presença, de sua ajuda, de seu socorro. 
E, depois deste fato que nos atesta a sua preocupação com todos os necessitados, através do Evangelho vamos encontrar a Senhora, novamente, preocupada com o bem estar de outras pessoas, lá no casamento de Canaã, na Galiléia. Estava sendo realizado um casamento.

sábado, 25 de junho de 2016

“QUEM PÕE A MÃO NO ARADO E OLHA PARA TRÁS NÃO É DIGNO DE MIM” (Lc 9,62)

“QUEM PÕE A MÃO NO ARADO E OLHA PARA TRÁS NÃO É DIGNO DE MIM”
(Lc 9,62)


Diácono Milton Restivo

“Jesus andava à beira do mar da Galiléia, quando viu dois irmãos: Simão, também chamado Pedro, e seu irmão André.  Estavam jogando a rede no mar, pois eram pescadores. Jesus disse para eles: ‘Sigam-me, e eu farei de vocês pescadores de homens’. Eles deixaram imediatamente as redes, e seguiram a Jesus. Indo mais adiante, Jesus viu outros dois irmãos: Tiago e João, filhos de Zebedeu. Estavam na barca com seu pai Zebedeu, consertando as redes. E Jesus os chamou. Eles deixaram imediatamente a barca e o pai e seguiram a Jesus”. (Mt 4,18-22; Mc 1,16-20).
Mas, para o discípulo que vacila ao chamamento, Jesus sugere que ele permaneça morto com os mortos, considerando ter renunciado seguir Jesus, que é a vida: “Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida”. (Jo 14,6), embora faça mais uma tentativa: “Deixa que os mortos enterrem os seus mortos; mas você vai anunciar o reino de Deus”. (Lc 9,60) e faz uma advertência: “Se alguém quer vir após mim, renuncie a si mesmo, tome sua cruz cada dia e siga-me.” (Lc 9,23; 14,27; Mt 10,38; 16,24). O gesto de Eliseu em queimar o arado e sacrificar os seus bois deveria ser a atitude de todos os discípulos de Jesus que aderem ao seu chamado: queimar as suas vaidades, o seu conforto, a sua suposta e ilusória estabilidade, o seu orgulho, a sua avareza e se livrar de tudo o que possa impedir esse companheirismo deleitante com Jesus.
É o rompimento com o passado e com tudo aquilo que possa desviá-lo da responsabilidade assumida em seguir o Mestre.

sexta-feira, 24 de junho de 2016

SÃO JOÃO BATISTA

SÃO JOÃO BATISTA



Esta data comemora o nascimento de João Batista. 
Já, no dia 29 de agosto é lembrada, liturgicamente, a sua morte por decapitação ordenada pelo rei Herodes. 
João nasceu numa pequena aldeia chamada Aim Karim, a cerca de seis quilômetros lineares de distância a oeste de Jerusalém. 
Segundo interpretações do Evangelho de Lucas, João Barista era um nazireu de nascimento, insto é, consagrado a Yahweh que não podia tomar bebidas fermentadas e nem cortar o cabelo e nem tocar em mortos, conforme vemos no livro dos  Números, 6,1-21. 
Outros documentos defendem que pertencia à facção nazarita de Israel, integrando-a na puberdade, era considerado, por muitos, um homem consagrado. 
De acordo com a cronologia neste artigo, João teria nascido no ano 7 aC; os historiadores religiosos tendem a aproximar esta data do ano 1º, apontando-a para 2 aC. Como era prática ritual entre os judeus, o seu pai Zacarias teria procedido à cerimônia da circunsição, ao oitavo dia de vida do menino. 
A sua educação foi grandemente influenciada pelas ações religiosas e pela vida no templo, uma vez que o seu pai era um sacerdote e a sua mãe pertencia a uma sociedade chamada "as filhas de Araão", as quais cumpriam com determinados procedimentos importantes na sociedade religiosa da altura. 
Aos 6 anos de idade, de acordo com a educação sistemática judaica, todos os meninos deveriam iniciar a sua aprendizagem "escolar".

quinta-feira, 23 de junho de 2016

SÃO JOSÉ CAFASSO - 1811-1860

SÃO JOSÉ CAFASSO - 1811-1860


José Cafasso nasceu em Castelnuovo d'Asti, em 1811, quatro anos antes do conterrâneo João Bosco, o Apóstolo dos Jovens e também santo da Igreja. 
Ambos trabalharam, na mesma época, em favor do povo e dos menos favorecidos, material e espiritualmente. 
Mas enquanto João Bosco era eloquente com os estudantes, um verdadeiro farol a iluminar os caminhos tormentosos da adolescência, Cafasso dedicava-se à contemplação e a ouvir seus fiéis em confissão, o que acabou levando-o aos cárceres e prisões. 
Estava determinado a ouvir os criminosos que queriam se confessar e depois consolá-los mesmo fora da confissão. Era uma figura magra e encurvada devido a um defeito na coluna que o fazia manter-se nessa posição mesmo nas horas em que não estava no confessionário. 
Padre Cafasso frequentou o curso de teologia de Turim e ordenou-se aos vinte e dois anos. Difícil predizer que seria um grande predicador, mas com sua voz mansa e suave era muito requisitado pelos companheiros de sacerdócio, que procuravam os seus conselhos. 
Formado, passou a dar aulas e acabou tendo João Bosco como aluno. Apoiou Bosco em todas as suas empreitadas, inclusive quando lotou a escola de jovens pobres de toda a região que não tinham dinheiro para a educação. 

quarta-feira, 22 de junho de 2016

SÃO PAULINO DE NOLA - 355-431

SÃO PAULINO DE NOLA - 355-431


Paulino nasceu no ano de 355, na cidade de Bordeaux, na França. 
Seu pai era um alto funcionário imperial e toda a família ocupava posição de destaque na economia e na corte. 
Antes de tornar-se religioso, o próprio Paulino foi cônsul e substituiu o governador da Campânia. 
Nessa posição, manteve contato com o bispo Ambrósio, de Milão, bem como com o jovem Agostinho, que se tornara bispo de Hipona, os quais o encaminharam à conversão. 
Assim, aos vinte e cinco anos de idade Paulino foi batizado. Um ano antes tinha se casado com Terásia, uma cristã espanhola que também o influenciou a aprofundar-se nos ensinamentos do Evangelho. 
Quando perderam, ainda criança, o único filho, Celso, os dois resolveram abandonar de vez a vida social e abraçar a vida monástica. 
De comum acordo, dividiram as grandes riquezas que possuíam com os pobres e as obras de caridade voltadas para o atendimento de doentes e desamparados e se dirigiram para a Catalunha, na Espanha. Pouco tempo depois, Paulino, que se tornara conhecido e estimado por todo o povo, encaminhou ao bispo um pedido para que este o ordenasse sacerdote.

