segunda-feira, 31 de outubro de 2016

NÃO SABEMOS O DIA NEM A HORA

NÃO SABEMOS O DIA NEM A HORA

        
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    Jesus nos exorta a praticarmos obras de caridade, a termos fé em suas palavras e a estarmos sempre vigilantes: “Felizes os servos  que o senhor, à sua chegada, encontrar vigilantes. Em verdade vos digo, ele se cingirá e os colocará à mesa e, passando de um a outro, os servirá. E caso venha pela segunda ou pela terceira vigília, felizes serão se assim os encontrar! Compreendei isto: se o dono da casa soubesse em que hora viria o ladrão, não deixaria que sua casa  fosse arrombada. Vós também ficai preparados, porque o Filho do Homem virá numa hora que não pensais.” (Lc 12,37-40). 
            Nesse dia acontecerá tudo o que o Senhor Jesus prenunciara aos seus apóstolos e discípulos sobre o fim dos tempos, o juízo final: “Quando o Filho do Homem vier em sua glória, e todos os anjos com ele, então se assentará no trono de sua glória. E serão reunidas em sua presença todas as nações e ele separará os homens uns dos outros, como o pastor separa as ovelhas dos cabritos, e porá as ovelhas à sua direita e os cabritos à sua esquerda. Então dirá o rei aos que estiverem em sua direita: “Vinde, benditos de meu Pai, recebei por herança o Reino preparado para vós desde a fundação do mundo. Pois tive fome e me deste de comer. Tive sede e me deste de beber. Era forasteiro e me recolhestes. Estive nu e me vestistes, preso e viste ver-me. Então os justos lhes responderão: ‘Senhor, quando foi que te vimos com fome e te alimentamos, com sede e te demos de beber? Quando foi que te vimos forasteiro e te recolhemos ou nu e te vestimos? Quando foi que te vimos doente ou preso e fomos te ver?’ Ao que lhes responderá o rei: ‘Em verdade vos digo: cada vez que o fizestes a um desses meus irmãos mais pequeninos, a mim o fizestes.’ Em seguida dirá aos que estiverem à sua esquerda: ‘Apartai-vos de mim, malditos, para o fogo eterno preparado para o diabo e para os seus anjos. Porque tive fome e não me destes de comer. Tive sede e não me destes de beber. Fui forasteiro e não me recolhestes. Estive nu e não me vestistes, doente e preso, e não me visitastes. Então, também eles responderão: ‘Senhor, quando é que te vimos com fome ou com sede, forasteiro ou nu, doente ou preso e não te servimos?’ E ele responderá com estas palavras: ‘Em verdade vos digo: todas as vezes que deixastes de fazer a um desses pequeninos, foi a mim que o deixastes de fazer.’ E irão estes para o castigo eterno, enquanto os justos irão para a vida eterna.” (Mt 25,31-46).  

domingo, 30 de outubro de 2016

ZAQUEU

XXXI DOMINGO DO TEMPO COMUM

"ELE PROCURAVA VER QUEM ERA JESUS..." - (Lc 19, 3).

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Diácono Milton Restivo

No Evangelho segundo Lucas Jesus continua sua caminhada rumo a Jerusalém.
A cidade de Jericó fica no caminho de quem vem do norte, da Galiléia, para o sul, Jerusalém.
Estavam com Jesus aqueles que o seguiam por onde quer que fosse; homens e mulheres, discípulos seus, que eram companhia permanente, mas tinha, também, os curiosos ocasionais que se aproximavam apenas para se inteirarem das novidades.
Quando chegava nos vilarejos e nas cidades, o povo desses lugares, ao tomar conhecimento que Jesus se aproximava, saia ao seu encontro, uns por curiosidade, outros querendo ver milagres ou buscando a recuperação da saúde e outros ainda desejosos de beber da sabedoria do Mestre.
Ao chegar às portas de Jericó, um desses “que procurava ver quem era Jesus” era “um homem chamado Zaqueu”.
Zaqueu era um personagem famoso e famigerado na cidade, bem conhecido por todos, mas odiado por muitos porque era “chefe dos cobradores de impostos e muito rico”. Rico demais, daqueles para os quais a porta do Reino dos céus parece por demais estreita. 

sábado, 29 de outubro de 2016

CONVERSANDO COM A MÃE...

CONVERSANDO COM A MÃE...

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Virgem escolhida por Deus  para ser a mãe de Deus e nossa mãe. A Senhora  que “ouviu a palavra e a pôs em prática”, ensina-nos a ouvir a palavra de Deus e a colocá-la em prática, para que o Senhor Nosso Deus, pelas nossas ações, atitudes e gestos, seja adorado e glorificado. 
Virgem Mãe, Maria, a Senhora que soube dizer “sim” ao apelo de Deus para que a Senhora também fosse instrumento no plano de salvação do Senhor para todos os homens, ensina-nos a sempre dizer ``sim`` a todo e qualquer chamamento de Deus para transformar o mundo em que vivemos num mundo mais humano, mais justo e mais livre. 
Hoje, todos nós que a amamos como verdadeira mãe de Deus e nossa, nos colocamos aos seus pés, e humildemente pedimos pelas nossas necessidades, pelas necessidades de nossas comunidades cristãs, pelos nossos pastores, pelos nossos governantes. 
Todos nós que amamos a Senhora como nossa verdadeira mãe na ordem espiritual, mãe que nos foi dada pelo próprio Senhor Jesus Cristo nos estertores de sua morte no alto do Calvário, nos colocamos aos seus pés e suplicamos pelos nossos doentes, por aqueles irmãos que,  de longa data, se encontram recolhidos em uma cama, em um leito, no hospital, em casa, num asilo.

sexta-feira, 28 de outubro de 2016

SÃO JUDAS TADEU

SÃO JUDAS TADEU

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Judas Tadeu é claramente distinto de Judas Iscariotes, outro discípulo que seria o traidor de Jesus. Judas é uma tradução do nome Ιούδας do original grego do Novo testamento, o que por sua vez é uma variante de Judá, um nome muito comum entre os judeus da época. "Judas, irmão de Tiago" ou "Judas de Tiago" é mencionado apenas duas vezes no Novo Testamento: nas listas apostólicas de Lucas, no Evangelho e nos Atos dos Apóstolos
O Evangelho de João também menciona uma vez - em João, 14,22 um discípulo chamado "Judas (não o Iscariotes)", o que geralmente é aceito como sendo Judas Tadeu , embora alguns estudiosos vejam esta identificação como sendo incerta. A frase "Judas de Tiago" pode igualmente ser entendida como uma relação entre irmãos ou de pai e filho e, por isso, as opiniões se dividem sobre Judas, o apóstolo, ser a mesma pessoa que Judas, irmão de Jesus, que é mencionado em Marcos, 6,3 e Mateus 13,55-57 (juntamente com outros irmãos de Jesus, inclusive Tiago, o Justo), considerado pela tradição como sendo o autor da Epístola de Tiago.

quinta-feira, 27 de outubro de 2016

FIQUEM PREPARADOS, PORQUE O FILHO DO HOMEM VIRÁ NUMA HORA EM QUE VOCÊS MENOS PENSAREM.

