segunda-feira, 31 de julho de 2017

SANTO INÁCIO DE LOYOLA - 1491-1566

SANTO INÁCIO DE LOYOLA - 1491-1566

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Fundou a ordem da Companhia de Jesus "Padres Jesuítas".
Iñigo Lopez de Loyola, este era o seu nome de batismo, nasceu numa família cristã, nobre e muito rica, na cidade de Azpeitia, da província basca de Guipuzcoa, na Espanha, no ano de 1491.
O mais novo de treze filhos, foi educado, com todo cuidado, para tornar-se um perfeito fidalgo. Cresceu apreciando os luxos da corte, praticando esportes, principalmente os eqüestres, seus preferidos. Em 1506, a família Lopez de Loyola estava a serviço de João Velásquez de Cuellar, tesoureiro do reino de Castela, do qual era aparentada.
No ano seguinte, Iñigo tornou-se pagem e cortesão no castelo desse senhor. Lá, aprimorou sua cultura, fez-se um exímio cavaleiro e tomou gosto pelas aventuras militares. Era um homem que valorizava mais o orgulho do que a luxúria. Dez anos depois, em 1517, optou pela carreira militar.
Por isso foi prestar serviços a um outro parente, não menos importante, o duque de Najera e vice-rei de Navarra, o qual defendeu em várias batalhas, militares e diplomáticas.
Mas, em 20 de maio de 1521, uma bala de canhão mudou sua vida. Ferido por ela na tíbia da perna esquerda, durante a defesa da cidade de Pamplona, ficou um longo tempo em convalescença.

domingo, 30 de julho de 2017

A SABEDORIA DE SALOMÃO

XVII DOMINGO DO TEMPO COMUM

“ENSINA-ME A OUVIR, PARA QUE EU SAIBA GOVERNAR O TEU POVO E DISCERNIR ENTRE O BEM E O MAL.” (1Rs 3,9).

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Diácono Milton Restivo

Neste domingo encerra-se o capítulo 13 do Evangelho de Mateus, que foi lido todo durante três domingos seguidos e que narra as parábolas do Reino. Nos dois domingos anteriores meditamos esse capítulo e é claro que, por mais que se fale sobre ele, jamais esgotaremos o assunto.
A primeira leitura deste domingo traz um personagem que merece destaque: o rei Salomão.
Vamos conhecê-lo melhor, abordando o início do seu reinado que foi longo como o de seu pai Davi que também reinou durante quarenta anos: “O tempo que Salomão reinou em Jerusalém sobre todo Israel, foi de quarenta anos.” (1Rs 11,42).
Nas Sagradas Escrituras, Antigo Testamento, é narrada a história do pai de Salomão, o rei Davi, conhecido como rei salmista e profeta. O rei Davi foi escolhido por Yahweh para reinar sobre o povo de Israel (Sm 16,1-13) e foi o rei Davi quem escreveu a maior parte dos salmos contidos nas Sagradas Escrituras. Davi foi um rei muito querido e amado por todo o povo de Israel e morreu já em idade avançada depois de haver reinado por quarenta anos sobre Israel: “Davi repousou com seus antepassados e foi enterrado na cidade de Davi. Davi foi rei em Israel durante quarenta anos; reinou sete anos em Hebron, e trinta e três anos em Jerusalém.” (1Rs 2,10-11).
Pouco antes de sua morte Davi escolheu para substituí-lo no trono de Israel seu filho Salomão, que teve como mãe Betsabéia, aquela que fora mulher do general Urias e que Davi, não seguindo os mandamentos do Senhor, a tomou por mulher à custa de um grave pecado: “Numa tarde, levantando-se da cama, Davi foi passear no terraço do palácio real. Do terraço ele viu uma mulher tomando banho. Ela era muito bonita. Davi mandou colher informações sobre essa mulher. Disseram-lhe: ‘Ela é Betsabéia, filha de Eliam e esposa de Urias, o heteu’. Então Davi mandou os emissários para que a trouxessem. Betsabéia foi e Davi teve relações com ela, que tinha acabado de se purificar de suas regras. Depois ela voltou para casa. Em consequência disso, Betsabéia concebeu e mandou dizer a Davi: ‘Estou grávida’.”. (2Sm 11,2-5). 

sábado, 29 de julho de 2017

SANTA MARTA, IRMÃ DE LÁZARO E MARIA

SANTA MARTA, IRMÃ DE LÁZARO E MARIA

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Marta é irmã de Maria e de Lázaro de Betânia. 
Marta nasceu em uma pequena aldeia chamada Betânia cercado de vinhedos e de abundantes palmeiras quase recostadas no ponto mais alto do memorável Horto das Oliveiras. 
Marta era uma menina de natureza humilde, bondosa, pura e simples. 
Sofreu muito com a morte de sua mãe e depois com o falecimento do pai; pois antes de morrer ele disse a seus filhos amai-vos como bons amigos e olhando para Maria disse: a modéstia, a pureza e a honradez quando se entrelaçam são coroa na testa de uma moça. 
Marta ouvindo pela primeira vez Jesus, declarou-se sua discípula, crescendo assim nela a virtude da caridade aos doentes e aos pobres. Toda vez que Jesus ia a Jerusalém se hospedava na casa de Marta, Maria e Lázaro porque eles ofereciam uma sincera amizade, acolhida e hospitalidade. 
Entre eles existia uma grande amizade, o que ocasionou uma forte perseguição por serem seguidores de Jesus e de sua doutrina. No evangelho aparece em apenas três episódios (Lc 10, 38-42; Jo 11, 1-44; Jo 12, 1-11). É uma mulher dinâmica, que acolhe desveladamente Jesus. 
Maria, também aparece apenas três vezes em cena, nos evangelhos, (Lc 10; Jo 11; Mt 26). É a mulher atenta e contemplativa, que dá mais atenção ao Senhor do que às “coisas do Senhor”.