terça-feira, 21 de junho de 2016

SÃO LUÍS GONZAGA - 1568-1591

SÃO LUÍS GONZAGA - 1568-1591


Luís nasceu no dia 9 de março de 1568, na Itália. 
Foi o primeiro dos sete filhos de Ferrante Gonzaga, marquês de Castiglione delle Stiviere e sobrinho do duque de Mântua. 
Seu pai, que servia ao rei da Espanha, sonhava ver seu herdeiro e sucessor ingressar nas fileiras daquele exército. 
Por isso, desde pequenino, Luís era visto vestido como soldado, marchando atrás do batalhão ao qual seu pai orgulhosamente servia.
Entretanto, Luís não desejava essa carreira, pois, ainda criança fizera voto de castidade. Quando tinha dez anos, foi enviado a Florença na qualidade de pajem de honra do grão-duque de Toscana. 
Posteriormente, foi à Espanha, para ser pajem do infante dom Diego, período em que aproveitou para estudar filosofia na universidade de Alcalá de Henares. 
Com doze anos, recebeu a primeira comunhão diretamente das mãos de Carlos Borromeu, hoje santo da Igreja. 
Desejava ingressar na vida religiosa, mas seu pai demorou cerca de dois anos para convencer-se de sua vocação. Até que consentiu; mas antes de concordar definitivamente, ele enviou Luís às cortes de Ferrara, Parma e Turim, tentando fazer com que o filho se deixasse seduzir pelas honras da nobreza dessas cortes. 
Luís tinha quatorze anos quando venceu as resistências do pai, renunciou ao título a que tinha direito por descendência e à herança da família e entrou para o noviciado romano dos jesuítas, sob a direção de Roberto Belarmino, o qual, depois, também foi canonizado.

segunda-feira, 20 de junho de 2016

CRER NA SANTÍSSIMA TRINDADE

CRER NA SANTÍSSIMA TRINDADE



A fé no amor da Santíssima trindade deve levar-nos a assumir compromissos de amor com todos os irmãos.  
Não basta crer; é preciso, antes de mais nada, testemunhar a nossa fé com atitudes, mesmo porque nos disse Jesus: “Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor, entrará no reino dos céus; mas o que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus, esse entrará no reino dos céus.” (Mt 7,21). 
Se dizemos que cremos e amamos Deus Pai e vivemos tratando os irmãos como escravos, explorando os trabalhadores, excluindo os pequeninos de nossa vida, torturando das mais diversas maneiras  e castigando os inocentes, podemos dizer que temos fé mas não passamos de infiéis e traidores do amor do Pai e, para os que agem assim, Jesus tem duras palavras: “Ai de vós, escribas e fariseus hipócritas! porque sois semelhantes aos sepulcros caiados, que por fora parecem formosos, mas por dentro estais cheios de ossos de mortos e de toda a podridão.” (Mt 23,27). 
Se dizemos que cremos no Deus Filho e vivemos odiando os inimigos e querendo-lhes mal, atraiçoando os irmãos, oprimindo os mais pobres e violentando os mais fracos; se somos incapazes de perdoar as ofensas e repartir o pão, de consolar os aflitos e proteger os perseguidos, de tratar com amor os doentes, com caridade os pobres, com misericórdia os presos, podemos dizer que temos fé, mas, na verdade, não passamos de crucificadores, e são para os que assim agem essas palavras do Divino Mestre: “Apartai-vos de mim, malditos, para o fogo eterno que foi preparado para o demônio e para os seus anjos, porque tive fome e não me destes de comer; tive sede e não me destes de beber; era peregrino e não me recolhestes; estava nu e não me vestistes; enfermo e na prisão e não me visitastes. ...Na verdade vos digo; todas as vezes que deixastes de fazer isso a um desses pequeninos , a mim não o fizestes.” (Mt  25, 41-43.45).

domingo, 19 de junho de 2016

QUEM DIZEM OS HOMENS QUE EU SOU? (Lc 9,18).

QUEM DIZEM OS HOMENS QUE EU SOU? (Lc 9,18).


No Evangelho de hoje parece-nos que Jesus busca a definição de sua identidade.
Especulação sobre a pessoa, o caráter e a vida de Jesus foi coisa que nunca faltou ao longo dos tempos, nem entre os judeus, nem entre os gentios, nem mesmo entre as gentes dos nossos dias.
As respostas à sua pergunta: “Quem diz o povo que eu sou?” (Lc 9,18), foram as mais desencontradas possíveis. Falaram de tanta gente e nem sequer aproximaram-se de quem seria realmente Jesus; aliás, nem falaram de sua pessoa, de sua família, de sua origem pobre e simples de Nazaré. Divagaram falando de personagens históricos e que, de uma maneira ou de outra, foram rejeitados pelo povo.
Talvez, na rejeição, Jesus tenha algo em comum com os personagens bíblicos citados.
À resposta do que Jesus perguntara: “Quem diz o povo que eu sou?” (Lc 9,18), os apóstolos responderam: “Uns dizem que és João Batista; outros, que és Elias; mas outros acham que és algum dos antigos profetas que ressuscitou”. (Lc 9,19).
Havia muitas idéias de quem seria Jesus: seria João Batista a quem Herodes mandara matar? Seria Elias, a quem o povo judeu aguardava seu retorno? Seria ele um dos profetas que fora perseguido e morto pela incompreensão do povo e agora ressuscitara? 

sábado, 18 de junho de 2016

ABORTO: CRIME CONTRA QUEM NÃO PODE SE DEFENDER

ABORTO: CRIME CONTRA QUEM NÃO PODE SE DEFENDER


E todos queremos viver. Foi para isso que o Senhor Jesus veio até nós: para nos trazer a vida, a vida em abundância, a vida que não se acaba mais: “Eu vim para que tenham vida, e a tenham e abundância.” (Jo 10,10). Jesus próprio se proclamou: “Eu sou o caminho, a verdade e a vida.” (Jo 4,6). Se a humanidade não seguir esse caminho que a levará à vida em abundância, e que passa através da verdade suprema, os homens não entenderão, jamais, o que é respeito  pela vida e, longe de Jesus Cristo, continuarão desrespeitando a vida, matando e se matando, alheios ao grande mandamento do Divino Mestre: “Dou-vos um mandamento novo: que vos ameis uns aos outros, e que, assim como eu vos amei, vos ameis também uns aos outros. Nisso conhecerão todos que sois meus discípulos, se tiverdes amor uns pelos outros.” (Jo 13,34-35).
No Antigo Testamento temos um exemplo deprimente sobre o respeito à vida: o faraó do Egito, o mandatário máximo, que tinha poder sobre a vida e a morte de seus súditos, vendo o povo judeu, que era escravo no Egito, se multiplicando cada vez mais a cada dia que passava, ficou preocupado por considerar isso um grande perigo para o povo egípcio, porque os judeus, como escravo que eram, se multiplicando a olhos vistos como estavam, fatalmente chegaria um dia em que seriam mais numerosos que seus senhores e poderiam provocar uma revolta para se libertarem da escravidão e até inverter a ordem das coisas: de escravos passariam a senhores.