FIQUEM PREPARADOS, PORQUE O FILHO DO HOMEM VIRÁ NUMA HORA EM QUE VOCÊS MENOS PENSAREM.

           
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  O Divino Mestre adverte seus discípulos para vigiarem e não serem surpreendidos: “Como nos dias de Noé, será a vinda do Filho do Homem. Com efeito, como naqueles dias que precederam o dilúvio, estavam eles comendo e bebendo, casando-se e dando-se em casamento, até o dia em que Noé entrou na arca, e não perceberam nada, até que veio o dilúvio  e os levou a todos. Assim acontecerá na Vinda do Filho do Homem. E estarão dois homens no campo: um será tomado e o outro deixado. Estarão duas mulheres moendo no moinho: uma será tomada e a outra deixada.” (Mt 24,37-42).  
Apesar das ameaças bíblicas, dessas chamadas de atenção, os homens continuam arrogantes, malfeitores e nada vigilantes para a vinda do Filho do Homem, que pode acontecer a qualquer momento e pegar a todos desprevenidos, despreparados e preocupados com as coisas materiais e explorando uns aos outros. 
Mas, para todos esses anúncios do final dos tempos e essas palavras de ameaças, o Senhor Nosso Deus adverte os seus eleitos e reserva para eles palavras de conforto, de fé, esperança, de segurança, e os conclama à penitência: “Agora, portanto - oráculo de Yahweh - retornai a mim de todo o vosso coração, com jejum, com lágrimas e com lamentação.” Rasgai os vossos corações, e não as vossas roupas, retornai a Yahweh, vosso Deus, porque ele é bondoso e misericordioso, lento na ira e cheio de amor, e se compadece da desgraça. Quem sabe? Talvez ele volte atrás, se arrependa e deixe atrás de si uma benção, oblação e libação para Iahweh, vosso Deus.” (Jl 2,12-14).

quarta-feira, 26 de outubro de 2016

A HUMILDADE DE MARIA RETRATADA EM NOSSA SENHORA APARECIDA

A HUMILDADE DE MARIA RETRATADA EM NOSSA SENHORA APARECIDA

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A história do Brasil parece um imenso andor de Nossa Senhora, andor esse carregado pelo povo simples, humilde e pobre através dos tempos. Só que o povo não aparece, o povo pobre não faz propaganda de si próprio e nem carrega placas com o seu nome no peito ou estende faixas nas ruas contando as suas vantagens, como fazem os  demagogos e corruptos políticos. 
O povo pobre, simples e humilde faz questão é de ficar escondido atrás do nome de Maria. O que deve aparecer realmente para o povo pobre e humilde é o nome e a imagem de Nossa Senhora, a nossa Maria,  que é aclamada e invocada por milhares e milhões de vozes que cantam e rezam sem parar a Ave Maria... 
Carregando o andor de Nossa Senhora, a nossa Maria, o povo carrega pelas ruas a sua esperança de um dia poder chegar lá onde Maria já chegou, isto é, gozar da liberdade total dos filhos de Deus. A história de Maria é a imagem  da história do povo  humilde; a história do povo pobre e simples se confunde com a história de Maria. 
A história de Maria é uma história que ainda não terminou; a história de Maria continua até hoje  mas pequenas e grandes histórias do povo. 
Maria, moça pobre, simples e humilde de uma cidadezinha do interior da Palestina é saudada até hoje por milhares e milhões de pessoas; o povo todo a invoca e a venera. Maria mesmo preveniu isso quando disse à sua prima Isabel: “De hoje em diante  todas as nações vão me chamar de bem-aventurada.”  (Lc 1, 48).

terça-feira, 25 de outubro de 2016

FREI GALVÃO – SANTO ANTONIO DE SANT’ANNA GALVÃO

FREI GALVÃO – SANTO ANTONIO DE SANT’ANNA GALVÃO

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Santo Antônio de Sant’Ana Galvão, OFM, mais conhecido como Frei Galvão (Guaratinguetá, 1739 - São Paulo, 23 de dezembro de 1822) foi frade e primeiro santo nascido no Brasil. Foi canonizado pelo papa Bento XVI durante sua visita ao Brasil (São Paulo) em 11 de maio de 2007.

Biografia
O pai, Antônio Galvão de França, nascido em Portugal, era o capitão-mor da vila. Sua mãe, Isabel Leite de Barros, era filha de fazendeiros, bisneta do famoso bandeirante Fernão Dias Pais, o “caçador de esmeraldas”.
Antônio viveu com seus irmãos numa casa grande e rica, pois seus pais gozavam de prestígio social e influência política. O pai, querendo dar uma formação humana e cultural segundo suas possibilidades econômicas, mandou o filho com a idade de treze anos para o Colégio de Belém, dos padres jesuítas, na Bahia, onde já se encontrava seu irmão José.
Lá fez grandes progressos nos estudos e na prática cristã, de 1752 a 1756. Queria tornar-se jesuíta, mas por causa da perseguição movida contra a Ordem pelo Marquês de Pombal, seu pai o aconselhou a entrar para os franciscanos, que tinham um convento em Taubaté, não muito longe de Guaratinguetá. Assim, renunciou a um futuro promissor e influente na sociedade de então, e aos 16 anos, entrou para o noviciado na Vila de Macacu, no Rio de Janeiro. 