sexta-feira, 28 de julho de 2017

SANTO INOCÊNCIO I – PAPA - + 417

SANTO INOCÊNCIO I – PAPA - + 417

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Inocêncio I era italiano, nasceu em Albano, uma província romana do Lazio. Ele foi eleito no ano 401 e governou a Igreja por dezesseis anos, num período dos mais difíceis para o cristianismo.
A sua primeira atividade pastoral foi uma intervenção direta no Oriente, exortando a população de Constantinopla a seguir as orientações do seu bispo, são João Crisóstomo, e assim viver em paz.
Mas um dos maiores traumas de seu pontificado foi a invasão e o saque de Roma, cometidos pelos bárbaros godos, liderados por Alarico. Roma estava cercada por eles desde o ano 408 e só não tinha sido invadida graças às intervenções do papa junto a Alarico. Pressionado pelo invasor, e tentando salvar a vida dos cidadãos romanos, Inocêncio viajou até a diocese de Ravena, onde se escondia o medroso imperador Honório.
O papa tentava, há muito tempo, convencê-lo a negociar e conceder alguns poderes especiais a Alarico, para evitar o pior, que ele saqueasse a cidade e matasse a população. Não conseguiu e o saque teve início.
Foram três dias de roubo, devastação e destruição. Os bárbaros respeitaram apenas as igrejas, por causa dos anos de contato e mediação com o papa Inocêncio I. Mesmo assim, a invasão foi tão terrível que seria comentada e lamentada depois, por santo Agostinho e são Jerônimo.
Apesar de enfrentar inúmeras dificuldades, conseguiu manter a disciplina e tomou decisões litúrgicas que perduram até hoje. Elas se encontram na inúmera correspondência deixada pelo papa Inocêncio I. Aliás, com essas cartas se formou o primeiro núcleo das coleções canônicas, que faz parte do magistério ordinário dos pontífices, alvo de estudos ainda nos nossos dias. 

quinta-feira, 27 de julho de 2017

SÃO CELESTINO I – PAPA - +432

SÃO CELESTINO I – PAPA - +432

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O papa Celestino I, eleito em 10 de setembro de 422, nasceu na Campânia, no sul da Itália. Considerado um governante de atitude, foi também um pioneiro em muitos aspectos. Enfrentou as graves questões da época de tal maneira que passou para a história, embora o seu mandato tenha durado apenas uma década.
Era um período de reconstrução para Roma, que fora quase destruída pela invasão dos bárbaros, liderados por Alarico. O papa Clementino I participou ativamente restaurando numerosas basílicas, entre elas a de Santa Maria, em Trastevere, a primeira dedicada a Nossa Senhora, e construiu a de Santa Sabina. Além disso, entendia que o papa tinha o direito de responder pessoalmente a correspondência enviada pelos cristãos leigos e não apenas das autoridades e dos clérigos. E ele o exerceu por meio de suas cartas, as quais chamava de decretais, e que se tornaram a semente do direito canônico. Também foi vigoroso o intercâmbio de correspondência que manteve com seu amigo e contemporâneo, santo Agostinho, o bispo de Hipona, do qual foi ferrenho defensor.
Foi ele o primeiro a determinar que os bispos não deveriam nunca negar a absolvição a alguém que estivesse morrendo. Também proibiu que os bispos vestissem cintos e mantos como os monges. Combateu as heresias, ajudou a esclarecer dúvidas doutrinais e combateu os abusos que se instalavam nas sedes episcopais. Seus atos pareciam acertar todo alvo escolhido. Enviou são Patrício à Irlanda e são Paládio à Escócia e, como se sabe, ambos se tornaram, histórica e espiritualmente, ligados a esses países para todo o sempre.
Outro evento importantíssimo realizado sob sua direção foi o Concílio de Éfeso, em 431. A importância desse Concílio, o segundo realizado pela Igreja e do qual participaram apenas cento e sessenta bispos, foi que nele se confirmou o dogma de Maria como "Mãe de Deus" e não apenas "mãe do homem", como pregava o arcebispo de Constantinopla, Nestório.

quarta-feira, 26 de julho de 2017

SANT'ANA E SÃO JOAQUIM - AVÓS DE CRISTO - SÉCULO I

SANT'ANA E SÃO JOAQUIM - AVÓS DE CRISTO - SÉCULO I

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Ana e seu marido Joaquim já estavam com idade avançada e ainda não tinham filhos. O que, para os judeus de sua época, era quase um desgosto e uma vergonha também. Os motivos são óbvios, pois os judeus esperavam a chegada do messias, como previam as sagradas profecias.
Assim, toda esposa judia esperava que dela nascesse o Salvador e, para tanto, ela tinha de dispor das condições para servir de veículo aos desígnios de Deus, se assim ele o desejasse. Por isso a esterilidade causava sofrimento e vergonha e é nessa situação constrangedora que vamos encontrar o casal. Mas Ana e Joaquim não desistiram. Rezaram por muito e muito tempo até que, quando já estavam quase perdendo a esperança, Ana engravidou. Não se sabe muito sobre a vida deles, pois passaram a ser citados a partir do século II, mas pelos escritos apócrifos, que não são citados na Bíblia, porque se entende que não foram inspirados por Deus.

terça-feira, 25 de julho de 2017

SÃO TIAGO, O MAIOR – APÓSTOLO

SÃO TIAGO, O MAIOR – APÓSTOLO

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Tiago nasceu doze anos antes de Cristo, viveu mais anos do que ele e passou para a eternidade junto a seu Mestre. Tiago, o Maior, nasceu na Galiléia e era filho de Zebedeu e Salomé, segundo as Sagradas Escrituras. Era, portanto, irmão de João Evangelista, os "Filhos do Trovão", como os chamara Jesus. É sempre citado como um dos três primeiros apóstolos, além de figurar entre os prediletos de Jesus, juntamente com Pedro e André. É chamado de "maior" por causa do apóstolo homônimo, Tiago, filho de Alfeu, conhecido como "menor".
Nas várias passagens bíblicas, podemos perceber que Jesus possuía apóstolos escolhidos para testemunharem acontecimentos especiais na vida do Redentor. Um era Tiago, o Maior, que constatamos ao seu lado na cura da sogra de Pedro, na ressurreição da filha de Jairo, na transfiguração do Senhor e na sua agonia no horto das Oliveiras.
Consta que, depois da ressurreição de Cristo, Tiago rumou para a Espanha, percorrendo-a de norte a sul, fazendo sua evangelização, sendo por isso declarado seu padroeiro. Mais tarde, voltou a Jerusalém, onde converteu centenas de pessoas, até mesmo dois mágicos que causavam confusão entre o povo com suas artes diabólicas. Até que um dia lhe prepararam uma cilada, fazendo explodir um motim como se fosse ele o culpado. Assim, foi preso e acusado de causar sublevação entre o povo. A pena para esse crime era a morte.
O juiz foi o cruel rei Herodes Antipas, um terrível e incansável perseguidor dos cristãos.