sexta-feira, 17 de junho de 2016

O QUE OS SANTOS FALAM DE MARIA

O QUE OS SANTOS FALAM DE MARIA


Se não fosse por Maria, não teríamos Jesus... Jesus, para se fazer homem quis precisar de Maria... O homem, para se tornar filho de Deus, tem que precisar de Maria... 
Se quisermos chegar até Jesus, tem que ser por Maria: não há outro caminho mais curto e mais seguro... E conhecemos tão pouco  essa ligação tão íntima entre Maria e Jesus e Jesus com Deus Pai... 
São Luiz Maria Grignon de Montfort, em seu livro “Tratado do Verdadeira Devoção à Santíssima Virgem”, nos dá uma verdadeira lição do conhecimento que tem sobre Maria e como devemos amá-la, e escreve: “Deus fez um lago muito grande de água, e o chamou mar; depois fez um mar de graças, e o chamou Maria.”. e para demonstrar a tão grande ligação que existe entre Jesus e Maria, esse santo até faz uma comparação absurda, quando diz: “Maria está tão intimamente unida a Jesus, que seria mais fácil separar a luz do sol e o calor do fogo do que separar Maria de Jesus; “seria mais fácil separar os anjos e santos de Jesus do que separar Maria de Jesus, “porque Maria ama mais ardentemente a Jesus e o glorifica mais perfeitamente que todas as criaturas juntas.” 
São Bernardo, em uma das orações mais lindas dedicadas à Maria, diz: “Jamais se ouviu dizer que alguém que tivesse recorrido à proteção de Maria, tivesse deixado de ser por ela atendido.” Santa Terezinha do Menino Jesus dizia sempre que o caminho mais perto e mais curto para se chegar até Jesus, é Maria. E quantas mais citações de santos e santas que amaram de verdade Maria, poderíamos declinar aqui. 
E como seria bom se, a exemplo de São Luiz Maria Grignon de Montfort, repetíssemos todos os dias: “Sou todo vosso, ò minha amada Mãe e Senhora, e tudo o que tenho vos pertence.”

quinta-feira, 16 de junho de 2016

BEM-AVENTURADA ALBERTINA BERKENBROCK - 1919-1931

BEM-AVENTURADA ALBERTINA BERKENBROCK - 1919-1931


Albertina nasceu a 11 de abril de 1919, em São Luís, município de Imaruí, SC. Foi batizada no dia 25 de maio de 1919, crismou-se a 9 de março de 1925 e fez a primeira comunhão no dia 16 de agosto de 1928. 
Seus pais e familiares souberam educar a menina na fé, transmitiram-lhe muito cedo as principais verdades da Igreja. 
Ela aprendeu logo as orações, era perseverante em fazê-las e muito recolhida ao rezar. Sempre que um padre aparecia em São Luís, lá ia ela participar da vida religiosa da comunidade. 
Confessava-se com frequência, ia regularmente à missa, comungava com fervor, e preparou-se com muita diligência para a primeira comunhão. 
Falava muitas vezes da Eucaristia e dizia que o dia de sua primeira comunhão fora o mais belo de sua vida. Albertina foi também muito devota de Nossa Senhora, venerava-a com carinho, tanto na capela da comunidade como em casa. Junto com os familiares recitava o terço e recomendava a Maria sua alma e sua salvação eterna. Tinha especial devoção a São Luiz, titular da capela e modelo de pureza. 
A formação cristã instilou em Albertina a inclinação à bondade, às práticas religiosas e à vivência das virtudes cristãs, na medida em que uma menina de sua idade as entendia e podia vivê-las. 
Nada de estranho se seus divertimentos refletiam seu apego à vida religiosa. Gostava de fazer cruzinhas de madeira, colocava-as em pequenos sepulcros, adornava-os com flores. Foi no ambiente simples, belo e cristão de sua família que Albertina cresceu.
Ajudava os pais nos trabalhos da roça e em casa. Foi dócil, obediente, incansável, sacrificada, paciente, mesmo quando os irmãos a mortificavam, e até lhe batiam. Ela suportava tudo em silêncio, unindo-se aos sofrimentos de Jesus que amava sinceramente. 
Também fora de casa Albertina se apresentava como modelo para os colegas e motivo de admiração para os adultos. Gozava de grande estima na escolinha local, particularmente por parte de seu professor, que a elogiava por suas condições espirituais e morais superiores à sua idade que a distinguiam entre as colegas de escola. 
Ela se aplicou ao estudo, aprendeu bem o catecismo, conheceu os mandamentos de Deus e seu significado. Jamais faltou à modéstia. Se pensarmos na maneira como sacrificou sua vida, conforme declarou seu professor, ela tinha compreendido o sentido do sexto mandamento no que tange à pureza e à castidade. Foi menina boa, estimada por colegas e por adultos. 
Às vezes, porém, alguns meninos punham à prova sua mansidão, modéstia, timidez e repugnância por certas faltas. Albertina então se calava. Nunca se revoltou, menos ainda nunca se vingou, mesmo quando lhe batiam. Era pessoa cândida, simples, sem fingimentos, vestia-se com simplicidade e modéstia. Sua caridade era grande. 
Gostava de acompanhar as meninas mais pobres, de jogar com elas e com elas dividir o pão que trazia de casa para comer no intervalo das aulas. Teve especial caridade com os filhos do seu assassino, Indalício Cipriano Martins (conhecido também como Manuel Martins da Silva ou Maneco Palhoça) que trabalhava na casa do pai. 
Muitas vezes Albertina deu de comer a ele e aos filhos pequenos, com os quais se entretinha alegremente, acariciando-os e carregando-os ao colo. Isto é tanto mais digno de nota quanto Maneco era negro, sabendo-se que nas regiões de colonização européia uma dose de racismo sempre esteve presente. Todas essas atitudes cristãs mostram que Albertina, apesar de sua pouca idade, era pessoa impregnada de Evangelho. Não é de estranhar, portanto, se teve forças para comportar-se com fortaleza cristã no momento de sua morte a fim de defender sua pureza e virgindade.

Assassinato
No dia 15 de Junho de 1931, Albertina estaria à procura de um boi fugitivo. De repente vê ao longe alguns chifres e corre naquela direção. Mas eram outros bois, que estavam amarrados. 
Como surpresa, porém, encontra perto deles um empregado de seu pai, Maneco, carregando feijão na carroça. À pergunta de Albertina pelo boi desaparecido, o homem lhe dá uma pista falsa para encaminhá-la ao lugar onde poderia satisfazer seus desejos sem chamar atenção. Maneco, que já tinha violentado outra menina, teria dito: - Hoje tenho que matar alguém! E, caso a garota não aceitasse, planejado usar o canivete para forçá-la. 
Albertina, conforme a história local, teria seguido a indicação de Maneco, se embrenhado pela mata, e percebido alguns ruídos que ela pensava ser provocados pelo boi. Eis, porém, que, dá de cara com Maneco. Fica petrificada. Sozinha, no mato, com aquele homem na frente! Maneco lhe teria proposto seus intentos, mas Albertina, decidida, não aceita, sabendo que o que o empregado lhe propunha era errado aos olhos de Deus.
Então, Maneco teria tentado se apossar de Albertina à força, mas ela não se deixa subjugar. Segundo os relatos, ela teria lutado contra o seu assassino, quase o derrubando. Mas em algum momento, ele a derrubou e a segurou, mesmo com todas as tentativas de resistência por parte da menina, que teria agarrado seu vestido e se cobrido o mais que pode. Então Maneco, derrotado moralmente pela menina, a assassinou por vingança, agarrando-a pelos cabelos, afundando o canivete no pescoço e a matando por degola, porém sem violá-la.
O assassino despistou o crime, dizendo que encontrou o corpo de Albertina e colocando a culpa de tudo em João Candinho: "Foi esse homem que matou Albertina!" O rapaz foi preso, protestou, jurou inocência aos prantos, mas foi tudo inútil. Os colonos, que testemunharam tudo, começaram a duvidar: "Acaso não seria Maneco o assassino?" 
Como contam testemunhas, Maneco aparecia toda hora por perto da sala onde se velava o corpo de Albertina, e sempre que se aproximava, a ferida do pescoço de Albertina vertia sangue. Pensava o povo: "Não seria um sinal?" Enquanto o povo cismava, Maneco tramava sua fuga. 
Dois dias depois chegou o prefeito de Imaruí, que acalmou a população e mandou soltar João Candinho. Foi à capela, tomou um crucifixo e, acompanhado por Candinho e outras pessoas, foi à casa do pai de Albertina e o colocou sobre o peito da menina morta. Mandou também que João Candinho colocasse as mãos sobre o crucifixo e jurasse que era inocente, e ao fazer isto, segundo os presentes, a ferida parou de sangrar. 
Entretanto, Maneco acabava de fugir. Preso em Aratingaúba, confessou este e outros crimes: confessou um cometido em Palmas, onde matara um sargento, e também o assassinato de um homem em São Ludgero. E também teria revelado que matou Albertina porque ela recusara ceder à sua intenção de manter relações sexuais com ela. Maneco Palhoça foi levado para Laguna. 
Correu o processo, e ele foi condenado. Levado para a penitenciária, se comportou bem enquanto esteve na prisão e depois de alguns anos faleceu. Mas, apesar de sua morte terrível, Albertina continuou sendo exemplo para toda a região, sendo cultuada até hoje como sinônimo de generosidade, modéstia, auto-sacrifício, obediência a Deus e pureza.