segunda-feira, 24 de outubro de 2016

SANTO ANTÔNIO MARIA CLARET


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O quinto dos onze filhos de Antonio Claret e Josefa Clará nasceu em 23 de dezembro de 1807, no povoado de Sallent, diocese de Vic, Barcelona, Espanha. Foi batizado no dia de Natal e recebeu o nome de Antonio Claret y Clara. Na família aprendeu o caminho do seguimento de Cristo, a devoção à Maria e o profundo amor à Eucaristia.
Cedo aprendeu a profissão do pai e depois a de tipógrafo. Na adolescência ouviu o chamado para servir à Deus. Assim, acrescentou o nome de “Maria” ao seu, para dar testemunho de que a ela dedicaria sua vida de religioso. E foi uma vida extraordinária dedicada ao próximo. Antônio Maria Claret trabalhou com o pai numa fábrica de tecidos e Aos vinte e um anos, depois de ter recusado empregos bem vantajosos, ingressou no Seminário de Vic, pois queria ser monge cartuxo. Mas lá percebeu sua vocação de padre missionário.
Em 1835 recebeu a ordenação sacerdotal e foi nomeado pároco de sua cidade natal. Quatro anos depois foi para Roma e se dirigiu à Propaganda Fides onde se apresentou para ser missionário apostólico. Foram anos de trabalho árduo e totalmente dedicado ao ministério pastoral na Espanha, que muitos frutos trouxeram para a Igreja. Em 1948 foi enviado para a difícil região das Ilhas Canárias. 

domingo, 23 de outubro de 2016

A PARÁBOLA DO FARISEU E DO PUBLICANO

XXX DOMINGO DO TEMPO COMUM

“MEU DEUS, TEM PIEDADE DE MIM, QUE SOU PECADOR”. (Lc 18,9-14).

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Diácono Milton Restivo 

No Evangelho de hoje Lucas transmite a parábola do fariseu e do publicano, que só se encontra no seu Evangelho, que estão em oração no Templo, narrada por Jesus.
A citação chave sobre a missão de Jesus no nosso meio está contida em Lucas 19,10: “De fato, o Filho do Homem veio procurar e salvar o que estava perdido”.
Ao apresentar Jesus como aquele que o Pai enviara para “procurar e salvar o que estava perdido”, Lucas inclui passagens no seu evangelho de pessoas discriminadas que não são narradas nos demais evangelhos, como o relato da mulher considerada pecadora que adentra a casa de um fariseu durante uma refeição para lavar os pés de Jesus com suas lágrimas e os enxugar com seus cabelos (Lc 7,36-50); a parábola do fariseu e o publicano que se dirigem ao Templo para rezar, que meditaremos hoje (Lc 18,9-14); a história do publicano Zaqueu que queria ver Jesus, (Lc 19,1-10), e o perdão do ladrão na cruz, (Lc 23,39-43).
Essas narrativas só se encontram no Evangelho segundo Lucas.
No Evangelho de Lucas Jesus está sempre se relacionando com publicanos, pecadores, doentes, leprosos, mulheres, gentios, samaritanos, viúvas, pobres ou crianças, que eram menosprezados, discriminados e considerados, pelos fariseus e doutores da Lei como malditos por não terem acesso à Lei de Moisés que somente era conhecida pela classe elitizada: “Maldito seja aquele que não mantém as palavras desta Lei, não pondo-as em prática”. (Dt 27,26; Gl 3,10). 

sábado, 22 de outubro de 2016

BEM-AVENTURADO CONTARDO FERRINI - 1859-1902

BEM-AVENTURADO CONTARDO FERRINI - 1859-1902

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Contardo Ferrini tinha extrema inteligência. Filho de Rinaldo e Luíza, ambos, desde cedo, cuidaram para o integral desenvolvimento de sua potencialidade. Seu pai, um professor e engenheiro, incutiu-lhe o desejo de buscar o conhecimento nas fontes verdadeiras e uni-lo à fé. 
Esta última parte sempre foi muito desprezada pela maioria dos intelectuais. Porém Contardo foi um dos juristas mais apreciados e um dos grandes romancistas do seu tempo. Um grande professor e intelectual, mas muito diferente e especial também. 
O que o tornava realmente destacado era sua dedicação religiosa, num tempo em que a Igreja atravessava profunda crise de fé e enfrentava grande oposição. Já era assim quando nasceu, no dia 5 de abril de 1859, em Milão, Itália. 
E continuaria sendo nas décadas seguintes. No plano intelectual, foi brilhante. Com dezessete anos, já havia estudado hebraico, siríaco, sânscrito, copta e iniciava o curso de Direito na Universidade de Pávia. 
Especializou-se em direito romano e para isso, além de estudar latim, grego e alemão, paralelamente aprendeu espanhol, inglês e francês. 
Laureado em 1880, como prêmio a universidade deu-lhe uma bolsa de estudos, o que proporcionou-lhe a oportunidade de estudar na Universidade de Berlim. 
Com vinte e quatro anos, já lecionava direito criminal e direito romano, viajando pelo exterior e realizando conferências e palestras.

sexta-feira, 21 de outubro de 2016

SANTA ÚRSULA E COMPANHEIRAS - SÉCULO IV

SANTA ÚRSULA E COMPANHEIRAS - SÉCULO IV

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Úrsula nasceu no ano 362, filha dos reis da Cornúbia, na Inglaterra. Era uma linda menina, meiga, inteligente e caridosa. Cresceu muito ligada à religião, seguindo aos princípios da fé e amor em Cristo. A fama de sua beleza se espalhou e logo os pedidos de casamento sugiram.
Mas, por motivos políticos, seu pai aceitou a proposta feita pelo duque Conanus, pagão, oficial de um grande exército amigo.
Quando soube que o pretendente não era cristão, Úrsula primeiro recusou, mas depois, devendo obediência à seu pai e rei, aceitou, com a condição de esperar três anos. Período que achou suficiente para o duque se converter, ou desistir da aliança. Para isso rezava muito junto com suas damas da corte.
Mas parecia ser um matrimônio inevitável. Na época acertada a uma expedição, com dois navios, partiu levando Úrsula e suas damas. Eram jovens virgens como ela e se casariam também, com guerreiros escolhidos pelo duque Conanus. As lendas e tradições falam em onze mil virgens, mas, depois, outros escritos da época e pesquisas arqueológicas revelaram que eram onze meninas. 