segunda-feira, 24 de julho de 2017

SANTA CRISTINA - SÉCULO III

SANTA CRISTINA - SÉCULO III

      
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    A arqueologia não serve apenas para descobrir os dinossauros enterrados pelo mundo.
Ela também pode confirmar a existência dos santos mártires que marcaram sua trajetória na história pela fé em Deus. Foi o que aconteceu com santa Cristina, que teve sua tradição comprovada somente no século XIX, com as descobertas científicas desses pesquisadores.
Segundo os mosaicos descobertos na igreja de Santo Apolinário, em Ravena, construída no século VI, Cristina era realmente uma das virgens cristãs mártires das antigas perseguições. E portanto, já naquele século, venerada como santa, como se pôde observar pela descoberta de sua sepultura, que também possibilitou o aparecimento de um cemitério subterrâneo, que estava oculto ao lado.
A arte também compareceu para corroborar seu testemunho através dos tempos.
O martírio da jovem virgem Cristina foi representado pelas mãos de famosos pintores, como João Della Robbias, Lucas Signorelli, Paulo Veronese e Lucas Cranach, entre outros. Além dos textos escritos em latim e grego que relatam seu suplício e morte, que só discordam quanto à cidade de sua origem.
Os registros gregos mostram como sua terra natal Tiro, enquanto os latinos citam Bolsena, na Toscana, Itália. Esses relatos do antigo povo cristão contam que o pai de Cristina, Urbano, era pagão e um oficial do Império Romano, que, ao saber da conversão da filha, queria obrigá-la a renunciar ao cristianismo.

domingo, 23 de julho de 2017

SANTO APOLINÁRIO

SANTO APOLINÁRIO

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O nome, o culto, e a glória de Santo Apolinário são legados que recebemos da história, e também da arte de Ravena, a capital do Império Bizantino no Ocidente, no período de meados do século I e século II. Lá, existem duas grandiosas igrejas dedicadas a santo Apolinário, ambas célebres na história da arte e do cristianismo. Na igreja nova de Santo Apolinário, no centro da cidade, encontramos o célebre mosaico representativo, mais extenso do que um quarteirão, com todos os mártires e as virgens. No destaque, encontra-se santo Apolinário. Na outra igreja, fora da cidade, está o outro esplendido mosaico, no qual, pela primeira vez, a figura de um santo, e não a de Cristo, ocupa o centro de uma composição, circundado por duas fileiras de ovelhas.
Apolinário, o primeiro bispo de Ravena, segundo a tradição, teria sua origem no Oriente. A mando do próprio apóstolo Pedro, de quem foi discípulo, foi enviado para converter os pagãos nas terras ao norte do Império Romano.
A sua obra de evangelização transcorreu num ambiente repleto de imensas dificuldades, fruto do ódio, do egoísmo, da incredibilidade que o cercavam, além do culto aos ídolos pagãos que teve de combater. A tal apostolado dedicou toda a sua vida.

sábado, 22 de julho de 2017

A PARÁBOLA DO JOIO E DO TRIGO

XVI DOMINGO DO TEMPO COMUM

“JESUS CONTOU OUTRA PARÁBOLA À MULTIDÃO...”. (Mt 13,30c).

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Diácono Milton Restivo

O Evangelho deste domingo é a continuação da leitura do Evangelho do domingo passado: o capítulo 13 de Mateus, onde Jesus narra as chamadas “parábolas do Reino”.
Parábolas são ensinamentos paralelos a uma lição principal. Parábolas são histórias do cotidiano com uma aplicação espiritual. Pará­bola é uma nar­ra­ção, geral­mente curta, para ensi­nar uma ver­dade moral ou espiritual, atra­vés de com­pa­ra­ção com a vida real.
As parábolas de Jesus tratavam de agricultura, culinária, comércio, pesca, profissão, costumes, tradições, etc. Quando Jesus queria ensinar uma lição básica, usava um ensinamento paralelo tomando figuras, quadros, idéias, maneiras de pensar do povo para que, a partir daquilo que o povo conhecia, Jesus pudesse ensinar a verdade que queria fixar na mente das pessoas.
Mateus apre­senta, no capí­tulo 13 do seu Evangelho, sete parábolas contadas por Jesus, chamadas de “as parábolas do Reino” para ensi­nar sobre o desen­vol­vi­mento gra­dual do reino de Deus. É por isso que no último ano do seu ministério, encontramos muitas parábolas.
Anteriormente, no sermão da montanha, em Mateus dos capítulos de 5 a 7, Jesus procurou dizer e ensinar as coisas de maneira clara, sem rodeios, mas como os inimigos, os pretensos donos da lei, da religião e da verdade, se uniram e tentavam encontrar erros em tudo o que ele dizia, Jesus passou a trabalhar com sabedoria e prudência. Por isso, começou a usar as parábolas, dizendo, quando inquirido a respeito disso pelos discípulos: “Porque a vocês foi dado conhecer os mistérios do Reino do Céu, mas a eles não. Pois a quem tem, será dado em abundância; mas daquele que não tem, será tirado até o pouco que tem. É por isso que eu uso parábolas para falar com eles: assim eles olham e não vêem, ouvem e não escutam nem compreendem. [...] Porque o coração deste povo se tornou insensível. Eles são duros de ouvido e fecharam os olhos, para não ver com os olhos, e não ouvir com os ouvidos, não compreender com o coração e não se converter. Assim eles não podem ser curados.” (Mt 13,11-13.15). 

sexta-feira, 21 de julho de 2017

SÃO LOURENÇO DE BRINDISI - 1559-1619

SÃO LOURENÇO DE BRINDISI - 1559-1619

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Geralmente, as chamadas "crianças superdotadas", aquelas que demonstram um dom excepcional para alguma especialidade, quando crescem, parecem "perder os poderes" e nivelam-se com as demais pessoas. São poucas as exceções que merecem ser recordadas. Mas, com certeza, uma delas foi Júlio César Russo, que nasceu no dia 22 de julho de 1559, em Brindisi, na Itália.
Seu nome de batismo mostrava, claramente, a ambição dos pais, que esperavam para ele um futuro brilhante, como o do grande general romano. Realmente, anos depois, lá estava ele à frente das forças cristãs lutando contra a invasão dos turcos muçulmanos, que ameaçava chegar ao coração da Europa depois de ter dominado a Hungria. Só que não empunhava uma espada, mas sim uma cruz de madeira. Nessa ocasião, já vestia o hábito franciscano, respondia pelo nome de Lourenço e era o capelão da tropa, além de conselheiro do chefe do exército romano, Filipe Emanuel de Lorena.
Vejamos como tudo aconteceu. Aos seis anos de idade, o então menino Júlio César encantava a todos com o extraordinário dom de memorizar as páginas de livros, em poucos minutos, para depois declamá-las em público. E cresceu assim, brilhante nos estudos.