Beatificação
A 44º Assembléia da CNBB, realizada em maio de 2006, formulou o seguinte pedido de beatificação: "A Assembleia, em reunião reservada, acolheu favoravelmente a proposta de D. Jacinto Bergmann, Bispo de Tubarão, para que fosse apresentado ao Papa o pedido de beatificação de vários Servos de Deus do Brasil, cujo processo já está em fase adiantada na Congregação das Causas dos Santos. São eles: Lindalva Justo de Oliveira, Albertina Berkenbrock, Manoel Gómez Gozález e Adílio da Ronch (mártires), Francisca de Paula de Jesus (Nhá Chica)) e Dulce Lopes Pontes, a Irmá dulce. Os bispos assinaram o pedido a ser encaminhado ao papa Bento XVI (2ª sessão reservada)". A serva de Deus, Albertina Berkenbrock, com o decreto de beatificação, assinado pelo Papa Bento XVI, no dia 16 de dezembro de 2006, foi beatificada em 20 de outubro de 2007.
São Constantino de Beauvais (bispo), Santos Domiciano e Adelino de Lobbes (monges), São Dula de Zéfiro (mártir), Santa Edburga de Wincheter (abadessa), Bem-aventurada Albertina Berkenbrock (mártir brasileira). 

quarta-feira, 15 de junho de 2016

"COM AS LÁGRIMAS COMEÇOU A BANHAR OS PÉS DE JESUS E OS ENXUGAR COM OS CABELOS..."

“TEUS PECADOS ESTÃO PERDOADOS”. (Lc 7,48).


No Evangelho uma mulher cujo nome não é citado na narração, portanto anônima, de fama duvidosa, “conhecida na cidade como pecadora”, adentra em uma casa onde Jesus era convidado para uma refeição, e unge seus pés: “... ela, porém, ungiu meus pés com perfume” (Lc 7,45b).
Lucas não dá nome a essa mulher, a deixa anônima, para que, no lugar do nome dela possamos colocar o nosso próprio nome e dizer que esta mulher pode ser qualquer um de nós: pode ser eu, pode ser você quando, não importando o pecado que tenhamos cometido, se arrependidos, voltarmos para Deus implorando a sua misericórdia e seu perdão. A mulher ungiu os pés de Jesus.
Segundo o Dicionário Teológico, “unção é untar com óleo sagrado. Através deste ato, eram separados os que, pela vontade de Deus, passariam a exercer as funções veterotestamentárias: rei, sacerdote e profeta”, e, segundo o Dicionário da Bíblia católica, edição ecumênica, Barsa – 1964, “unção é uma cerimônia religiosa na qual se derrama óleo sobre uma pessoa ou coisa escolhida. No Antigo Testamento, os profetas eram ungidos para a sua missão. A palavra Christos em grego significa Ungido (Sl 2,2). Os fiéis são considerados ungidos de Deus (2Cor 1,21; 1Jo 2,10.27)”. Jesus, no início de sua vida pública quando, pela primeira vez toma a palavra na sinagoga de Nazaré diante de ouvintes, inaugurando a sua pregação, já se diz ungido, repetindo o que Isaias havia profetizado a respeito dele próprio, Jesus, como sendo o Messias: “O Espírito do Senhor está sobre mim, porque ele me consagrou com a unção, para anunciar a Boa Notícia aos pobres; enviou-me para proclamar a libertação aos presos e aos cegos a recuperação da vista; para libertar os oprimidos...”. (Lc 4,18). 

terça-feira, 14 de junho de 2016

CAMINHO, VERDADE E VIDA

CAMINHO, VERDADE E VIDA.


Jesus Cristo é perfeito, perfeitíssimo como Deus e por ser Deus; Jesus Cristo é perfeito, perfeitíssimo como homem e por ser homem, e, como homem, se fez o único mediador entre Deus e os homens, segundo os ensinamentos de Paulo, Apóstolo: “Pois há um só Deus, e um só mediador entre Deus e os homens, um homem, Cristo Jesus, que se deu em resgate por todos.” (1Tm 2,5-6). 
E Jesus Cristo, perfeito como homem e perfeitíssimo como Deus, diz: “Eu sou o caminho, a verdade e a vida.” (Jo 14, 6). Jesus Cristo, como homem, é o CAMINHO que Deus Pai nos indica para trilharmos à busca da perfeição. Jesus Cristo, como homem e Deus é a VIDA que Deus Pai nos dá como modelo para, como Cristo, nos tornarmos filhos de Deus, não somente por criação mas, principalmente e, acima de tudo, pela graça. Jesus Cristo, como Deus, é a VERDADE que deve ser trilhada, vivida e anunciada para e por todos os homens que buscam a perfeição. Todos os homens de boa vontade estão à busca do caminho que leva à felicidade que lhes dá a vida plena alicerçada na verdade. 
Todos procuram a verdade, mas, na sua maioria, cada um quer fazer e viver a sua própria verdade. 
Os homens, de uma maneira geral, querem viver a vida à sua maneira, desordenadamente. Estamos cheios de problemas e não sabemos como solucioná-los. 