quinta-feira, 20 de outubro de 2016

SANTA MARIA BERTILLA BOSCARDIN - 1888-1922

SANTA MARIA BERTILLA BOSCARDIN - 1888-1922

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Uma simples camponesa pôde demonstrar, com suas atitudes diárias, que mesmo sem êxtases, sem milagres, sem grandes feitos, o ser humano traz em si a santidade e a marca de Deus em sua vida. Se vivermos com pureza e fé, a graça divina vai se manifestar em cada detalhe da nossa vida.
A prova disso foi a beatificação da Irmã Maria Bertilla, pelo Papa Pio XII, em 1952, quando ele disse: “É uma humilde camponesa”. Era ela, que nasceu na família dos Boscardin, em 06 de outubro de 1888, na cidade de Vicenza, na Itália e recebeu o nome de Ana Francisca, no batismo. Os pais eram simples camponeses e sua infância transcorreu entre o estudo e os trabalhos do campo, rotina natural dos filhos e filhas de agricultores dessa época.
Aos dezessete anos, mudou o modo de encarar a vida e ingressou no convento das Irmãs Mestras de Santa Dorotéia dos Sagrados Corações, quando adotou o nome de Maria Bertilla. Paralelamente estudou e se diplomou como enfermeira, de modo que pôde tratar os doentes com ciência e fé, os quais assistia com carinho de irmã e mãe. Teve uma existência de união com Deus no silêncio, no trabalho, na oração e na obediência. Isso se refletia na caridade com que se relacionava com todos: doentes, médicos e superiores. Mas, era submetida a constantes humilhações por uma superiora.
Depois, foi enviada para trabalhar no hospital de Treviso, mais ao norte do país. Tinha apenas vinte e dois anos de idade quando além de enfrentar a doença no próximo teve que enfrentá-la em si mesma também. Logo foi operada de um tumor e, antes que pudesse se recuperar totalmente, já estava aos pés dos seus doentes outra vez. As humilhações pessoais continuavam, agora associadas as dores físicas. 

quarta-feira, 19 de outubro de 2016

SÃO PAULO DA CRUZ - 1694-1775

SÃO PAULO DA CRUZ - 1694-1775

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Fundou a Congregação Clérigos Descalços da Santa Cruz e Paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo " Padres Passionistas". Foi aos dezenove anos de idade, após ouvir um sermão sobre a Paixão de Cristo, que Paulo Francisco Danei decidiu-se pela vida religiosa.
Nascido em Ovada, na Alexandria, região norte da Itália, no dia 3 de janeiro de 1694, era o primeiro dos dezesseis filhos de um casal de nobres e fervorosos cristãos. 
Apesar do nome e da posição social, a família não possuía fortuna. Seu pai era um dedicado comerciante que viajava muito. 
Desde a infância Paulo acostumou-se a acompanhar o pai, primeiro como seu companheiro, depois, também, para ajudá-lo nos negócios. Também desde pequeno se entregava a exercícios de oração e penitência e à leitura da vida dos santos, encantando-se, especialmente, com a dos eremitas. Gostava de ir à igreja para rezar o terço. 
Essa rotina floresceu e fez crescer sua vocação. Quando ouviu o sermão que o tocou, já pertencia à Irmandade de Santo Antônio. Primeiro pensou em alistar-se como voluntário na cruzada contra os turcos, organizada pelo exército veneziano.

terça-feira, 18 de outubro de 2016

SANTO LUCAS EVANGELISTA

SANTO LUCAS EVANGELISTA

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Lucas é um dos quatro evangelistas. O seu evangelho é reconhecido como o do amor e da misericórdia. Foi escrito sob o signo da fé, nos tempos em que isso podia custar a própria vida. Mas falou em nascimento e ressurreição, perdão e conversão, na salvação de toda a humanidade. Além do Terceiro Evangelho, escreveu os Atos dos Apóstolos, onde registrou o desenvolvimento da Igreja na comunidade primitiva, relatando os acontecimentos de Jerusalém, Antioquia e Damasco, nos deixando o testemunho do Cristo da bondade, da doçura e da paz.
Lucas nasceu na Antioquia, Síria, era um médico e pintor, muito culto que foi convertido e batizado por São Paulo. No ano 43 já viajava ao lado do apóstolo, sendo considerado seu filho espiritual. Escreveu o seu evangelho em grego puro, quando São Paulo quis pregar a Boa Nova aos povos que falavam aquele idioma. Os dois sabiam que, lhes mostrar o caminho na própria língua, facilitaria a missão apostólica. Assim, através de seus escritos, Lucas tornou-se o relator do nascimento de Jesus, o principal biógrafo da Virgem Maria e o primeiro expressa-la através da pintura. 

segunda-feira, 17 de outubro de 2016

A PARÁBOLA DA VIÚVA E DO JUIZ DE CORAÇÃO DURO

A PARÁBOLA DA VIÚVA E DO JUIZ DE CORAÇÃO DURO

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O Evangelho coloca-nos diante de uma parábola que nos ensina a respeito da oração paciente, persistente e perseverante: “Jesus contou aos discípulos uma parábola para mostrar-lhes a necessidade de rezar sempre, sem nunca desistir”. (Lc l8,1).
O propósito dessa parábola é de ensinar a perseverança na oração. Devemos “rezar sempre, sem nunca desistir”. Orar sempre, continuamente.
É fundamental que estejamos presentes na oração. Às vezes, corremos o risco de, quando rezamos, agirmos como crianças levadas que tocam a campainha da casa e depois saem correndo; elas se afastam antes que a porta seja atendida. Não devemos apenas bater, mas insistir, sem esmorecer: “Peçam, e lhes será dado! Procurem, e encontrarão! Batam, e abrirão a porta para vocês! Pois, todo aquele que pede, recebe; quem procura, acha; e a quem bate, a porta será aberta”. (Lc 11,9-10; Mt 7,7-8).
Nesta parábola o juiz é apresentado como um homem de coração duro e insensível, sem princípios, que não temia a Deus e não tinha consideração para com os homens; não era religioso e nem mesmo humanitário e era descaradamente corrupto. Uma viúva que se sentia injustiçada por alguém, veio a esse juiz pedir justiça: “Faça-me justiça contra o meu adversário!’ (Lc 18,3b), mas foi ignorada por muito tempo pelo juiz. Era a arrogância extrema contra a total impotência.
Porque Jesus coloca uma viúva como a injustiçada? Porque a viúva tem um lugar de destaque ao inverso nos escritos sagrados, que não é de privilégios, mas de abandono total. A viúva, tanto no Antigo como no Novo Testamento, era uma pessoa discriminada, porque a sua situação era de total insegurança e desconforto social. 