quinta-feira, 20 de julho de 2017

SANTO AURÉLIO - SÉC. IV-V

SANTO AURÉLIO - SÉC. IV-V

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Onde e quando nasceu Aurélio, não se tem registro. As informações sobre ele aparecem a partir de 388, quando vivia em Cartago, era apenas um diácono e amigo do futuro santo e doutor da Igreja, Agostinho. Em 391, este último era o bispo da Hipona, atual Annaba, na Argélia, enquanto Aurélio tornava-se o bispo de Cartago.
Ele foi considerado um dos principais líderes da Igreja na chamada "província da África", que ocupava a faixa norte do continente, exceto o Egito. Encontrou essa Igreja em ruínas, pois enfrentara um cisma no início do século. A crise explodira no fim da perseguição romana aos cristãos, quando o bispo da Numídia, Donato, se declarara uma força política e religiosa. Dizia que viera para purificar a Igreja, separando-a do mundo profano e do Império Romano. Os que ficaram ao seu lado foram chamados donatistas, hereges que se opunham aos católicos.
Instaurava-se uma crise e um cisma que só viria terminar com a morte de Donato, na deportação em 355. Os seus seguidores dividiram-se internamente. Nessa situação, Aurélio e seu amigo encontraram uma Igreja devastada, fiéis com uma apatia generalizada, pobre de fé assim como de obras.
A doutrina fora esquecida, os templos serviam também para festas e banquetes, com muitos monges recusando-se a trabalhar.
Aurélio engajou-se, então, na reforma da Igreja e na revitalização dos costumes morais, dos ritos e da doutrina católica. Diante do estado de ânimo daquela gente, Aurélio mostrou-se um pai caridoso, preocupado e sábio. E foi durante o Concílio de Hipona que Aurélio mostrou-se ainda mais cordial e acolhedor para com os antigos bispos donatistas.

quarta-feira, 19 de julho de 2017

SANTO ARSÊNIO - 354-450

SANTO ARSÊNIO - 354-450

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Arsênio, que pertencia a uma nobre e tradicional família de senadores, nasceu no ano 354, em Roma. Segundo os registros, ele foi ordenado sacerdote, pessoalmente, pelo papa Dâmaso. Em 383, o próprio imperador Teodósio convidou-o para cuidar da educação e formação de seus filhos Arcádio e Honório, em Constantinopla. Arsênio permaneceu na Corte por onze anos, até 394. Enfim, conseguiu a exoneração do cargo e retirou-se para o deserto no Egito.
O mundo católico passava por muitas transformações. Nos séculos anteriores, o martírio, a morte pela fé na palavra de Cristo, era o melhor exemplo para a salvação da alma. A partir do século IV, a "morte em vida" passou a ser o sacrifício mais perfeito para a purificação, com o aparecimento dos eremitas no Oriente. Eram cristãos e isolavam-se no deserto, em oração e penitência, numa vida solitária e contemplativa, como forma de servir a Deus.
No início, sozinhos, depois se organizavam em pequenas comunidades. Havia apenas uma regra ascética, para fixar o período de jejum e oração, mas que mantinha uma rígida separação, inclusive de convivência entre eles mesmos.
Arsênio tornou-se um deles. O seu refúgio, no deserto egípcio da Alexandria, era dos mais procurados pelos cristãos, que buscavam, na sabedoria e santidade de alguns ermitãos, conselhos e paz para as aflições da alma, mesmo que para tanto tivessem de fazer longas e cansativas peregrinações. 

terça-feira, 18 de julho de 2017

DUAS MIL APARIÇÕES DE NOSSA SENHORA REGISTRADAS

DUAS MIL APARIÇÕES DE NOSSA SENHORA REGISTRADAS

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DESSAS DUAS MIL SOMENTE DEZESSEIS FORAM RECONHECIDAS PELA IGREJA.

CONFIRA A LISTA DAS PRINCIPAIS APARIÇÕES RECONHECIDAS PELO CATOLICISMO E CONFIE NA PRUDÊNCIA DA SANTA IGREJA CATÓLICA

É inegável que a devoção à Virgem Maria esteja estendida pelo mundo inteiro. Assim o revelam suas inumeráveis invocações e também os abundantes testemunhos sobre sua mediação a favor daqueles que a invocam com grande fervor. É tal o impacto que por séculos tem gerado a Mãe de Deus na Fé dos crentes, que inclusive recentemente a revista norte-americana National Geographic destacou a figura da Santíssima Virgem Maria como “a mulher mais poderosa do Mundo”.
Dentro deste fenômeno mariano, o que mais chama a atenção são suas aparições: mais de 2 mil registradas em todo o mundo, segundo o website ‘The Miracle Hunter’ (www.miraclehunter.com), que reúne os relatos, histórias, testemunhos e frequência de milagres, entre eles as aparições marianas, que se registraram ao longo dos séculos, tudo baseado nas investigações de Michael O’Neill.
De acordo com o website, a primeira aparição da Virgem da qual se tem dados, é a de Nossa Senhora do Pilar de Zaragoza, na Espanha, que apareceu ao Apóstolo Santiago o Maior às margens do rio Ebro no ano 40 depois de Cristo. De acordo com a tradição, esta aparição tem um selo particular diante das demais, já que a Mãe de Deus se apresentou em “carne mortal” ao apóstolo padroeiro da Espanha. 

segunda-feira, 17 de julho de 2017

SANTA GENEROSA E SEUS COMPANHEIROS MÁRTIRES - SÉCULO II

SANTA GENEROSA E SEUS COMPANHEIROS MÁRTIRES - SÉCULO II

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No século II da era cristã, Scili era uma pequena província romana do norte da África, não muito distante da capital Cartago, onde residia Saturnino, o procônsul designado pelo imperador Cômodo.
Cômodo governou o Império Romano por doze anos. Era um tirano cruel e vaidoso. Para divertir-se, usava roupas de gladiador e matava seus opositores desarmados no Anfiteatro Flávio, atualmente conhecido como Coliseu. Durante o seu reinado, determinou que os cristãos voltassem a ser sacrificados.
A Cartago romana deveu seu resplendor principalmente ao cristianismo, bem depressa aceito por seus habitantes. Consta que foi o apóstolo são Marcos que a evangelizou. Logo foi elevada à condição de diocese e tornou-se a pátria de grandes santos, como Cipriano, Agostinho e muitos outros. Mas também foi o local onde inúmeros cristãos morreram martirizados, após serem julgados e condenados pelo procônsul Saturnino, que obedecia às ordens de Roma.
Nessa ocasião, na pequena vila de Scili, doze fiéis professavam, tranqüilos, o cristianismo. Eram todos muito humildes e foram denunciados pelo "crime" de serem cristãos. Então, foram simplesmente presos e levados pelos oficiais do procônsul a Cartago, para serem julgados.
Naquela cidade, no dia 17 de julho, na sala de audiências, Saturnino começou dizendo aos acusados que a religião dele mandava que os súditos jurassem pela "divindade" do imperador e que, se eles fizessem tal juramento, o soberano os "perdoaria".