segunda-feira, 13 de junho de 2016

SANTO ANTÔNIO DE PÁDUA E DE LISBOA - 1195-1231

SANTO ANTÔNIO DE PÁDUA E DE LISBOA - 1195-1231


Protetor dos pobres, o auxílio na busca de objetos ou pessoas perdidas, o amigo nas causas do coração. 
Assim é Santo Antônio de Pádua, frei franciscano português, que trocou o conforto de uma abastada família burguesa pela vida religiosa. 
Contam os livros que o santo nasceu em Lisboa, em 15 de agosto de 1195, e recebeu no batismo o nome de Fernando de Bulhões e Taveira de Azevedo.
Fernando de Bulhões era o único herdeiro de Martinho, nobre pertencente ao clã dos Bulhões y Taveira de Azevedo. Sua infância foi tranquila, sem maiores emoções, até que resolveu optar pelo hábito. 
A escolha recaiu sobre a ordem de Santo Agostinho. Os primeiros oito anos de vida do jovem frei, passados nas cidades de Lisboa e Coimbra, foram dedicados ao estudo. 
Nesse período, nada escapou a seus olhos: desde os tratados teológicos e científicos às Sagradas Escrituras. Sua cultura geral e religiosa era tamanha que alguns dos colegas não hesitavam em chamá-lo de "Arca do Testamento". Reservado, 
Fernando preferia a solidão das bibliotecas e dos oratórios às discussões religiosas. Bem, pelo menos até um grupo de franciscanos cruzar seu caminho. O encontro, por acaso, numa das ruas de Coimbra marcou-o para sempre. Eles eram jovens diferentes, que traziam nos olhos um brilho desconhecido. Seguiam para o Marrocos, na África, onde pretendiam pregar a Palavra de Deus e viver entre os sarracenos. A experiência costumava ser trágica. 
E daquela vez não foi diferente. Como a maioria dos antecessores, nenhum dos religiosos retornou com vida. Depois de testemunhar a coragem dos jovens frades, Fernando decidiu entrar para a Ordem Franciscana e adotar o nome de Antônio, numa homenagem à Santo Antão, também chamado de Antônio. Disposto a se tornar um mártir, ele partiu para o Marrocos, mas logo após aportar no continente africano, Antônio contraiu uma febre, ficou tão doente que foi obrigado à voltar para a casa. 
Mais uma vez, os céus lhe reservavam novas surpresas. Uma forte tempestade obrigou seu barco a aportar na Sicília, no sul da Itália. 
Aos poucos, recuperou a saúde e concebeu um novo plano: decidiu participar da assembléia geral da ordem em Assis, em 1221, e deste modo conheceu São Francisco pessoalmente. É difícil imaginar a emoção de Santo Antônio ao encontrar seu mestre e inspirador, um homem que falava com os bichos e recebeu as chagas do próprio Cristo. Infelizmente, não há registros deste momento tão particular da história do Cristianismo. 
Sabe-se apenas que os dois santos se aproximaram mais tarde, quando o frei português começou a realizar as primeiras pregações. E que pregações! Frei Antônio era um orador inspirado. Suas pregações eram tão disputadas que chegavam a alterar a rotina das cidades, provocando o fechamento adiantado dos estabelecimento comerciais.
De pregação em pregação, de povoado em povoado, o santo chegou a Pádua. Lá, converteu um grande número de pessoas com seus atos e suas palavras. Foi para esta cidade que ele pediu que o levassem quando seu estado de saúde piorou, em junho de 1231. Frei Antônio, porém, não resistiu ao esforço e morreu no dia 13 de junho, no convento de Santa Maria de Arcella, às portas da cidade que batizou de "casa espiritual". Tinha apenas 36 anos de idade. O pedido do religioso foi atendido dias depois, com seu enterro na Igreja de Santa Maria Mãe de Deus. Anos depois, seus restos foram transferidos para a enorme basílica, em Pádua. O processo de canonização de frei Antônio encabeça a lista dos mais rápidos de toda a história. Foi aberto meses depois de sua morte, durante o pontificado de Papa Gregório IX, e durou menos de ano.
Graças a sua dedicação aos humildes, Santo Antônio foi eleito pelo povo o protetor dos pobres. Transformou-se num dos filhos mais amados da Igreja, um porto seguro a qual todos – sem exceção – podem recorrer. Uma das tradições mais antigas em sua homenagem é, justamente, a distribuição de pães aos necessitados e àqueles que desejam proteção em suas casas. Homem de oração, 
Frei Antônio se tornou santo porque dedicou toda a sua vida para os mais pobres e para o serviço de Deus. Diversos fatos marcaram a vida deste santo, mas um em especial era a devoção a Maria. Em sua pregação, em sua vida a figura materna de Maria estava presente. Frei Antônio encontrava em Maria além do conforto a inspiração de vida. 
O seu culto, que tem sido ao longo dos séculos objeto de grande devoção popular é difundido por todo o mundo através da missionação e miscigenado com outras culturas (nomeadamente Afro-Brasileiras e Indo-Portuguesas). 
Santo Antônio torna-se um dos santos de maior devoção de todos os povos e sem dúvida o primeiro português com projeção universal. 
De Lisboa ou de Pádua, é por excelência o Santo "milagreiro", "casamenteiro", do "responso" e do Menino Jesus. Padroeiro dos pobres é invocado também para o encontro de objetos perdidos. Sobre seu túmulo, em Pádua, foi construída a basílica a ele dedicada. 
Santo Antônio é o padroeiro de Pádua, de Lisboa, de Split, de Paderborn, de Hil-desheim, dos casais e é um santo popular para encontrar itens perdidos. 
No Brasil é o santo casamenteiro e é invocado pelas moças solteiras para encontrar um noivo. O "dia dos namorados" no Brasil é celebrado na véspera de sua festa, ou seja, no dia 12 de junho. 
Faleceu no dia 13 de junho de 1231 em Arcella, nos arredores  de Pádua. Foi canonizado há menos de um ano após a sua morte, fato raríssimo na Igreja, em 30 de maio de 1232 pelo Papa Gregório IX em Espoleto (Úmbria), Itália. Em 1263, quando seu corpo foi exumado, sua língua estava intacta e continua intacta até hoje, numa redoma de vidro, na Basílica de Santo Antônio, em Pádua, onde estão seus restos mortais.
Mais tarde, em 1934, foi declarado Padroeiro de Portugal. Foi indicado Doutor da Igreja em 16 de janeiro de 1946 por Pio XII com o título de "Doutor Evangélico". 
Na arte litúrgica da igreja ele é mostrado como um franciscano e às vezes com o Menino Jesus. 
No Brasil Santo Antonio é comemorado numa das festas mais alegres e populares, estando entre as três maiores das chamadas festas juninas.

Alguns milagres atribuídos à intervenção de Santo Antônio:
O milagre dos peixes: Santo António faz um sermão aos peixes, no rio Marecchia porque os homens de Rimini não o quiseram ouvir. Ao ver isto eles arrependeram-se e dirigiram-se para junto do santo para ouvindo o sermão. 
O milagre do jumento: Um herege não acreditava que Cristo de fato estava presente na Eucaristia. Santo Antônio diz que o jumento, que o homem tinha, era menos teimoso e que seria mais fácil convencê-lo. Ao ver a hóstia o jumento ajoelha-se. 
São comemorados também, neste dia: Santo Ávito (Aventino), São Peregrino, Santa Aquilina, Bem-aventurado Inácio Maloyan, Santa Aquilina da Síria (virgem e mártir), São Fandila de Penhamelária (presbítero e abade), Santa Felícula de Roma (virgem e mártir), Santos Fortunato e Luciano (mártires da África).