sábado, 15 de outubro de 2016


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Nunca um santo ou santa se mostrou tão “carne e osso” como Teresa Dávila, ou Teresa de Jesus, nome que assumiu no Carmelo. Nascida no dia 28 de março de 1515, Seus pais, Alonso Sanchez de Cepeda e Beatriz D’Ávila y Ahumada, a educaram junto com os irmãos dentro do exemplo e dos princípios cristãos. Aos sete anos, tentou fugir de casa e peregrinar ao oriente para ser martirizada pelos mouros, mas foi impedida. A leitura da vida dos santos mártires tinha sobre ela uma força inexplicável e, se não fossem os parentes terem encontrado por acaso, teria fugido, levando consigo o irmão Roderico.
Órfã de mãe aos doze anos, Teresa assumiu Nossa Senhora como sua mãe adotiva. Mas o despertar da adolescência a levou a ter experiências excessivas ao lado dos primos e primas, tornando-se uma grande preocupação para seu pai. Aos dezesseis anos, sua atração pelas vaidades humanas era muito acentuada. Por isto, ela a colocou para estudar no colégio das agostinianas em Ávila. Após dezoito meses uma doença grave a fez voltar para receber tratamento em casa de seu pai, o qual se culpou por isto.
Neste período, pela primeira vez, Teresa passou por experiências espirituais místicas, de visões e conversas com Deus. Todavia as tentações mundanas não a abandonavam. Assim atormentada, desejando seguir com segurança o caminho de Cristo, em 1535, já com vinte anos, decidiu se tornar religiosa, mas foi impedida pelo pai. Como na infância resolveu fugir, desta vez, com sucesso. Foi para o Convento Carmelita da Encarnação de Ávila.
Entretanto a paz não era sua companheira mais presente. Durante o noviciado, novas tentações e mais o relaxamento da fé não pararam de atormentá-la. Um ano depois, contraiu outra doença grave, quase fatal, e novamente teve visões e conversas com o Pai.

sexta-feira, 14 de outubro de 2016

CÍRIO DE NOSSA SENHORA DE NAZARÉ

CÍRIO DE NOSSA SENHORA DE NAZARÉ

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Nossa Senhora de Nazaré é um dos títulos dados a Maria, Mãe de Jesus. A devoção teve início em Portugal e espalhou-se pelas colônias portuguesas. No Brasil a devoção a Nossa Senhora de Nazaré tem grande expressão em Belém do Pará através do Círio de Nazaré, que se tornou uma das maiores procissões católicas do mundo, reunindo anualmente cerca de dois milhões de pessoas.

Origem da devoção em Portugal.
Segundo a tradição, a sagrada imagem de Nossa Senhora de Nazaré foi esculpida por São José, em Nazaré, na Galiléia, sendo mais tarde pintada por São Lucas. No século sexto foi levada para a Espanha permanecendo no Mosteiro de Cauliniana, perto de Mérida, até 711, ano em que após a batalha de Guadalete foi levada para Portugal, onde permaneceu escondida, quase ignorada numa gruta do litoral, até ao ano de 1182, quando o cavaleiro D. Fuaz Roupinho, por sua interceção, foi salvo milagrosamente, conforme conta a Lenda de Nazaré. O título desta invocação mariana veio a dar o nome à vila de Nazaré, onde a imagem é venerada no Santuário de Nossa Senhora de Nazaré. Esta devoção mariana foi conhecida em todo o Imperio Português, sobretudo devido à acção evangelizadora dos Jesuítas que consagraram a Nossa Senhora da Nazaré a sua principal casa de noviciado, em Lisboa, a capital do Império.

A devoção no Brasil
Em Saquarema
No ano de 1630, no dia 8 de setembro, a pós uma forte tempestade, um pescador saiu para ver suas redes próximo ao mar de Saquarema. Ao passar pela colina, onde hoje está erguida a Matriz encontrou próximo ao Costão, morro de pedras que fica localizado no centro da cidade, uma forte luz. Decidiu então chegar mais próximo e encontrou uma imagem de Maria (Mãe de Jesus, deu-lhe então o título Nossa Senhora de Nazareth.

quinta-feira, 13 de outubro de 2016


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Os esclarecimentos que se tem, sobre o ocorrido com estes missionários franciscanos, se deve graças a duas cartas encontradas nas suas residências. Os estudiosos consideraram também autêntica a carta de um certo Mariano de Genova que escrevera ao Irmão Elias de Cortona, comunicando o destino glorioso dos missionários. Este documento teria sido escrito poucos dias após os acontecimentos, e fazem parte dos arquivos da Igreja.
O Irmão Elias de Cortona era o superior da Ordem, em 1227, quando os sete franciscanos, navegaram da Itália para a Espanha, desejosos de se transferirem para o Marrocos, na África, onde pretendiam converter os muçulmanos. Era um período de grande entusiasmo missionário nas jovens Ordens franciscanas. Fortalecidas pela memória de São Francisco, que morrera no ano anterior. O chefe do grupo era Daniel, nascido em Belvedere na Calábria, que também ocupava o cargo de ministro provincial da Ordem naquela região, os outros se chamavam Samuel, Ângelo, Donulo, Leão, Nicolas e Hugolino. Após uma breve permanecia na Espanha, se transferiram para a cidade de Ceuta no Marrocos.
Era um ato verdadeiramente corajoso, porque as autoridades marroquinas haviam proibido qualquer forma de propaganda da fé cristã. No início, e por pouco tempo, trabalharam nas nos inúmeros mercados de Pisa, Genova e Marsiglia, enquanto residiam em Ceuta. Depois, nos primeiros dias de outubro de 1227, decidiram iniciar as pregações entre os infiéis.

quarta-feira, 12 de outubro de 2016

NOSSA SENHORA APARECIDA – RAINHA E PADROEIRA DO BRASIL


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Não bastasse ser um dos maiores países católicos do planeta, o Brasil tem também um dos maiores centros de peregrinação mariana da cristandade do mundo. Trata-se, é claro, do santuário de Nossa Senhora Aparecida, em Aparecida, São Paulo. A cidade foi batizada com o nome da Senhora, “Aparecida” das águas, mas o Brasil inteiro também recebeu sua bênção desde o nascimento, graças aos descobridores e colonizadores que a tinham como advogada junto a Deus nas desventuras das expedições. A fé na Virgem Maria cresceu com os séculos e a confiança não esmoreceu, só se fortaleceu.
Em 1717, quando da visita do governador a Guaratinguetá, foi ordenado aos pescadores que recolhessem do rio Paraíba a maior quantidade possível de peixes, para que toda a comitiva pudesse ser alimentada e festejada com uma grande recepção. Todos se lançaram às águas com suas redes. Três deles, Domingos Garcia, João Alves e Filipe Pedroso partiram juntos com suas canoas e juntos também lançaram as redes por horas e horas, sem pegar um único peixe. De repente, na rede de João Alves apareceu o corpo da imagem de uma santa.