domingo, 16 de julho de 2017

BEM-AVENTURADO BARTOLOMEU FERNANDES DOS MÁRTIRES - 1514-1590

BEM-AVENTURADO BARTOLOMEU FERNANDES DOS MÁRTIRES - 1514-1590

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Bartolomeu nasceu em Lisboa, em maio de 1514. Era filho de Domingos Fernandes e de Maria Correia, ambos de famílias tradicionais, abastadas e nobres. O filho foi batizado com o nome do santo apóstolo na igreja de Nossa Senhora dos Mártires e, por serem seus devotos, incluíram também o "dos Mártires" para homenagear Maria.
Foi educado na Corte portuguesa com muito requinte, recebeu sólida formação humanística e cristã. Cedo decidiu pela vida religiosa, ingressando na Ordem dos Dominicanos em 1528. Fez o noviciado no mosteiro de Lisboa, onde se diplomou em filosofia e teologia. Desde sua graduação, em 1538, foi professor nos vários conventos da capital da Corte, função que exerceu durante vinte anos.
Foi apresentado pela rainha Catarina para suceder o arcebispo de Braga e o papa Paulo IV confirma-o, em 1559. Bartolomeu aceitou essa dignidade por obediência ao seu prior provincial, o qual o teria indicado antes à rainha, de quem era conselheiro e confessor.
Iniciou a sua atividade na vastíssima arquidiocese empreendendo uma atividade apostólica de ação multifacetada e de cunho reformador. Realizou incontáveis visitas pastorais; empenhou-se na evangelização do povo, para isso publicando o "Catecismo ou doutrina cristã e práticas espirituais", que continua sendo editado.        

sábado, 15 de julho de 2017

PARÁBOLA DO SEMEADOR

XV DOMINGO DO TEMPO COMUM

“A SEMENTE QUE CAIU EM BOA TERRA É AQUELE QUE OUVE A PALAVRA E A COMPREENDE. ESTE PRODUZ FRUTO.” (Mt 13,23)

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Diácono Milton Restivo

O Evangelho de Mateus mostra, a partir da parábola do semeador, a segunda parte do ministério de Jesus.
Na primeira parte Jesus se apresentou ao povo como o Messias e, no sermão da montanha, que abrange os capítulos de 5 a 7 de Mateus, faz uma comparação da Lei de Moisés com aquilo que o Messias esperava de seus seguidores, onde Jesus repete por várias vezes, após citar uma determinação da Lei de Moisés: “Vocês ouviram o que foi dito aos antigos... eu, porém, lhes digo...” (Mt 5,21.27.33.38.43). Depois Jesus escolhe os doze apóstolos (Mt 10, 1-5), enviando-os para anunciar a todos os judeus que “O Reino do Céu está próximo”. (Mt 10,5-15).
No capítulo 13 do Evangelho de Mateus Jesus dá início ao chamado discurso das parábolas do mistério e, somente neste capítulo Jesus conta sete parábolas, tendo explicado algumas.
As parábolas contadas por Jesus neste capítulo são: do semeador (Mt 13,4-23); do trigo e do joio (Mt 13,24-30); do grão de mostarda (Mt 13,31-32); do fermento (Mt 13,33-35); do tesouro escondido (Mt 13,44); das pérolas (Mt 13,45-46) e da rede (Mt 13,47-50).
Neste domingo o Evangelho apresentado é o da parábola do semeador; nos domingos subsequentes serão apresentadas as demais parábolas constantes deste capítulo.
No discurso do Sermão da Montanha, constante dos capítulos de 5 a 7 de Mateus, Jesus olhou para o passado, para a Lei de Moisés e, nesta segunda parte do seu ministério, começando com as parábolas, Jesus olha para o futuro e define o Reino de Deus que deve ser vivido por todos aqueles que aderirem à sua mensagem e aos que optarem a colocar a mão no arado e não olhar para trás (cf Lc 9,62). 

sexta-feira, 14 de julho de 2017

SANTA CATARINA TEKAKWITHA - 1656-1680

SANTA CATARINA TEKAKWITHA - 1656-1680

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Kateri Tekakwitha, para nós Catarina, foi a primeira americana pele-vermelha a ter sua santidade reconhecida pela Igreja. Ela nasceu no ano de 1656, perto da cidade de Port Orange, no Canadá. Seu pai era o chefe indígena da nação Mohawks, um pagão. Enquanto sua mãe era uma índia cristã, catequizada pelos jesuítas, que fora raptada e levada para outra tribo, onde teve de unir-se a esse chefe.
Não pôde batizar a filha com nome da santa de sua devoção, mas era só por ele que a chamava: Catarina. O costume indígena determina que o chefe escolha o nome de todas as crianças de sua nação. Por isso seu pai escolheu Tekakwitha, que significa "aquela que coloca as coisas nos lugares", mostrando que ambas, consideradas estrangeiras, haviam sido totalmente aceitas por seu povo.
Viveu com os pais até os quatro anos, quando ficou órfã. Na ocasião, sobreviveu a uma epidemia de varíola, porém ficou parcialmente cega, com o rosto desfigurado pelas marcas da doença e a saúde enfraquecida por toda a vida. O novo chefe, que era seu tio, acolheu-a e ela passou a ajudar a tia no cuidado da casa. Na residência pagã, sofreu pressões e foi muito maltratada.
Catarina, que havia sido catequizada pela mãe, amava Jesus e obedecia à moral cristã, rezando regularmente. Era vista contando as histórias de Jesus para as crianças e os idosos, que ficavam ao seu lado enquanto tecia, trabalho que executava apesar da pouca visão.
Em 1675, soube que jesuítas estavam na região. Desejando ser batizada, foi ao encontro deles. Recebeu o sacramento um ano depois, e o nome de Catarina Tekakwitha. Devido à sua fé, era hostilizada, porque rejeitava as propostas de casamentos. Por tal motivo, seu tio, cada vez mais, a ameaçava com uma união.

quinta-feira, 13 de julho de 2017

SANTA CLÉLIA BARBIERI - 1847-1870

SANTA CLÉLIA BARBIERI - 1847-1870

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Fundou a congregação das Irmãs Mínimas de Nossa Senhora das Dores.
Clélia Barbieri nasceu no dia 13 de fevereiro de 1847, na vila Le Budrie, da cidade de São João de Persiceto, na Itália. Os pais, José e Jacinta, muito religiosos, batizaram a menina no mesmo dia do nascimento. Recebeu o crisma aos nove anos de idade e, sob a ação do Espírito Santo, fez da família e da paróquia escola de vida e palavra de santidade.
A primeira comunhão, dois anos depois, deu-lhe um ânimo só atingido pelas criaturas santificadas. Em 1862, entrou para o núcleo das "operárias da doutrina cristã", no qual sempre foi a mais dedicada e sensível à situação da Igreja, submetida, naqueles anos, a duras provas.
Sua existência foi breve, mas resplandecente de amor a Deus e à Virgem Maria. A comunhão eucarística, sem dúvida alguma, foi o ponto central de toda sua experiência mística e o carisma da sua fundação religiosa, que após a sua morte recebeu o nome de Congregação das Irmãs Mínimas de Nossa Senhora das Dores e foi oficialmente reconhecida pelo Vaticano.
Aos vinte anos de idade, sob a orientação espiritual do pároco Caetano Guidi, Clélia elaborou com as amigas Teodora, Úrsula e Violeta, um projeto de vida consagrada a Deus. Era uma comunidade religiosa de catequistas leigas, por causa da pouca idade.
Essa pequena comunidade de religiosas, em que cada uma delas vivia o Evangelho em suas próprias casas, parecia, à primeira vista, insignificante, mas não era. De um modo singular e simples, a minúscula congregação foi verdadeiramente exemplar.