quinta-feira, 9 de junho de 2016

SÃO JOSÉ DE ANCHIETA - 1534-1597



SÃO JOSÉ DE ANCHIETA - 1534-1597

José de Anchieta (1534-1597) foi um padre jesuíta espanhol. 
O "Apóstolo do Brasil" foi beatificado pelo Papa João Paulo II e canonizado pelo Papa Francisco, no dia 3 de abril de 2014. Com 14 anos de idade, estudou no Real Colégio das Artes em Coimbra. Ingressou na Companhia de Jesus e ainda noviço, veio para o Brasil na frota de D. Duarte da Costa, segundo governador-geral. Dedicou-se ao trabalho de educar os filhos dos colonos, a pacificar e catequizar os índios. Participou da Fundação de São Paulo. 
Lutou pela expulsão dos franceses do Rio de Janeiro. Viajou para Bahia, onde foi ordenado padre. 
Escreveu cartas, sermões, poemas, peças teatrais e a Gramática Tupi, que foi usada em todas as missões dos jesuítas. José de Anchieta (1534-1597) nasceu em San Cristóbal de La Laguna, na ilha de Tenerife, nas Canárias, pertencente à Espanha, no dia 19 de março de 1534. 
Filho de João Lopez de Anchieta, fidalgo basco, e Mência Dias de Clavijo y Lerena, descendente dos conquistadores de Tenerife. Aprendeu as primeiras letras em casa, ingressou na escola dos dominicanos. 
Aos 14 anos, em companhia de seu irmão mais velho vai para Coimbra. Ingressa no Real Colégio das Artes, onde estuda humanidades e filosofia. 
Em 1550, Anchieta candidata-se ao Colégio da Companhia de Jesus, em Coimbra, e em 1551 é recebido como noviço. Em 1553 é escolhido para as missões em terras brasileiras. Com um grupo de religiosos, integra a frota de Duarte da Costa, segundo Governador-Geral do Brasil, enfrentando 65 dias de viagem, chefiados pelo Padre Luís de Grã. 
Ao descer na Capitania de São Vicente, Anchieta teve seu primeiro contato com os índios. 
A ação dos jesuítas na catequese dos índios se estendia de São Vicente até os campos de Piratininga. José de Anchieta, junto com outros religiosos, com o objetivo de catequizar os índios carijós, sobe a Serra do Mar, rumo ao Planalto, onde se instala e funda o Colégio Jesuíta. 
No dia 24 de janeiro de 1554, dia da conversão do Apóstolo São Paulo, celebra uma missa, em sua homenagem. 
Era o início da fundação da cidade de São Paulo. Logo se formou um pequeno povoado. José de Anchieta aprendeu a língua tupi, o que mais tarde lhe permitiu escrever a Gramática tupi, que seria usada em todas as missões dos jesuítas. 
José de Anchieta participou da luta para expulsão dos franceses, que em 1555, haviam invadido o Rio de Janeiro e conquistado os índios tamoios. 
Depois de várias lutas, finalmente foram expulsos no dia 18 de janeiro de 1567. 
Em 1577, com 43 anos e 24 passados no Brasil, Anchieta é designado provincial, o mais alto cargo da Companhia de Jesus no Brasil. Com a função de administrar os Colégios Jesuítas do país, viaja para Olinda, em Pernambuco, para a Bahia, para Reritiba (hoje Anchieta) no Espírito Santo, para o Rio de Janeiro, Santos e São Paulo. Foram 10 anos de visitas. 
Em 1597, o padre José de Anchieta, já doente vai para Reritiba, aldeia que fundou no Espírito Santo, onde passa seus últimos dias, falecendo no dia 9 de junho de 1597. O padre José de Anchieta foi canonizado, pelo Para Francisco, no dia 3 de abril de 2014. 
José de Anchieta, nascido na ilha de Tenerife, no arquipélago das Canárias, em 19 de Março de 1534, era filho de João López de Anchieta (natural de Urrestilla, bairro da localidade de Azpeitia, em Giupúscoa, país basco) e de Mência Diaz de Clavijo y Llarena, descendente da nobreza canária. 
O sobrenome "Anchieta" é uma castelhznização do basco Antxieta ou Antxeta. Foi batizado em 7 abril de 1534 na Paróquia de Nossa Senhora dos Remédios (atual Catedral de San Cristóbal de La Laguna), onde ainda existe a pia de calcário vermelho onde, segundo a tradição, o santo teria sido batizado. 
Sua certidão de batismo, inscrita no Livro I da Igreja dos Remédios, está preservada no Arquivo Histórico Diocesano de Tenerife, onde se lê: José, filho de Juan de Anchieta e sua esposa, foi batizado no dia 7 de abril por Juan Gutiérrez, vigário e seus padrinhos foram Domenigo Riso e Don Alonso. Seu pai foi um revolucionário basco que tomou parte na revolta dos Comuneros contra o Imperador Carlos V na Espanha e um grande devoto da Virgem Maria. 
Era aparentado dos Loyola, daí o parentesco de Anchieta com o fundador da Companhia de Jesus Inácio de Loyola. Sua mãe era natural das Ilhas Canárias, filha de judeus cristãos novos. O avô materno, Sebastião de Llarena, era um judeu convertido do Reino de Castela. Dos doze irmãos, além dele abraçaram o sacerdócio Pedro Nuñez e Melchor.

Juventude
Anchieta viveu com a família até aos quatorze anos de idade, quando se mudou para Coimbra, em Portugal, a fim de estudar filosofia no Real Colégio das Artes e Humanidades, anexo à Univewrsidade de Coímbra. A ascendência judaica foi determinante para que o enviassem para estudar em Portugal, uma vez que na Espanha, à época, a inquisição era mais rigorosa. Ingressou na Companhia de Jesus em 1 de Maio de 1551 como noviço.