terça-feira, 11 de outubro de 2016

SANTO ALEXANDRE SAULI


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A família Sauli fazia parte da nobre corte de Genova e muito ligada à Igreja. Nela havia inúmeras figuras de destaque e influência na política, ricas e poderosas, tendo tradição de senadores e administradores para aquela costa marítima tão importante da Itália. No seio deles nasceu Alexandre, no dia 15 de fevereiro de 1534, em Milão. No batizado sua mãe o consagrou à Virgem Maria. Desde a tenra idade queria seguir a vida religiosa. E na adolescência ele dispensou uma brilhante carreira na corte do rei Carlo V, conhecido como o senhor da Europa e da América, para seguir sua vocação.
Aos dezessete anos de idade, entrou no Colégio do Clero Regular de São Paulo, da igreja milanesa de São Barnabé, tradicionalmente freqüentada por sua família. Onde se entregou por completo à obediência das regras da vida comum com severas tarefas religiosas. Abandonou tudo o que possuía, tornando-se um verdadeiro seguidor de Cristo. Ordenado sacerdote, Alexandre Sauli exerceu o ministério como professor de noviços e formador de padres barnabitas. Depois, foi nomeado pelo arcebispo de Milão, Carlo Borromeo, agora Santo, como teólogo e decano da Faculdade Teológica de Pávia. Em 1565, aos trinta e um anos de idade foi eleito Superior Geral da Ordem, empenhando-se para manter vivo o espírito original do fundador. Considerado por seu dom de conselho, tornou-se o confessor do próprio São Carlo Borromeo, e orientador espiritual de muitas pessoas ilustres do seu tempo, tanto religiosos como leigos.
Em 1567, foi nomeado Bispo de Aléria, na ilha de Córsega, França.

segunda-feira, 10 de outubro de 2016

SANTO FRANCISCO BORJA


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Príncipe da Espanha, Francisco nasceu na família dos Bórgia, em português Borja, no dia 28 de outubro em Gáudia, Valença, Espanha. Teve o mérito redimir completamente a má fama precedente desta família desde a remota e obscura época Medieval, notadamente em Roma. Ele era parente distante do Papa Alexandre VI e sobrinho do rei católico Fernado II, de Aragão e Castela. Os Borgias de então já eram muito piedosos e castos, o que lhe garantiu uma educação esmerada, dentro dos princípios cristãos, possibilitando o pleno exercício de sua vocação de vida dedicada somente à Deus.
Mesmo vivendo numa corte de luxo e de seduções mundanas, Francisco se manteve sempre firme na busca de diversões sadias e no estudo compenetrado e sério. Na infância foi pagem da corte do rei Carlos V, depois seu amigo confidente. Como não gostava dos jogos, ao contrário da maioria dos jovens fidalgos da época, cresceu entre os livros. Mas abominava os fúteis. Preferia os de cultura clássica, principalmente os de assunto religioso. Esta mesma educação ele repassou, mais tarde, pessoalmente aos seus oito filhos.
Tinha dezenove anos quando se casou com Eleonora de Castro e, aos vinte, recebeu o título de marquês. Apesar do acúmulo das atribuições políticas e administrativas, foi um pai dedicado e atencioso, levando sempre a família a freqüentar os sacramentos e a se unir nas orações diárias.
O mesmo tino bondoso e correto utilizou para cuidar do seu povo, quando se tornou vice-rei da Catalunha. A História mostra que a administração deste príncipe espanhol foi justa, leal e cristã.

domingo, 9 de outubro de 2016

OS DEZ LEPROSOS

OS DEZ LEPROSOS

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No Evangelho de hoje Jesus continua a sua caminhada rumo a Jerusalém para o seu sacrifício supremo. Lucas nos diz que Jesus estava atravessando a Galiléia e a Samaria. Portanto ele caminhava para sul. Nessa jornada vêm ao encontro de Jesus dez leprosos.
Somente Lucas descreve este acontecimento, e isso aconteceu nos últimos dias da vida do Mestre. A lepra era uma doença terrível, degeneradora e asquerosa. Segundo uma antiga descrição, as úlceras vinham gradualmente nas diferentes partes do corpo: os cabelos caíam, as sobrancelhas desapareciam, as unhas amoleciam e caiam e mais tarde os dedos das mãos e dos pés apodreciam e caiam, as gengivas contraiam-se e os dentes desapareciam, os olhos, o nariz, a língua, pouco a pouco desapareciam. Era terrível de suportar e de se ver, e não tinha cura.
Os leprosos eram expulsos de suas famílias, de suas casas e de suas aldeias e eram obrigados a vagar por lugares ermos e pelos desertos, não podendo, sob hipótese alguma, ter contato com ninguém e nenhuma pessoa sã poderia aproximar-se de um leproso porque, além de ser uma doença altamente contagiosa, existiam as determinações doutrinárias de que, quem se aproximasse de um leproso ou nele tocasse, ficaria impuro e também era isolado até provar que não havia contagiado a doença. Com certeza, os leprosos, além de perderem família, trabalho, amigos, moradia, perdiam também a auto-estima, a dignidade humana e a alegria de viver.

sábado, 8 de outubro de 2016

SÃO JOÃO CALÁBRIA -1873-1954

SÃO JOÃO CALÁBRIA -1873-1954

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Fundou as Ordens dos Pobres Servos e das Pobres Servas da Divina Providência. João Orestes Maria Calábria, seu nome de batismo, nasceu em 8 de outubro de 1873, em Verona, Itália, sétimo filho de uma família cristã muito humilde. 
O pai, Luís, era sapateiro e a mãe, Ângela, uma empregada doméstica e cristã exemplar. Desde pequeno, João teve uma saúde frágil, agravada ainda pela grande fome que atingira a região do Vêneto, norte da Itália, em sua infância, deixando-o subnutrido. 
Quando o pai faleceu, teve de interromper o quarto ano do ensino básico para trabalhar como garçom. Com a ajuda de padres amigos da família, começou a estudar para entrar no seminário e, em 1892, conseguiu ingressar no de Verona. 
Muito preocupado com os necessitados, desde o início teve a preocupação de visitar os doentes, mas desdobrava-se na catequese das crianças abandonadas, suas prediletas. 
Em 1894, foi chamado para o serviço militar. Esta fase, segundo seus orientadores, seria interessante para colocar à prova sua verdadeira vocação sacerdotal. Logo foi escalado para a enfermaria do hospital militar, onde se dedicou de corpo e alma a cuidar dos enfermos. 
Após dois anos, retornou ao seminário, onde foi aprovado como noviço. Mas o seminarista Calábria nunca mais deixaria de visitar o hospital militar. 
Em 1901, recebeu sua ordenação sacerdotal. Designado para o ministério na diocese de Verona, deixou sua marca de bom pastor em várias paróquias onde atuou.