quarta-feira, 12 de julho de 2017

SÃO JOÃO GUALBERTO - 995-1073

SÃO JOÃO GUALBERTO - 995-1073

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Fundou a Ordem dos Monges Beneditinos de Vallombrosa.
João Gualberto, segundo filho dos Visdonini, nasceu no ano de 995 em Florença. Foi educado num dos castelos dos pais, Gualberto e dona Villa, nobres e cristãos. A mãe cuidou do ensino no seguimento de Cristo. O pai os fez perfeitos cavaleiros, hábeis nas palavras e nas armas, para administrar e defender o patrimônio e a honra da família. Mas a harmonia acabou quando o primogênito da família foi assassinado. Buscando vingar o irmão, João Gualberto saía armado e com seus homens à procura do inimigo. Na Sexta-Feira Santa de 1028, ele o encontrou vagando solitário, numa das estradas desertas da cidade. João Gualberto empunhou imediatamente sua espada, mas o adversário, desarmado, abriu os braços e caiu de joelhos implorando perdão e clemência em nome de Jesus.
Contam os biógrafos que, ouvido seu pedido em nome do Senhor, João Gualberto jogou a espada, desceu do cavalo e abraçou fraternalmente o inimigo. No mesmo instante, foi à igreja de São Miniato, onde, aos pés do altar, ajoelhou-se diante do crucifixo de Jesus. Diz a tradição que a cruz do Cristo se inclinou sobre ele, em sinal de aprovação pelo seu ato.
E foi ali que João Gualberto ouviu o chamado: "Vem e segue-me". Depois desse prodígio, ocorrido na presença de muitos fiéis, uma grande paz invadiu sua alma e ele abandonou tudo para ingressar no mosteiro beneditino da cidade.

terça-feira, 11 de julho de 2017

SETE ANOS SEM MINHA FILHA TERESA CRISTINA

SETE ANOS SEM MINHA FILHA TERESA CRISTINA

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Eu sou a videira e meu Pai é o agricultor” (Jo 15,1). 
O Pai é o agricultor, o dono da messe, o dono do jardim. 
Cada um de nós somos os operários da messe, o jardineiro do jardim do Pai. Ele nos dá a terra, ele nos dá a semente, ele nos dá as condições dignas para que a terra seja boa, para que a semente se transforme em arbusto e para que o arbusto floresça, dê flores dignas de um rei. 
O Pai nos dá uma família, nos dá filhos, mas família e filhos não são propriedades nossas, são do Pai. Os filhos são as flores que cultivamos no jardim do Pai. Compete a cada um de nós, pais, cuidar do jardim do Pai, dar-lhe flores viçosas, coloridas, perfumadas e perfeitas. Devemos cuidar dessas flores desde em botão. Dar-lhes condições de crescerem saudáveis, floridas e perfumadas.
Mas elas são do Pai, não são nossas. E o dia em que o Pai  achar por bem, ele visita o nosso jardim, colhe a sua flor preferida, a mais bonita entre todas e a leva para embelezar o seu trono.  
Assim aconteceu conosco. Assim aconteceu com Teresa Cristina. Mulher bonita, inteligente, carinhosa, amigável, acolhedora. Filha amorosa e presente. 
Quarenta e três anos.       Câncer de  mama. E, no dia 11 de julho de 2010, o Pai visitou o meu jardim, escolheu dentre as flores a mais bela, e a levou consigo para embelezar o seu trono.

segunda-feira, 10 de julho de 2017

SANTO ANTÔNIO PERCIERSKIJ - 983-1073

SANTO ANTÔNIO PERCIERSKIJ - 983-1073

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Antônio, que antes se chamava Antipas, nasceu na Ucrânia no ano de 983. Percierskij, na realidade, não é o seu sobrenome, mas sim um apelido e tem um significado: "da gruta". Trata-se de uma referência à cela, escavada por ele mesmo, no vale de Dnjepr, próximo a Kiev, que deu origem à vida monástica russa.
Antônio "da gruta", desde a adolescência, sempre buscou a solidão das cavernas, típicas de sua região, para suas orações contemplativas. Depois viveu, até os quarenta e cinco anos de idade, peregrinando solitário pelos inúmeros mosteiros do monte Athos, na Grécia.
Os registros indicam que ele permaneceu alguns anos no mosteiro de Esphigmenon, quando decidiu continuar a vida de penitência e oração na sua pátria. Foi assim que escavou a primeira gruta em Kiev. Logo surgiram muitos seguidores, e curiosos, que se sentiam atraídos pelos ensinamentos e pela fama de santidade daquele homem de oração e penitência. Todos queriam aprender com o monge sábio e justo, que nunca se mostrava irritado.
Era um homem manso e silencioso, pleno de misericórdia com todos. Essa sua personalidade foi muito bem retratada pelo fiel discípulo Nestor, ao escrever "Histórias dos tempos passados". Contudo Antônio insistia em viver solitário, enquanto os seus seguidores formavam uma comunidade. Com sua permissão, foram construindo várias celas pela região e, depois, uma primeira igreja. Assim, em 1051, surgiu o "Mosteiro das Grutas", cuja arquitetura foi projetada integrando as grutas escavadas por esses monges primitivos.
Esse mosteiro se tornou um dos centros religiosos mais importantes de toda a Rússia. 