Atuação no Brasil
Tendo o padre Manoael da Nóbrega, Provincial dos Jesuítas no Brasil, solicitado mais braços para a atividade de evangelização do Brasil (mesmo os fracos de engenho e os doentes do corpo), o Provincial da Ordem, Simão Rodrigues, indicou, entre outros, José de Anchieta. 
Desde jovem, Anchieta padecia de tuberculose óssea, que lhe causou uma escoliose, agravada durante o noviciado na Companhia de Jesus. Este fato foi determinante para que deixasse os estudos religiosos e viajasse para o Brasil. 
Aportou em Salvador a 13 de Julho de 1553, com menos de 20 anos de idade e vindo na armada do segundo governador-geral do Brasil, Dom Duarte da Costa com outros seis companheiros, sob a chefia do padre Luis da Grã. Anchieta ficou menos de três meses em Salvador, partindo para a Capitania de São Vicente no princípio de outubro, com o padre jesuíta Leonardo Nunes, onde conheceria Manuel da Nóbrega e permaneceria por doze anos. 
Anchieta abriu os caminhos do sertão, aprendendo a língua tupi, catequizando e ensinando latim aos índios. Escreveu a primeira gramática sobre uma língua do tronco tupi: a "Arte da Gramática da Língua Mais Falada na Costa do Brasil", que foi publicada em Coímbra em 1595. 
No seguimento da sua ação missionária, participou da fundação, no planalto de Piratininga, do Colégio São Paulo, um colégio de jesuítas do qual foi regente, embrião da cidade de São Paulo, junto com outros padres da Companhia, em 25 de janeiro de 1554, recebendo este nome por ser a data em que se comemora a conversão do Apóstolo Paulo. 
Esta povoação contava, no primeiro ano da sua existência com 130 pessoas, das quais 36 haviam recebido o batismo. Sabe-se que a data da fundação de São Paulo é o dia 25 de Janeiro por causa de uma carta de Anchieta aos seus superiores da Companhia de Jesus, na qual diz: “A 25 de Janeiro do Ano do Senhor de 1554 celebramos, em paupérrima e estreitíssima casinha, a primeira missa, no dia da conversão do Apóstolo São Paulo, e, por isso, a ele dedicamos nossa casa!” 
O religioso cuidava não apenas de educar e catequizar os indígenas, como também de defendê-los dos abusos dos colonizadores portugueses que queriam não raro escravizá-los e tomar-lhes as mulheres e filhos. 
Esteve em Itanhaém e Peruíbe, no litoral sul de São Paulo, na quaresma que antecedeu a sua ida à aldeia de Iperoig, juntamente com o padre Manuel da Nóbrega, em missão de preparo para o Armistício com os Tubinambás de Ubatuba (Armistício de Iperoig). 
Nesse período, em 1563, intermediou as negociações entre os portugueses e os indígenas reunidos na Confederação dos Tamoios, oferecendo-se Anchieta como refém dos tamoios em Iperoig, enquanto o padre Manuel da Nóbrega retornou a São Vicente juntamente com Cunhambebe (filho) para ultimar as negociações de paz entre os indígenas e os portugueses. Durante este tempo em que passou entre os gentios, compôs o "Poema à Virgem". 
Segundo uma tradição, teria escrito nas areias da praia e memorizado o poema, e apenas mais tarde, em São Vicente, o teria trasladado para o papel. Ainda segundo a tradição, foi também durante o cativeiro que Anchieta teria em tese "levitado" entre os indígenas, os quais, imbuídos de grande pavor, pensavam tratar-se de um feiticeiro. Lutou contra os franceses estabelecidos na França Antártica na baia da Guanabara; foi companheiro de Estácio de Sá, a quem assistiu em seus últimos momentos (1567). 
Em 1566, foi enviado à Capitania da Bahia com o encargo de informar ao governador Mem de Sá do andamento da guerra contra os franceses, possibilitando o envio de reforços portugueses ao Rio de Janeiro. Por esta época, foi ordenado sacerdote aos 32 anos de idade. 
Dirigiu o Colégio dos Jesuítas do Rio de Janeiro por três anos, de 1570 a 1573. Em 1569, fundou a povoação de Reritiba (ou Iriritiba), atual Anchieta, no Espírito Santo. Em 1577, foi nomeado Provincial da Companhia de Jesus no Brasil, função que exerceu por dez anos, sendo substituído em 1587 a seu próprio pedido. 
Retirou-se para Reritiba, mas teve ainda de dirigir o Colégio do Jesuítas em Vitória, no Espírito Santo. Em 1595, obteve dispensa dessas funções e conseguiu retirar-se definitivamente para Reritiba onde veio a falecer, sendo sepultado em Vitória.

São lembrados também, neste dia: São Ricardo de Andria, Santa Diana e Bem-aventurada Ana Maria Taigi, Santo Efrém, São Baithin de Iona (abade), São Cumianol de Bobbio (monge e bispo), São Juliano da Síria (monge), São Maximiano de Siracusa (monge e bispo). 

quarta-feira, 8 de junho de 2016

SANTO ANTÔNIO MARIA GIANELLI - 1789-1846

SANTO ANTÔNIO MARIA GIANELLI - 1789-1846


Fundou as congregações: Filhas de Maria Santíssima do Horto e Oblatos de Santo Alfonso Maria de Ligório. 
Antônio Maria Gianelli nasceu em Cereta, perto de Chiavari, na Itália, no dia 12 de abril de 1789, ano da Revolução Francesa. 
A seu modo, foi também um revolucionário, pois sacudiu as instituições da Igreja no período posterior ao "furacão" Napoleão Bonaparte. Sua família era de camponeses pobres e nesse ambiente humilde aprendeu a caridade, o espírito de sacrifício, a capacidade de dividir com o próximo. 
Desde pequeno era muito assíduo à sua paróquia e foi educado no seminário de Genova, onde ingressou em 1807. 
Aos vinte e três anos estava formado e ordenado sacerdote. Lecionou letras e retórica e sua primeira obra a impressionar o clero foi um recital organizado para recepcionar o novo bispo de Genova, monsenhor Lambruschini. Intitulou o recital de "Reforma do Seminário". 
Assim, tranqüilo, direto e com poucos rodeios; defendia a nova postura na formação de futuros sacerdotes. 
A repercussão foi imediata e frutificou durante todo o período da restauração pós-napoleônica. 
Entre os anos de 1826 e 1838 foi o pároco da igreja de Chiavari, onde continuou intervindo com inovações pastorais e a fundação de várias instituições, entre elas seu próprio seminário. 
Em 1827, criou uma pequena congregação missionária para sacerdotes, que colocou sob a proteção de santo Afonso Maria de Ligório, destinada a aprimorar o apostolado da pregação ao povo e à organização do clero.

terça-feira, 7 de junho de 2016

“VERDADEIRAMENTE TU ÉS O FILHO DE DEUS.” (MT 14,22-33).

“VERDADEIRAMENTE TU ÉS O FILHO DE DEUS.” (MT 14,22-33).


Na nossa vida, às vezes, parece que estamos num mar de rosas; tudo é realização, tudo é maravilhoso, tudo dá certo, tudo vai bem como sempre desejaríamos que fosse, mas,  no nosso cancioneiro de música popular existe uma música com o verso seguinte: “Tristeza não tem fim, felicidade sim...” , e, bem por isso, de repente, como num estalar de dedos, parece tudo ao contrário; nos sentimos mergulhados  numa depressão, numa tristeza, numa angustia que parece não ter fim; dá-nos a impressão que estamos caminhando sobre as águas e sentimos que, num relance, nos falta a força, coragem, confiança, apoio e... estamos sozinhos, dando-nos a sensação que vamos submergir, sem chances de nos afirmarmos ou ter alguém que nos socorra. 
Quantas vezes nos falta confiança em tudo e em todos; dá-nos a impressão que ninguém, mas ninguém mesmo nos compreende e que todos nos viraram as costas, deixando-nos entregues à nossa própria sorte. E, nessas condições, nos desesperamos, deixamos de acreditar em tudo e em todos e, nessa descrença, chegamos ao cúmulo de perguntar: “Onde está Deus???” 

segunda-feira, 6 de junho de 2016

SÃO MARCELINO CHAMPAGNAT - 1789-1840

SÃO MARCELINO CHAMPAGNAT - 1789-1840


Fundou a congregação dos Irmãos Maristas. 
Marcelino José Benedito Champagnat nasceu na aldeia de Marlhes, próxima de Lion França, no dia 20 de maio de 1789, nono filho de uma família de camponeses pobres e muito religiosos. 
O pai era um agricultor com instrução acima da média, atuante e respeitado na pequena comunidade. 
A mãe, além de ajudar o marido vendendo o que produziam, cuidava da casa e da educação dos filhos, auxiliada pela cunhada, que desistira do convento. 
A família era muito devota de Maria, despertando nos filhos o amor profundo à Mãe de Deus. 
Na infância, logo que ingressou na escola, Marcelino sofreu um grande trauma quando o professor castigou um dos seus companheiros. 
Marcelino preferiu não frequentar os estudos e foi trabalhar na lavoura com o pai. 
E assim o fez até os quatorze anos de idade, quando o pároco o alertou para sua vocação religiosa. Apesar de sua condição econômica e o seu baixo grau de escolaridade, foi admitido no seminário de Verrièrres. 
Porém, a partir daí, dedicou-se aos estudos enfrentando muitas dificuldades. 

domingo, 5 de junho de 2016

O FILHO DA VIÚVA DE NAIM

X DOMINGO DO TEMPO COMUM

“NÃO CHORE!” (Lc 7,13b).