sexta-feira, 7 de outubro de 2016

NOSSA SENHORA DO ROSÁRIO

NOSSA SENHORA DO ROSÁRIO

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O Rosário é uma forma de oração muito antiga, usada pelos cristãos dos primeiros tempos. Desde os monges do oriente, até os beneditinos e agostinianos, era costume contar as preces com pedrinhas. 
Aliás, foi um beneditino, o venerável Santo Beda, a sugerir que elas fossem enfileiradas em um cordão, para facilitar o transporte e manuseio. 
A prática da oração do Rosário, como conhecemos hoje, nasceu no início do século XVII. E se tornou de grande valia na solução de um problema relevante das novas Ordens de frades mendicantes, franciscanos e dominicanos, onde a maioria era de analfabetos. 
Nessa época, o Papa Inocêncio III decidiu colocar um fim à heresia albigense, instalada no sul da França. O pontífice enviou para lá dois sacerdotes, 
Diego de Aceber e Domingos de Gusmão. Como o primeiro teve morte súbita, a missão ficou por conta do segundo. Mas a questão foi resolvida com muita eficiência, pois ele acabou contando com uma forte aliada: a Virgem Maria. Diz a tradição que em 1207, o então fundador da Ordem dominicana estava na cidade francesa de Santa Maria de Prouille inaugurando o primeiro convento feminino de sua congregação. Na capela desse convento, Nossa Senhora apareceu à Domingos de Gusmão e lhe ensinou a oração do Rosário, para ser difundida como arma da fé contra todos os inimigos do cristianismo e também, para a salvação dos fieis.

quinta-feira, 6 de outubro de 2016

SÃO BRUNO


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Em meados do primeiro milênio depois de Cristo, Hugo, o Bispo da diocese francesa de Grenoble, sonhou certa vez com sete estrelas que brilhavam sobre um lugar escuro, muito deserto. Achou estranho. Algum tempo depois, foi procurado por sete nobres e ricos, que queriam se converter à vida religiosa e buscavam sua orientação, por causa da santidade e do prestígio do bispo.
Hugo, reconhecendo na situação o sonho que tivera, ouviu-os com atenção e ofereceu-lhes fazer sua obra num lugar de difícil acesso, solitário, árido e inóspito. Assim tiveram todo seu apoio episcopal. Estes homens buscavam apenas o total silêncio e solidão para orar e meditar. Tudo o que desejavam, ou seja, queriam atingir a elevação espiritual, cortando definitivamente as relações com as coisas mundanas. Eles eram Bruno e seus primeiros seis seguidores e a ordem que fundaram, a dos monges Cartuxos.
Bruno era um nobre e rico fidalgo alemão, que nasceu e cresceu na bela cidade de Colônia, em 1035. Sua família era conhecida pela piedade e fervorosa devoção cristã. Cedo aquele jovem elegante resolveu abandonar a vida de vaidades e prazeres, que considerava inútil, sem sentido e improdutiva. Como era propício à nobreza foi estudar na França e Itália. Na primeira concluiu os estudos na escola da diocese de Reims, onde também se ordenou e posteriormente lecionou teologia. Como aluno teve inclusive um futuro Papa.
Mas também conhecia a fama de santidade do Bispo de Grenoble, por isto foi que decidiu procura-lo. Assim, no lugar indicado por ele, Bruno liderou a construção da primeira casa de oração, com pequenas celas ao redor. Nascia a Ordem dos monges Cartuxos, cujas regras foram aprovadas em 1176, mas ele já havia morrido.

quarta-feira, 5 de outubro de 2016

“DEUS É AMOR.” (1Jo 4,7-8).

“DEUS É AMOR.” (1Jo 4,7-8).

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“...Amarás o Senhor teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma, com toda a tua força e de todo o teu entendimento...” (Lc 10,27). Esse mandamento de amor foi ensinado ao povo judeu enquanto caminhava no deserto à busca da terra prometida.    
O mínimo que o homem pode fazer a Deus é amá-lo com todas as sus forças porque, antes que o homem pensasse ou aprendesse amar Deus, Ele já o amava desde toda a eternidade. 
O homem, amando ao Senhor de todo o seu coração, não está fazendo favor nenhum, muito pelo contrário, está apenas retribuindo, e muito mal e com extrema imperfeição o imenso amor que o Senhor tem por todos os filhos seus. Jesus Cristo foi o modelo de como se deve amar o Pai; viveu para nos ensinar como devemos amar. 
Muitos seguiram Jesus por amor, convicção, fé.   Outros o seguiam por interesse, para que as doenças lhes fossem curadas. Mas existiam também aqueles que se julgavam os doutores da lei de Deus, seguiam a Jesus apenas para não deixá-lo em paz e para observar se ele não cometia alguma falha, falasse alguma coisa que contrariasse a lei de Moisés que fora ditada pelo Senhor para poder denunciá-lo, prendê-lo a fim de que não mais doutrinasse e ensinasse ao povo o caminho da justiça.  
Esses doutores da lei, também conhecidos como escribas ou fariseus não perdiam oportunidade de tentarem Jesus e fazer-lhe perguntas capciosas para ver se ele caísse em alguma contradição. Certa vez, estando  Jesus em discussão com os fariseus,  e, “Um dos escribas que ouvira a discussão, reconhecendo que (Jesus) respondera muito bem, perguntou-lhe: “Qual é o primeiro de todos os mandamentos?”  Jesus respondeu: “O primeiro é: Ouve, ó Israel, o Senhor Nosso Deus é o único Senhor, e amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma, de todo o teu entendimento e com toda a tua força.” (Mc 12,28-30).