domingo, 9 de julho de 2017

BEM-AVENTURADOS AGOSTINHO ZHAO RONG - E 119 COMPANHEIROS - MÁRTIRES DA CHINA - 1630-1930

BEM-AVENTURADOS AGOSTINHO ZHAO RONG - E 119 COMPANHEIROS - MÁRTIRES DA CHINA - 1630-1930

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A Igreja Católica levou a luz do Evangelho ao povo chinês a partir do século V. No seguinte, já existia a primeira igreja católica e a primeira sede episcopal, na cidade de Beijin. A adaptação da liturgia católica foi possível porque o cristianismo era visto, naquele período, como uma realidade que enriquecia e não se opunha aos mais altos valores das tradições do povo chinês. Para o qual o sentimento de natural religiosidade é uma das características mais profundas da história de sua nação, em todos os séculos.
A Igreja Católica deu um novo impulso na evangelização da China após a divulgação de vários decretos imperiais, os quais concediam liberdade religiosa para todos os súditos e autorizavam os missionários a evangelizar em seus vastos domínios. Mas a questão dos "rituais católicos chineses" começou a irritar o imperador, que, influenciado pela perseguição aos cristãos no Japão, resolveu promover a sua também.
No início, a perseguição ocorreu disfarçada e veladamente. Os massacres sangrentos dos cristãos só começaram em 1648. Na época, todos os decretos foram cancelados e as execuções autorizadas, apenas os que renegassem a fé seriam poupados. Do século XVII até a metade do século XIX, muitos missionários e fiéis leigos foram mortos, inclusive monsenhor João Gabriel Taurin Dufresse, das Missões Exteriores de Paris, e que depois também foi beatificado.
Agostinho Zhao Rong foi um soldado chinês que escoltou monsenhor Dufresse até a cidade de Beijin e o acompanhou até sua execução por decapitação. Ele ficou muito impressionado com a serenidade e a força espiritual de Dufresse, que, apesar de torturado, não renegou a fé em Cristo.

sábado, 8 de julho de 2017

“QUEM NÃO TOMA A SUA CRUZ E NÃO ME SEGUE, NÃO É DIGNO DE MIM” (Mt 10,38).

XIII DOMINGO DO TEMPO COMUM

“QUEM NÃO TOMA A SUA CRUZ E NÃO ME SEGUE, NÃO É DIGNO DE MIM” (Mt 10,38).

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Diácono Milton Restivo

A primeira leitura desta liturgia fala de um profeta muito importante, mas totalmente desconhecido pela grande maioria dos cristãos: o profeta Eliseu. O nome “Eliseu” quer dizer “Deus é a salvação”.
Eliseu foi discípulo e sucessor do grande profeta, também chamado de “o príncipe dos profetas, Elias. Yahweh designou Eliseu como sucessor de Elias quando estava arando a terra com uma junta de bois. Elias jogou sobre os ombros de Eliseu o seu manto e, imediatamente “Eliseu deixou os bois, correu atrás de Elias, e disse: ‘Deixe-me dizer adeus aos meus pais. Depois eu seguirei você’. Elias respondeu: ‘Vá, mas volte logo’” (1Rs 19,19-20).
Nas narrativas da vida de Eliseu nas Sagradas Escrituras, encontra-se uma série de acontecimentos sobrenaturais que marca a carreira de seu ministério. Os milagres de Eliseu ocorreram num momento em que a religião de Yahweh estava enfrentando uma afronta da parte do povo que ignorava a Yahweh, adorava ao deus Baal, e os reis de Israel se entregaram a essa adoração. Da mesma forma que os milagres de Elias, Eliseu foi concebido para demonstrar a autoridade do profeta e de apresentar ao povo o Deus vivo, combatendo os falsos deuses.
Eliseu superou em muito o profeta Elias no número e no caráter extraordinário de seus milagres, mas a personalidade e a influência religiosa de Elias é que ficaram marcadas na história do povo judeu e, bem por isso, Elias é mencionado trinta vezes no Novo Testamento, enquanto que Eliseu apenas uma. 

sexta-feira, 7 de julho de 2017

BEM-AVENTURADO BENTO XI – PAPA - 1240-1304

BEM-AVENTURADO BENTO XI – PAPA - 1240-1304

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Nicolau Boccasini nasceu numa família muito pobre e cristã, em Treviso, no norte da Itália, em 1240. Sua mãe era uma humilde lavadeira num convento dominicano, por isso muito cedo a vocação para a vida religiosa se acendeu no seu peito. E ele soube muito bem reconhecer o chamado para a fé.
Aos dezessete anos, Nicolau ingressou na Ordem Dominicana e vestiu o hábito. Assim, pôde completar os estudos em Milão, onde se ordenou padre antes de voltar a sua terra natal. Com a mesma rapidez sua carreira foi trilhando o caminho que o levaria à história, como pacificador de poderosos reinos em guerra e à cátedra de Pedro. Em 1286, já era superior provincial da região lombarda, e dez anos depois sucedia Estêvão de Besançon no cargo de geral da Ordem de São Domingos.
Foi nessa posição que realizou uma das tarefas mais difíceis de sua vida. Conseguiu uma trégua que parecia impossível entre os reis da Inglaterra, Eduardo I, e da França, Felipe, o Belo. Com essa missão de paz totalmente coroada de êxito, Nicolau foi consagrado cardeal pelo papa Bonifácio VIII. Ao dar tal honraria a um dominicano, homenageou toda aquela Ordem, por sua fidelidade ao papa em todos os momentos difíceis por que ele passara. Era um período de inúmeros conflitos espalhados pelo mundo todo, assim Bonifácio resolveu manter ao seu lado o cardeal Nicolau, já considerado um dos melhores especialistas em negociações diplomáticas com reis e imperadores.
Nicolau estava ao lado do papa Bonifácio VIII quando ocorreu o célebre episódio da bofetada. Enviado pelo rei da França, Guilherme de Nogaret desferiu um humilhante tapa no rosto do papa, como um recado de Felipe, o Belo. Logo em seguida o papa Bonifácio VIII veio a falecer.

quinta-feira, 6 de julho de 2017

BEM-AVENTURADA MARIA TERESA LEDOCHOWSKA - 1863-1922

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Fundou o Instituto das Irmãs Missionárias de São Pedro Claver Irmãs Claverianas.
Maria Teresa Ledochowska nasceu no dia 29 de abril de 1863, na Áustria. Os pais eram personalidades ilustres e pertenciam à nobreza cristã polonesa, freqüentando várias cortes da Europa. A irmã mais nova, Úrsula, anos mais tarde, também fundou uma congregação e depois foi canonizada pela Igreja. Outro seu irmão, o padre Vladimir, foi o vigésimo sexto diretor geral da Companhia de Jesus.
Maria Teresa tornou-se uma requintada fidalga, muito culta e fluente em vários idiomas. Aos vinte e dois anos, era dama de honra da grã duquesa da Toscana, que tinha residência na corte austríaca e não dispensava sua presença alegre e brilhante. Apesar de conviver nesse ambiente de luxo e cheio de frivolidades, ela possuía princípios morais e cristãos íntegros. Dedicava grande parte do seu tempo à caridade, ajudando especialmente os pobres.
Certa ocasião, foi apresentada às Irmãs Missionárias Franciscanas de Maria, que tinham encontro com a grã-duquesa. Logo em seguida recebeu um impresso de uma conferência do cardeal Lavigérie, narrando seu árduo trabalho para libertar os escravos da África e pedindo missionárias para ajudá-lo na evangelização. Penalizada com a situação dos escravos, Maria Teresa sentiu o chamado de Deus e abraçou aquela causa.
Em 1891, abandonou a corte, apesar da desaprovação de quase todos os amigos, e ingressou na vida religiosa, sob a direção espiritual dos jesuítas. Depois, a ela se juntaram Melania von Ernest e outras religiosas corajosas. Assim, em 1894 fundou o Instituto das Irmãs Missionárias de São Pedro Claver, ou melhor, das Irmãs Claverianas, para dar apoio e orientação às missões africanas. 