Diácono Milton Restivo

Finalizadas as comemorações do Tempo Pascal retomamos ao Tempo Comum que teve reinício imediato na segunda-feira após as festividades de Pentecostes. A festa da Santíssima Trindade, está inclusa no Tempo Comum, ou seja, este ano teria sido o VIII Domingo de Tempo Comum. A liturgia, no Tempo Comum se veste de verde, cor da esperança, da expectativa e da caminhada com Jesus Cristo, bebendo de seus ensinamentos, mostrando-nos um Deus que se faz presente nas coisas mais simples dos seus filhos amados e da sua criação.
O Tempo comum compreende trinta e três ou trinta e quatro semanas e é dividido em duas partes: a primeira parte fica compreendida entre os tempos do Natal e da Quaresma, sendo que a Quaresma é um momento de esperança e de escuta da Palavra onde devemos anunciar o Reino de Deus; a segunda parte fica entre os tempos da Páscoa e do Advento.
O Tempo Comum é o momento do cristão colocar em prática a vivência do reino e ser sinal de Cristo no mundo, ou como o mesmo Jesus disse, ser “sal da terra e luz do mundo”: “Vocês são o sal da terra. Ora, se o sal perde o sabor, com que poderemos salgá-lo? Não serve para mais nada; serve só para ser jogado fora e ser pisado pelos homens. Vocês são a luz do mundo. Não pode ficar escondida uma cidade construída sobre o monte. Ninguém acende uma lâmpada para colocá-la debaixo de uma vasilha, e sim para colocá-la no candeeiro, onde ela brilha para todos os que estão em casa”. (Mt 5,13-15).
O Tempo Comum é ainda tempo privilegiado para celebrar as memórias da Virgem Maria e dos Santos. O Tempo Comum é um período que não destaca grandes festas litúrgicas, sem grandes acontecimentos. É um tempo de esperança e acolhimento da Palavra de Deus.
"O Tempo comum não é tempo vazio. É tempo de a Igreja continuar a obra de Cristo nas lutas e nos trabalhos pelo Reino." (CNBB - Documento 43, 132). 

sábado, 4 de junho de 2016

É MARIA QUE NOS ENSINA COMO DEVEMOS AMAR JESUS

É MARIA QUE NOS ENSINA COMO DEVEMOS AMAR JESUS


São Luiz Maria Grignon  de Montfort, grande devoto mariano, no livro que ele escreveu sobre Maria chamado “Tratado da Verdadeira Devoção à Santíssima Virgem”, queixa-se, amorosamente a Jesus pelos cristãos desconhecerem a íntima  ligação que existe entre Jesus e Maria, sua Mãe. 
E, nesse livro, ele escreve o seguinte: “Neste ponto, dirijo-me a vós, um instante,  ò meu amável Jesus, para queixar-me amorosamente à Vossa Majestade de que a maior parte dos cristãos e até os mais ilustrados não sabem da união necessária que existe entre vós e vossa Mãe Santíssima. Estais sempre com Maria, ó meu Senhor, e Maria está sempre convosco e não pode estar sem vós; de outro modo deixaria de ser o que é; Maria está de tal forma transformada em vós pela graça que não vive mais, não existe mais; sois vós, unicamente, meu Jesus, que nela viveis e reinais, mais perfeitamente que todos os Anjos ou bem-aventurados. Ah! Se os homens conhecessem a glória e o amor que nessa admirável criatura recebeis, bem diversos seriam os seus sentimentos a vosso respeito e a respeito de Maria.

sexta-feira, 3 de junho de 2016

DOCE CORAÇÃO DE JESUS QUE TANTO NOS AMAIS, FAZEI QUE VOS AMEMOS CADA VEZ MAIS

DOCE CORAÇÃO DE JESUS QUE TANTO NOS AMAIS, FAZEI QUE VOS AMEMOS CADA VEZ MAIS


Jesus apareceu numerosas vezes a Santa Margarida Maria Alacoque, de 1673 até 1675, para falar sobre a devoção ao seu Sagrado Coração, a "grande devoção". 
A Igreja instituiu a solenidade do Sagrado Coração de Jesus que é celebrada pela Igreja na sexta-feira seguinte ao segundo domingo depois de Pentecostes. 
Há diversas formas de devoção ao Coração de Jesus. Entre elas: a consagração pessoal, que, segundo Pio XI, "entre todas as práticas do culto ao Sagrado Coração é sem dúvida a principal"; e também, a consagração da família. 
Dos colóquios de Santa Margarida com Jesus, distinguem-se 12 promessas. São elas:
- A minha bênção permanecerá sobre as casas em que se achar exposta e venerada a imagem de meu Sagrado Coração.
- Eu darei aos devotos do meu Coração todas as graças necessárias a seu estado.
- Estabelecerei e conservarei a paz em suas famílias.
- Eu os consolarei em todas as suas aflições.
- Serei seu refúgio seguro na vida e, principalmente, na hora da morte.
- Lançarei bênçãos abundantes sobre todos os seus trabalhos e empreendimentos.
- Os pecadores encontrarão em meu Coração fonte inesgotável de misericórdias.
- As almas tíbias se tornarão fervorosas pela prática dessa devoção.
- As almas fervorosas subirão em pouco tempo a uma alta perfeição.
- Darei aos sacerdotes que praticarem especialmente essa devoção o poder de tocar os corações mais empedernidos.
- As pessoas que propagarem esta devoção terão os seus nomes inscritos para sempre no meu Coração.
- A todos os que comungarem nas primeiras sextas-feiras de nove meses consecutivos, darei a graça da perseverança final e da salvação eterna. 

quinta-feira, 2 de junho de 2016

“COMO É BOA NOSSA SENHORA”

“COMO É BOA NOSSA SENHORA”


Todos nós, que amamos Maria, a Nossa Senhora, amamos sobremaneira ao Senhor Nosso Deus e nos esforçamos para amá-lo mais e mais a cada dia que passa. Tudo o que fazemos deve ser sempre para a maior glória de Deus. 
Amamos Maria porque o Senhor Nosso Deus a amou primeiro que nós. Manifestamos nosso amor por Maria de muitas maneiras. 
Cada um de nós tem uma maneira especial de manifestar o seu amor pela boa mãe do céu. Já nos acostumamos ouvir muitas pessoas dizerem – “Como é boa Nossa Senhora” -. 
Como é boa a nossa Maria. Todos nós, que desejamos alguma melhora na nossa vida, ou na vida de alguém da família, ou de algum amigo ou amiga, de alguma pessoa que amamos, todos que desejamos a vinda de melhores dias, de um emprego, uma graça para vencermos um defeito particular, ou um pedido com lágrimas para a conversão do marido, filho, pais, irmãos ou amigos, quando precisamos de uma grande graça,  não hesitamos e logo corremos aos pés de Maria e dificilmente de lá saímos sem que a Virgem tenha atendido ao nosso pedido ou nos dado forças para superar o problema. 
Quantas vezes recorremos à Virgem Maria quando notamos tristemente que a nossa fé vacila, ou porque nos afligimos por ter de carregar uma grande cruz que nos parece muito pesada para a nossa fraqueza, ou ainda, quando temos no seio da nossa família perturbações e infelicidades domésticas que nos parecem dificultar até a nossa própria salvação eterna, e, para todos nós, para essas tristezas a oração parece trazer tão pouco alívio.