terça-feira, 4 de outubro de 2016

SÃO FRANCISCO DE ASSIS - 1182-1226

SÃO FRANCISCO DE ASSIS - 1182-1226

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Filho de Pietro Bernardone e Dona Pica Bernardone, Francisco nasceu entre 1181 e 1182, na cidade de Assis, província da Umbria no centro da Itália. Seu pai era um rico e próspero comerciante de tecidos, que viajava frequentemente em negócios principalmente para França, de onde trazia a maior parte de suas mercadorias. Foi de lá também que ele trouxe sua linda e bondosa esposa, Dona Pica. A mãe de Francisco foi de fato a mulher da sua vida e foi ela que emocionado muitas vezes invocou. Francisco sempre nutriu uma atenção e um carinho especial pela relação materna em geral.
A sua grande ligação espiritual a Maria, mãe de Jesus é mais um sinal do seu particular respeito e Amor pelas mães de todo o mundo. Era frequente usar a relação materna em geral, como exemplo de Amor nos seus diálogos e pregações. Em relação ao pai, apesar do amor e respeito que nutria por ele, a relação não foi um exemplo e assim conheceu alguns episódios desagradáveis. Francisco teve um irmão, de que a história pouco fala. Chegado o momento do parto, Dona Pica, assistida por várias pessoas que ajudavam, teve muitas dificuldades e o nascimento da criança parecia se complicar. Eis que batem à porta, e a criada ao atender depara-se com um mendigo que lhe transmite que a senhora da casa deverá dar à luz no estábulo da casa, junto aos animais. Dona Pica, ao saber do sucedido, pediu ajuda às criadas para a levarem até ao estábulo. Lá chegada, a criança nasceu e foi lhe dado o nome de João (Giovanni). O pai, quando regressou, em homenagem à França, mudou-lhe o nome para Francisco.

segunda-feira, 3 de outubro de 2016

OS MÁRTIRES BRASILEIROS - OS PRIMEIROS

BEM-AVENTURADOS ANDRÉ DE SOVERAL, AMBRÓSIO FRANCISCO FERRO, MATEUS MOREIRA E COMPANHEIROS, PROTOMÁRTIRES BRASILEIROS.

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Dentro da conturbada invasão dos holandeses no nordeste do Brasil, encontram-se os dois martírios coletivos: o de Cunhaú e o de Uruaçu. Estes martírios aconteceram no ano de 1645, sendo que o padre André de Soveral e Domingos de Carvalho foram mártires em Cunhaú e o padre Ambrósio Francisco Ferro e Mateus Moreira em Uruaçu; dentre outros. 
No Engenho de Cunhaú, principal pólo econômico da capitania do Rio Grande (atual estado do Rio Grande do Norte), existia uma pequena e fervorosa comunidade composta por setenta pessoas sob os cuidados do padre André de Soveral. 
No dia 15 de julho chegou em Cunhaú Jacó Rabe, trazendo consigo seus liderados, os ferozes tapuias, e, além deles, alguns potiguares com o chefe jerera e soldados holandeses. Jacó Rabe era conhecido por seus saques e desmandos, feitos com a conivência dos holandeses, deixando um rastro de destruição por onde passava. 
Dizendo-se em missão oficial pelo supremo conselho holandês do Recife, convoca a população para ouvir as ordens do conselho após a missa dominical no dia seguinte. 
Durante a santa missa, após a elevação da hóstia e do cálice, a um sinal de Jacó Rabe, foram fechadas todas as portas da igreja e se deu início à terrível carnificina: os fiéis em oração, tomados de surpresa e completamente indefesos, foram covardemente atacados e mortos pelos holandeses com a ajuda dos tapuias e dos potiguares.

domingo, 2 de outubro de 2016

O GRÃO DE MOSTARDA

XXVII DOMINGO DO TEMPO COMUM

“SE VOCÊS TIVESSEM FÉ DO TAMANHO DE UMA SEMENTE DE MOSTARDA...”.
(Lc 17,6).

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Diácono Milton Restivo

Geralmente a primeira leitura das nossas liturgias dominicais e festivas é tirada do livro de um acontecimento marcante do povo de Deus ou de um profeta. Os profetas foram homens escolhidos por Deus para serem canais da manifestação de sua vontade ao povo israelita. Instrumento poderosamente usado e através destes, a glória do Senhor, por diversas vezes, foi manifestada.
Houve, entre o povo israelita, os profetas orais, ou melhor, os que não escreveram suas mensagens, apenas as transmitiram oralmente, como é o caso dos profetas Natã, Elias, Eliseu e muitos outros, e os profetas literários, aqueles que deixaram os seus escritos.
Os profetas literários estão divididos em dois grupos: Profetas Maiores e Profetas Menores.
Os profetas maiores são quatro: Isaias, Jeremias, que vem seguido do livro chamado Lamentações, conhecido também como Lamentações de Jeremias, Ezequiel e Daniel.
Os profetas classificados “menores” são treze: Baruc, Oséias, Joel, Amós, Abdias, Jonas, Miquéias, Naum, Habacuc, Sofonias, Ageu, Zaca­rias e Malaquias.
O livro de Baruc não consta das bíblias judaicas e protestantes.
A distinção entre profetas maiores e menores só se refere aos escritos que eles deixaram, e não diz respeito à qualidade ou sabedoria, porque todos foram igualmente inspirados pelo Espírito Santo. A qualificação de maiores ou menores está baseada no tamanho do livro que foi deixado por eles.

sábado, 1 de outubro de 2016

SANTA TEREZINHA DO MENINO JESUS

SANTA TEREZINHA DO MENINO JESUS

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Desde muito cedo Teresa Martin iniciou sua devoção ao Menino Jesus. Aos seis anos e meio,  começa a se preparar para a primeira comunhão, sendo catequizada por sua irmã Paulina. Graças a esta catequese, o amor ao Menino Jesus vai aumentando em seu coração.  Ao falar deste período, nossa santa afirma que "amava-o muito" (A 31v). 
Não é, pois, de se estranhar que à época de seu primeiro chamado à vida carmelitana, tenha aceitado com entusiasmo a proposta de Madre Gonzaga de se chamar "Teresa do Menino Jesus" quando ingressasse no Carmelo. Após prepará-la para a primeira comunhão, Paulina, já Irmã Inês de Jesus no Carmelo de Lisieux, convida a menina a considerar sua alma como um jardim de delícias no qual é preciso cultivar as flores de virtudes que Jesus virá colher em sua primeira visita.  
No ano de 1887 se oferece ao Menino Jesus para ser seu brinquedo (A 64r), desejando abandonar-se sem reservas à sua misericórdia. Isto ocorre por ocasião da célebre audiência com o papa Leão XIII.