quarta-feira, 5 de julho de 2017

SÃO MAXIMILIANO MARIA KOLBE FALA DE MARIA

SÃO MAXIMILIANO MARIA KOLBE FALA DE MARIA

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Se quisermos conhecer bem Maria, a Mãe de Deus e Nossa Mãe, precisamos conhecer bem os santos Evangelhos, precisamos entender o que os Santos e Profetas do Antigo Testamento falaram da Virgem  que já estava predestinada, desde a criação do mundo, mesmo sendo Virgem, para ser a Mãe do Verbo de Deus que se faria homem e habitaria entre nós.
Se quisermos conhecer bem Maria, precisamos procurar leituras dos grandes santos que muito amaram Maria e que divulgaram a sua devoção.
E quantos santos honramos nos nossos altares que se santificaram pela devoção que tiveram à Santa Mãe de Deus e nossa Mãe.
Quantos livros temos que nos fazem conhecer mais e melhor Maria, a Mãe de Jesus.     
E, bem a propósito li um artigo sobre Maria, a Imaculada, escrito por um de seus grandes devotos, São Maximiliano Maria Kolbe, e, nesse artigo, São Maximiliano escreveu o seguinte:
“Quando você procura ler alguma coisa sobre a Imaculada, não se esqueça que você está entrando em contato com uma pessoa viva, que lhe ama, e que ela é perfeita e sem mancha alguma. Lembre-se, também, que as palavras lidas não estão ao alcance de exprimir quem ela é na verdade, pois as palavras são humanas, tiradas dos conceitos terrestres, enquanto que a Imaculada é uma criatura pertencente  totalmente a Deus e daí, de alguma maneira superando infinitamente tudo o que lhe rodeia. A Imaculada própria vai se revelar a você através das frases lidas; ela vai sugerir a você os pensamentos, considerações e sentimentos, que nem o próprio autor do texto os vislumbrava... Afinal, saiba que: quanto mais limpa for a sua consciência, quanto mais frequente for a sua consciência lavada pela penitência, tanto mais seus conceitos a respeito da Imaculada estarão se aproximando da verdade. 

terça-feira, 4 de julho de 2017

SANTA MARIA GORETTI - 1890-1902

SANTA MARIA GORETTI - 1890-1902

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Maria Goretti, humilde camponesa, nasceu em 16 de outubro de 1890 na cidade de Corinaldo, província de Ancona, Itália. 
Seus pais, Luiz e Assunta, criavam os sete filhos em meio à penúria de uma vida de necessidades, mas dentro dos preceitos ditados por Jesus Cristo. 
A menina Maria, por ser a mais velha, cresceu cuidando dos irmãos pequenos em casa, enquanto os pais labutavam no campo. Uma de suas irmãs, mais tarde, tornou-se freira franciscana. 
As dificuldades financeiras eram tantas que a família migrou de povoado em povoado até fixar-se num povoado inóspito chamado Ferrieri. 
Nessa localidade, a família passou a residir na mesma propriedade de João Sereneli, ancião de sessenta anos de idade que tinha dois filhos, Gaspar e Alexandre, este com dezoito anos de idade. 
Assim, todos trabalhavam na lavoura enquanto a jovem Maria cuidava da casa e dos irmãos pequenos. Desse modo, Maria nunca pôde estudar, mas ao lado da família sempre freqüentou a igreja. Ela só estudou o catecismo para fazer a primeira comunhão, aos doze anos de idade, um ano após a morte de seu pai. 
Quando isto ocorreu, o senhor João, compadecido, manteve tudo como estava, contando apenas com a viúva para o trabalho na lavoura. Porém o problema era seu filho Alexandre, que passara a assediar Maria. 
Apesar da pouca idade, ela era bonita e bem desenvolvida, já atraindo os olhares masculinos. Como recusasse todas as aproximações do rapaz, este se irritou ao extremo. Até que, no dia 5 de julho de 1902, ele perdeu a razão e a tragédia aconteceu. 
Naquele dia, Alexandre trabalhava ao lado de Assunta quando inventou um pretexto, deixou a lavoura.

segunda-feira, 3 de julho de 2017

SÃO TOMÉ – O APÓSTOLO QUE QUER VER PARA CRER

SÃO TOMÉ – O APÓSTOLO QUE QUER VER PARA CRER

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Tomé, um dos doze, chamado Dídimo, que quer dizer “Gêmeo” quando da manifestação de Jesus para os apóstolos, não estava com eles. Disseram-lhe os outros discípulos: “Vimos o Senhor”. 
Tomé, que no seguimento a Jesus, havia vivido tantos contratempos e acontecimentos que não entendera, já não era o mesmo Tomé crente, mas um Tomé receoso, cuidadoso, atento a todos os pormenores com a sua crítica exigente que tinha direito a resposta razoavel para todas as afirmativas que colocassem em dúvida a sua credibilidade. 
Deixara de ser um homem pronto a crer e aceitar, e passou a se preocupar em não ser vítima da sua auto-ilusão, mas aquele que se recusava a crer até no que via. Tomé aceitara o convite de Jesus  para segui-lo, e tinha se proposto até ir com ele para Betânia e, se fosse necessário, morrer com Jesus; Tomé queria saber para onde Jesus dizia que iria para ele pudesse ir junto, não importando para onde fosse. 
Mas tudo havia se tornado uma ilusão: o Mestre havia morrido, o sonho acabara. E agora vem os discípulos e lhe dizem: “Vimos o Senhor” exatamente no dia e hora em que Tomé estava ausente. 
Estariam os discípulos de Jesus querendo brincar com coisa tão importante e séria? Tomé já havia acreditado demais. Não queria sofrer uma nova desilusão. Ao ouvir: “Vimos o Senhor”, Tomé responde prontamente e com convicção: “Se eu não vir o sinal dos cravos nas suas mãos, e não puser o dedo no lugar dos cravos, e não puser a minha mão no seu lado, de maneira nenhuma acreditarei.” (Jo 20,25).